segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo


Hong-Kong - o maior centro capitalista do mundo





Too big to fail



Too big to fail 

Socialismo puro e duro mas mascarado à sociedade como se tal ação fosse uma decisão neo-liberal e com todas as culpas atiradas para o capitalismo.

Nada mais foi que uma decisão centralizada e onerosa executada pelos governos e imposta de forma socializante à custa do dinheiro de todos os contribuintes.para não deixar falir as grandes corporações que tomaram má decisões com estrondosos prejuízos.

No capitalismo puro e duro as mesmas corporações teriam acabado falidas.




CML - Um ZOO de espécies



Só falta mesmo integrar o ZOO de Lisboa à CML para que todos os géneros de espécies fiquem reunidos...





Fiscal Cliff - Como?

Segundo percebi, e corrijam-me se estiver errado, o Fiscal Cliff é isto:

Caso não haja acordo, a 1 de Janeiro haverá um aumento de impostos que rondará os 100 biliões de dólares e uma redução de despesa também de 100 biliões de dólares.

Basicamente, são estas medidas que entrarão "automaticamente" a 1 Janeiro 2013 caso não haja acordo entre democratas e republicanos.

Em 1º lugar, para um país que gera défices de mais de 1 trilião de dólares por ano e que irá também imprimir aproximadamente esse valor em dólares pelo seu banco central, falar na redução do défice em 200 biliões (100 do lado da receita e 100 do lado da despesa) como sendo uma coisa má, parece-me um verdadeiro exagero.

Em 2º lugar, toda esta cacofonia de que caso não haja acordo será o horror, a recessão, etc, só demonstra que nos EUA, falar em austeridade e deixar que a recessão corrija a má alocação de capital é ainda um autêntico DISPARATE. Ninguém quer trocar crescimento por recessão na tentativa de corrigir os problemas estruturais do país. Em matéria de ideologia económica, estão bem pior do que na Europa, já que com Paul Krugman a escrever no NYT todas as semanas e Ben Bernnake a ceder às múltiplas pressões vindas de todo o lado para comprar tudo o que cheire mal, pensar em austeridade deve ser visto como um ato de masoquismo.

Ron Paul, Peter Schiff, Jim Rogers e outros que tais, andaram literalmente a pregar para os peixinhos, porque ninguém com poder os ouve e acata as suas sugestões.

Em 3º lugar, durante meses a comunicação social americana amedrontou toda a gente com esta história do fiscal cliff, e das implicações para os EUA caso não haja acordo. A pressão foi tal que agora está meio mundo a "exigir" ao Congresso e ao Senado que cheguem a acordo e evitem o precipício. Caso não haja acordo, parece-me que o agravar da situação será muito mais potenciado pelo defraudar de muitas espectativas de investidores que acreditavam no acordo até à última e que irão logo carregar no botão "Sell", do que pelos estragos que se farão sentir na economia caso se retirem 200 biliões de dólares.

Com toda esta incapacidade em reconhecer as evidências, os EUA estão realmente a cavar a sepultura do dólar. Com uma dívida pública que já ultrapassa os 100% do PIB, querer adiar a todo o custo as decisões difíceis só irá precipitar coisas descontroladas e muito graves lá mais para a frente. Ninguém sabe quando será, já que sendo o dólar a moeda de reserva nas transações mundiais, é preciso estragá-lo muito para induzir desconfiança e promover alternativas à sua utilização.

Enquanto a coisa for dando e a malta for sendo enganada pelo mundo inteiro sem se revoltar, tá-se bem

Parabéns a Grover Norquist por conseguir "manter" alguns republicanos dentro do espírito de poupança e viver dentro dos seus meios.
Descubram no youtube, se puderem, a cruzada em que este homem se meteu, e o coro de críticas que recebe de todos os lados.

Tiago Mestre


Artolas de férias


Agora que temos o Artur Baptista na ribalta mediática e com a procuradoria toda entretida a investigá-lo, os outros artolas da mesma classe, mas conhecidos desde sempre, aproveitam o momento para meter umas férias... de luxo! 




no Jornal Ionline



E nunca esquecer o que se encontra de férias milionárias e prolongadas em Paris.




domingo, 30 de dezembro de 2012

2012 - A austeridadezinha em números e dissertações finais

Para que não haja dúvidas de que a austeridadezinha pouco ou nada funciona:

Dívida em 2011:          185 mil milhões
...em função do PIB:    105%

Dívida em 2012:           203 mil milhões
...em função do PIB:     120%

Despesa pública Jan-Nov 2011: 63,5 mil milhões
Despesa pública Jan-Nov 2012: 64,8 mil milhões

Por muito que desejássemos que a austeridadezinha fosse suficiente para corrigir as contas públicas, infelizmente não o é.

Com estes números, a esquerda oposicionista tem TODOS os argumentos para reconhecer o falhanço desta política.
Se se recordam, prometeram-nos que a austeridadezinha rapidamente colocaria as finanças em ordem, e com os estímulos certos, a atratividade ao investimento seria enorme, invertendo o ciclo recessivo.

Para mim, as falhas do governo são estas:

Prometeram que a austeridade seria rápida e atacar nas gorduras apenas seria suficiente
Prometeram que o crescimento económico começaria lá para o 2º semestre de 2012
Viram que pelo lado das despesas não seria suficiente e meteram-se no pântano do aumento de impostos
Não informaram e continuam a não informar os portugueses do que verdadeiramente aí vem

E as coisas boas:

Atacaram em autênticas vacas sagradas, como nos salários públicos.
Mexeram nos subsídios de desemprego, nas reformas, nas deduções do IRS e muito mais
Passaram uma imagem de governo reformista e progressista para o estrangeiro, piscando o olho aos credores que entretanto tinham fugido.

Basicamente, fizeram o mínimo na tentativa de que os resultados fossem espetaculares.
Defraudaram aqueles que acreditavam na austeridadezinha
E deram os argumentos de bandeja a quem vaticina que cortar despesa é que é mau.

Compreendo que o compromisso político não os poderia levar muito mais longe, ou seja, se fossem mesmo cortar 50% de todas as pensões, mesmo as de 150€, bem como a anulação de quase todo o subsídio de desemprego e declarar incumprimento em pelo menos metade da dívida pública, todos ficariam contra este governo, tanto os cidadãos como a Europa e os credores. A recessão passava logo a depressão e o desemprego saltava logo a barreira dos 20%, mas sem reestruturação profunda no estado e na economia, vejo poucas hipóteses de corrigir o que é estruturalmente insustentável.

Lamento que não se tenha arriscado, que não tenha havido a coragem de dizer a verdade e de trabalhar soluções a partir daí. Fomos pela metade, na esperança de que o todo se corrigisse.

Tiago Mestre

Euro VS USA

Anónimo disse...
E o euro ainda está numa situação muito pior porque detem uma dívida de 18000 biliões de euros. A Alemanha deve 5500 biliões, a França outros 5000 biliões, até o Luxemburgo deve 2000 biliões... e nós 200 biliões. Que diferenças!!! e nós é que somos os incumpridores!!! Acho que os EUA estão numa situação muito melhor que nós porque são um país e não vão ser só algumas regiões que vão pagar a dívida, ao contrário da UE.
Comentário aqui

Minha resposta:

A bomba relógio americana





Veja em tempo real aqui


Quadro USA "debt bomb"

dívida pública


credores externos



Quadro dívida pública EUA vs zona Euro + UK


E os UK nada tem a ver com a Zona Euro.


Quadro evolução valor do dólar


E a impressora não para...





sábado, 29 de dezembro de 2012

Quem são os culpados?

Que mais aventuras teremos que sofrer para sairmos deste pesadelo que dura há mais de trinta anos, com esta esquerda que nos conduziu a três bancarrotas, dando sempre a entender que os culpados são os outros, os que produzem riqueza? 

Por José em Porta da Loja


Défice de 5% do PIB em 2012: sim ou não?

À falta de melhores notícias, podemos sempre especular sobre se o défice será atingido ou não em 2013.

Ouvi ontem o programa Contraditório na Antena1, e uns convidados achavam que sim, outros achavam que não, e se formos acompanhar os múltiplos programas que passam na rádio e na televisão, haverá sempre quem se incline para a esquerda e quem se incline para a direita.

Passos Coelho diz que acredita que sim, e como essa afirmação induz-nos a ideia de que estamos QUASE lá, para os pessimistas e oposicionistas o quase não é suficiente, e para os otimistas é exatamente o contrário.

Tudo isto não passa de espuma e mais espuma.
Independentemente do défice atingir os 5% do PIB ou não, o que é importante saber é que em 2012 a despesa total aumentou face a 2011, com a SS a liderar as perdas.

Mas como o incremento de receitas extraordinárias é brutal, tanto pela venda de empresas como pela incorporação dos fundos de pensões, tais factos podem, mesmo assim, compensar o aumento da despesa e a queda do PIB, fixando o rácio défice/PIB nos 5%.

Fundos de pensões + privatizações da ANA/EDP/REN e outras vendas que tais equivalem a uma receita extra de 6 mil milhões de euros ou até mais.

Se o défice se fixar pelos 5% do PIB, equivalerá a um prejuízo de 8,1 mil milhões de euros.

É evidente que o peso das receitas extraordinárias (6 mil) é a força que verdadeiramente comanda a realização do défice ou não (8,1 mil).
Tirando estas receitas extraordinárias, o défice dispararia dos 8 para os 14 mil milhões, que é, na minha opinião, o DÉFICE QUE DEVERIA CONTAR, porque de outra forma só nos andamos a enganar uns aos outros com toda esta lenga-lenga.

Mas de facto, toda esta conversa fiada associada a tanta manipulação nas contas só revela que atravessamos caminhos muito conturbados, em que para se manter minimamente o status quo, todas as aldrabice contam e todas as trafulhices valem, desde que se atinja o resultado desejado.

Estes são os sinais que indiciam uma certa falência do regime, já que quando relativizamos demasiado os meios para tentar atingir os fins, isso significa que os princípios, os valores, há muito que ficaram para trás.

Enganar para conseguir atingir é hoje prática corrente, e ninguém no espectro político português e europeu se levanta contra este modo de fazer as coisas: o que importa é superar a crise, custe o que custar, viole-se o que se tenha que violar.

É claro para mim que mais cedo ou mais tarde tudo isto irá fazer ricochete, aliás, já está, com a recusa da sociedade e da economia privada em acompanharem todo este desequilíbrio.
As pessoas não gostam de ser enganadas, e retraem-se, escondem-se, enganam também quem podem, na tentativa de sobreviverem, e tudo somado, há menos transações, há mais fuga, há mais falências, há mais desconfiança, e no fim, menos esperança de que isto possa dar a volta.

Quem não esperou pela esperança, já saiu, já emigrou, e quem cá continua tenta agarrar-se à fé, que é uma espécie de esperança ainda mais desinformada, de que as coisas podem dar a volta dentro de 2 ou 3 anos.

Já ouço isto desde 2007, que virão aí 1 ou 2 anos complicados, e que quem sobreviver a esta tempestade é que ficará bem.
Enfim, as pessoas sabem pouco do que estão a falar porque não olham para os números, ficando-se por estes lugares-comuns, enganando-se uns aos outros sem quererem.

Baralhando novamente:
Para o Estado ter "apenas" um prejuízo de 8,1 mil milhões em 2012, teve que captar receitas extraordinárias a rondar os 6 mil milhões.
Veremos o que é que se arranja para 2013: GALP?

De uma coisa já sabemos: o OE2013 diz-nos que a despesa total do Estado aumentará em mais 2 mil milhões de euros, culpa da SS, claro, face a 2012.

E assim, vamos vendo ano após ano o que é que se vai arranjando.

Tiago Mestre

Andou na Universidade do PS II



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Andou na Universidade do PS




Descubra Baptista da Silva - que se assina apenas Artur Baptista no Facebook - numa fotografia meio escondido numa recente "universidade do PS". Como já avisou Carlos Zorrinho, o PS está preparado para governar.


Encontrado aqui



It´s now or never II


Estados Unidos atingem limite da dívida


Os Estados Unidos vão tomar medidas "excecionais" para evitar a situação de incumprimento do país, uma vez que o limite legal que estabeleceram para a dívida pública será atingido no dia 31.

O secretário do Tesouro dos EUA anunciou "medidas excecionais" para evitar a situação de incumprimento do país, depois de dizer que o limite legal da dívida pública vai ser atingido no dia 31, noticia a AFP.

Em mensagem dirigida aos líderes partidários no Congresso norte-americano e consultada pela agência noticiosa, Timothy Geithner afirmou: "Escrevo para os informar que o limite legal da dívida será atingido em 31 de dezembro".
Um acordo estabelecido entre eleitos democratas e republicanos, no início de agosto de 2011, fixou o limite da dívida pública em 16,394 biliões (milhão de milhões) de dólares (12,4 biliões de euros), a partir do qual os Estados não têm teoricamente a possibilidade de se endividar mais, para se financiarem ou reembolsarem credores.

notícia aqui



Comentário: 

Quem ainda não acredita que estamos perante uma guerra cambial mundial (global currency war)?

E a brincadeira em 2013 vai intensificar-se e muito aos comandos do "brincalhão socialista", considerado como o homem do ano (Times) e que é prémio nobel da paz, mas as suas filhas vão para a escola sobre a vigilância de seguranças armados e emociona-se muito com os massacres escolares.  

Os EUA são agora uma BIG BANANA REPUBLIC.






It´s now or never


Delors sugere que Reino Unido deixe UE


O ex-presidente da Comissão Europeia sugeriu hoje que o Reino Unido deixe a União Europeia.
O ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors sugeriu hoje que o Reino Unido, contrário ao aprofundamento da integração europeia, deixe a União Europeia e opte por outra forma de parceria com os restantes 26 países.
"Os britânicos só querem saber dos seus interesses económicos, de mais nada. Poderíamos propor-lhes outra forma de parceria", disse Jacques Delors, numa entrevista ao diário económico alemão Handelsblatt.
notícia aqui


Comentário: A guerra cambial mundial (global currency war) começa a expor cada vez mais as divisões que existem entre a visão germánica e a visão anglo-saxónica.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Debt Ceiling - Como?

Tim Geithner, gestor da dívida pública americana já lançou o aviso:
A 31 de Dezembro de 2012 esgota-se o limite da dívida que o Congresso definiu em Agosto de 2011.

Sendo hoje o Debt Ceiling um autêntico tigre de papel, já que ninguém leva o assunto a sério, à exceção das agências de rating, e bem, ainda me custa a acreditar que se fale no assunto.

Quando Ben Bernanke oferece de mão beijada há umas semanas 40 biliões de dólares por mês até 20xx para aquisição ilimitada de obrigações americanas, imprimindo dinheiro fresco para o efeito, para quê preocuparem-se com dívida, défice e reequilíbrio orçamental ?

Os estímulos estão todos trocados, e exigir hoje ao Congresso e Senado norte-americanos a redução da despesa e correção do défice é o mesmo que pedir ao Papa para apoiar a violência no Médio-Oriente.

Já não bate a bota com a perdigota, e homenagem seja feita à agência de rating S&P, que com todas as pressões políticas a que foi sujeita desde Agosto 2011, mesmo assim baixou um nível a avaliação da dívida norte-americana.
Deveria ter baixado muito mais, mas enfim, não foi nada mau, já que as outras agências mantêm-se caladinhas que nem um rato.

Tiago Mestre

Escola de Economia IKEA


IKEA reduz preços em 2% para inverter quebra de consumo



Desde a abertura no país, em 2004, preços já caíram, em média, 18%.

Uma estratégia que o grupo sueco de mobiliário e decoração justifica com a "tentativa contínua de tornar os produtos IKEA cada vez mais acessíveis à maioria das pessoas, a média de preços da gama IKEA em Portugal já baixou em cerca de 18% desde 2004".

notícia aqui



Este é o modelo económico correto que as empresas devem seguir para conseguirem sobreviver. Baixar os preços. O IKEA faz escola.




God bless America

Tendo eu arriscado e escrito há uns dias um post sobre o massacre de Newtown, que o Vivendi muito gostou e espero que outros leitores tenham gostado também, por um conjunto de coincidências veio-me parar às "mãos" um filme de 2011 com o título "God bless America".

E ao visualizá-lo não conseguia parar de pensar naquilo que escrevi, já que o espírito do filme vai COMPLETAMENTE ao encontro daquilo que eu acredito que está a acontecer aos EUA. Se conseguirem apanhá-lo na Net não se irão arrepender. É um bocadinho forte, mas enfim.

Outro filme que vi recentemente e que explora muito bem a questão de em solo americano a malta andar a ser toda "gravada", sobretudo em meios urbanos, como ruas de cidades, aeroportos, nas transações que faz e por aí fora é o "Legado de Bourne".
O tema do filme centra-se na tentativa de um agente ex-CIA em conseguir fugir às malhas das organizações policiais americanas, que tudo fazem para tentar capturá-lo. O arsenal tecnológico de identificação de cidadãos que esta gente tem ao seu dispor é surreal, já bem ao estilo Orwelliano.

Não tão interessante como "God bless America", "O legado de Bourne" abre pelo menos o véu sobre o que pode muito bem acontecer a cidadãos quase anónimos quando polícias intelectualmente mal formados estão na posse de tecnologia que permite "monitorizar" cada passo que cada um de nós dá.

Se ainda forem a tempo de os ver neste período mais calminho, não hesitem..

Tiago Mestre

FMI apelou ao Governo alemão que abrande o seu processo de consolidação orçamental para aliviar a crise na Europa.

Está visto que o FMI quer mais clientes, depois da Grécia, Irlanda e Portugal, o FMI semeia mais pedidos da ajuda, neste caso, pelo centro da Europa, mais concretamente a Alemanha.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fogem de França às pazadas

Com toda a hostilidade que Hollande induz nos franceses mais ricos, há toda uma comunidade de gente que está de malas aviadas. Uns deslocam-se para uma vila perto de França, mas já em solo belga, e outros escolhem Bruxelas, Londres, Suiça, etc.

Não é nem um nem dois, e não são só os ricos. Também os jovens empreendedores aspirantes a tal condição económica (quem não o é?) estão a arrumar a trouxa para outras paragens.

Depardieu fez as contas por alto: a tributação supera os 85% !!

Com toda a sujeira mediática que os políticos andam a impor aos conhecidos ricos franceses que têm renunciado à cidadania francesa, nada como estes evidenciarem uns números e umas percentagens capazes de arrepiar qualquer comunista ou bloquista dos tempos modernos.

Hollande recuou e afinal o imposto de 75% será... temporário ! Engana-me que eu gosto.

Oxalá que este tipo de experiências políticas que não têm em conta as regras mais básicas da natureza humana tenham um impacto suficientemente forte em França para que se recue a todo o transe em países como... Portugal!

Corrigir défices recorrendo a aumentos expressivos de impostos só funciona quando se parte de um nível baixinho. Quando a tributação já anda pelos 55% do rendimento, aumentar impostos é sinónimo de redução de coleta fiscal.
Felizmente que ao dia de hoje, mesmo gente analfabeta mas que até vê umas notícias já percebeu o conceito, até porque certamente que o pratica no dia a dia para que consiga sobreviver!

Para o Estado dar a uns, tem que roubar a outros, como tantas vezes o Filipe Silva e o Vivendi já referiram.
Desde que não se ultrapasse uma certa percentagem a malta fecha os olhos(eu atiro ali para os 25% do rendimento).
A partir dos 30-35% só não foge quem não pode.
E para lá dos 65-70%, o pessoal está disposto a renunciar à sua cidadania, perdendo MUITA coisa pelo meio é certo, mas numa análise SWAT simples continua a ser compensador.

NINGUÉM GOSTA DE SER ENGANADO E ROUBADO!

O artigo publicado no Testosteorne Pit é revelador.

Tiago Mestre

Cortar no Estado


Por cada milhão que é cortado no Estado é um milhão que fica disponível do lado da economia, do lado das pessoas. E é na economia onde deve estar o dinheiro para Portugal poder voltar a crescer.




Jornalismo de fraca qualidade


O Vivendi já mencionou o caso do ilustre desconhecido que se apresentou como economista da ONU,  este prestou um serviço ao país ao desmascarar a comunicação social nacional em especial os jornalistas do Expresso.

Eu há muito que não ligo às noticias veiculadas pelos media nacionais, já tinha percebido que não é mais que propaganda, seja a favor do governo seja contra.

O jornalismo português é mau, muito mau, como se pode constatar nos artigos postados no blog portadaloja.
Mas nem fazer um google search sobre a pessoa, não fazer procurar averiguar quem é, se de facto é quem diz ser.
Quantas notícias são veiculadas e não são confirmadas?Dá que pensar
.

The news should report the facts, o que claramente não é feito em Portugal.

Não ouvi a entrevista, nem a li do senhor em causa, mas estava a fazer Zaping na TV e passei no canal de informação que estava a ler as os títulos dos jornais e mencionaram o individuo a minha primeira reacção foi mais um mentiroso, e ignorei.
Já algum tempo percebi que os jornalistas em Portugal são parciais convidam quem vai lhes validar a história que querem contar.


As pessoas devem com este exemplo começar a questionar que vai a televisão falar, será que são entendidos? ou mais um mentiroso?

Bem a maioria é mentirosa, e vão lá procurar defender os seus interesses, o que é legítimo, mas já não o é quando dizem que falam pelo "povo".

Já algum tempo percebi, porque nunca aparecem economistas verdadeiramente neo liberais, essa palavra que virou insulto em Portugal. A realidade é que até hoje não vi nenhum na TV.
Porque é que as pessoas não tem acesso nos media, há escola austríaca? Pois bem, não se insere na história que os jornalistas querem contar, por isso nunca os veremos nos órgãos de comunicação social.

Por acaso, vi um bocadinho de um jornal da sic, estava la uma jornalista com 2 economistas, um não faço ideia quem era, o outro era o Miguel Beleza, fiquei a ver porque o Sr Beleza tem por hábito falar de uma forma cómica e contar umas histórias engraçadas, apanhei a meio, não interessa o que estavam a discutir, o engraçado foi que a pivot faz uma pergunta claramente há espera de uma resposta, quando o Miguel Beleza lhe espeta com uma resposta que ela não estava  há espera, ela insiste ele não desarma e a mulher fica desamparada com cara de não saber o que fazer, o que dizer, porque o enredo não era aquele.


Num país em condições, em que os jornalistas procuram ser bons profissionais, os responsáveis pelo Expresso, Sic, etc... teriam se demitido, mas em Portugal a culpa geralmente morre solteira







.


The QUEEN takes a Tour of the GOLD



E em Portugal? Quando se executa uma vistoria às reservas de ouro portuguesas?





Às armas


Armas

As críticas à liberdade de posse de armas nos EUA após o massacre de Newtown provocaram uma corrida aos armeiros. A possível mudança nas leis gerou uma ideia de última oportunidade, com aumento para dobro das vendas de armas de assalto e o fabricante de carregadores Peter Brownell a afirmar que vendeu mais em três dias da última semana do que em três anos e meio.
notícia aqui

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal








O impostor da austeridade


A comunicação social come tudo e mais alguma coisa quando se trata de falar mal da austeridade...


domingo, 23 de dezembro de 2012

Uma carta ao Pai Natal


Querido Pai Natal,

Desde que me conheço, este foi um dos anos mais difíceis aqui para a gente. Mesmo assim, penso que me portei muito bem: cumpri com todas as minhas obrigações fiscais (o que já não é fácil); tolerei todos os iluminados nas manifestações e nas televisões que apelam por mais despesa pública, mais obras públicas, claro para depois eu pagar; e ainda contribui para algumas instituições de solidariedade social (sendo este o único esforço que me dá prazer).

Assim, e devido a estas enormes adversidades com que me confronto diariamente, venho por este meio fazer-te alguns pedidos para este Natal e ano subsequente. Penso que já mereço qualquer coisinha depois de tanta intolerância sobre o contribuinte. Tem piedade de mim!

Pai Natal, no ano de 2013, queria ver a CP e a TAP privatizadas, para que acabem aquelas greves indecentes, que prejudicam todos os trabalhadores que têm necessidade de se deslocar para o trabalho, que não têm possibilidade de usufruir de viatura própria e que quilham as nossas exportações. Tudo para evitar a falência destas duas empresas e os consequentes despedimentos, a menos que queiras a infelicidade dos “teus” pequenotes que, por acaso também são filhos daqueles trabalhadores. Da mesma forma, gostaria de ver a RTP nas mãos de privados, para acabar com aqueles salários chorudos e obscenos.

Pai Natal, sabes como gosto tanto de ti, não sabes? Sabes que me portei bem, não sabes? Então vais-me conceder outros desejos, não vais? Também gostava que a ANA, nada mal jeitosa, fosse privatizada às partes, isto é, aeroporto a aeroporto, para evitar um futuro monopólio. Da mesma forma, e para acabar com a LONGUÍSSIMA-metragem dos estivadores, queria os portos privatizados, mas um a um, se o conseguires, claro.

Olha, quando passares pela casa do Álvaro, não te esqueças de lhe dizer que o IRC a 10% tem de ser para TODAS as empresas, senão é inconstitucional. E diz ao Gaspar para abater na despesa pública de vez, caso contrário vamos desta para melhor. Ah! E um Clio para o Assis, se não for pedir muito!

E, se além disto tudo, ainda conseguires trazer-nos uma nova constituição, tanto melhor, que a nossa já esgotou o prazo de validade.

Desde já aproveito para desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, "tanto quanto possível", a ti, aos Viriatos – Vivendi, Tiago Mestre, Filipe Silva, Pedro Miguel e Mário Meira -, a todos os outros blogs que nos seguem e aos leitores, quer os assíduos quer os ocasionais.

Cumprimentos,
Bernardo Botelho Moniz

Guimarães - CEC 2012

Neste fim de semana, ocorrem as celebrações oficiais do encerramento de Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012. 

A Câmara Municipal (liderada pelo PS) recebeu a avultada quantia de 111 milhões de euros ao abrigo deste programa para requalificar a cidade e potenciar as atividade culturais.

Não duvido que todo este dinheiro recebido tenha beneficiado as atividades económicas visto o significativo aumento de turistas, destacando-se os turistas estrangeiros. O comércio ganhou, a cultura e a vitalidade da cidade também. Existe uma nova dinâmica, é certo. 

Mas agora, que já se gastaram os 111 milhões de euros, convém olhar para o todo o programa e ver também o que correu mal. E não é preciso esperar muito para se verificar o monte de erros que se cometeram e os prejuízos que se seguirão.

A Plataforma das Artes, o investimento mais caro da CEC (cerca de 16,6 milhões de euros), e que abriu em meados de Junho (a meio da CEC), sabe-se que a partir de agora irá dar 1 milhão de euros de prejuízo por ano. Belo investimento! Ver aqui.

Por outro lado, os 111 milhões de euros recebidos poderiam ser usados para diminuir a despesa da Câmara e, sucessivamente, o endividamento e os impostos municipais. Mas não, a Câmara é socialista, toca a gastar, faz bem à economia. Guimarães, a meu ver, devia diminuir radicalmente os impostos às empresas, para ver se diminui de uma vez por todas a sua elevada taxa de desemprego, que é das mais altas do país, tal como fez Famalicão, aqui ao lado.

O largo mais emblemático da cidade, o Toural, foi requalificado recentemente. Basicamente, levantaram a calçada e puseram uma nova. Ridículo! Mais uns milhões enterrados.

Bernardo Botelho Moniz

O buraco do BPN




sábado, 22 de dezembro de 2012

Nacionalizar o BPN foi uma escolha, e não uma obrigação, certo? Certo

Teixeira dos Santos nacionalizou o BPN, certo? Certo

E levou os ativos tóxicos para uma empresa pública chamada Parvalorem, certo? Certo

O resto do banco, como depósitos e créditos pouco ou nada delinquentes, mantiveram-se no BPN, certo? Certo

Porque é que Teixeira dos Santos nacionalizou? Porque acreditava que não nacionalizar seria pior.

Foram esses riscos quantificados? Foram. Casos ocorridos noutros países referiam que não nacionalizar um banco destes daria um prejuízo na sociedade portuguesa a rondar os 7-8 mil milhões de euros. Os custos INICIAIS da nacionalização do BPN rondaram os 500 milhões se não me falha a memória.

A fatura foi crescendo ano após ano, e segundo notícias de hoje da SIC, os custos poderão ascender a, Ooops... 7 mil milhões de euros!

E porquê?
Porque desde 2008 que muitos dos créditos que o BPN tinha concedido estavam na mão de pessoas que não tinham condições para os solver, ou porque não apresentaram garantias de jeito, ou porque investiram o dinheiro em negócios que não geraram a faturação que se esperaria, etc, etc.


Caros leitores e leitoras, o que Teixeira dos Santos fez, cheio de boas intenções, foi exatamente aquilo que todos os políticos em apuros fizeram nos seus países desde 2008:

Nacionalizaram o que cheirava a merda, na esperança de que o ATO de nacionalizar faça passar o pivete e o cheiro a rosas volte a emergir, cativando aqueles que previamente tinham fugido.

Ensinaram-nos que tudo era uma questão de confiança. Não havia bons ou maus investimentos em si mesmos, mas antes investimentos que faziam variar a sua qualidade em função da sua atratividade na percepção dos investidores.
E como o VALOR do ativo se perdeu ao longo do tempo com tanta manipulação e trafulhice politiqueira, o que conta mesmo é o PREÇO, independentemente do ativo tresandar ou não.

Também com o BPN se acreditou que nacionalizar o que tresandava traria algum tipo de confiança a quem eventualmente, mais tarde, estaria interessado em adquirir o que afinal já cheirava a rosas.

Este tipo de comportamentos políticos joga bem com a falta de percepção do povo em compreender estas coisas, eternamente esperançado de que o futuro será melhor do que o passado.

Podemos encontrar este mesmo padrão em muitos ativos espalhados pelo planeta, como a dívida pública portuguesa ou a americana, por exemplo. Os seus preços NÃO refletem os seus fundamentos, ou seja, a INcapacidade dos governos em não deixá-las crescer ou até solvê-las.

Eu percebo que muitos de nós não querem que o que é nosso mas que cheira mal seja dado a conhecer a quem se sente atraído. Preferem a dissimulação desde que o fim desejado seja atingido. Relativizam-se os meios para atingir os fins. É um clássico, mas cheio de rasteiras, porque o comprador NUNCA gosta de ser enganado, nem aqui, nem na China.

Faz-me lembrar aquela história de que para algumas mães, os filhos nunca cheiram mal!
Pois, mas às vezes cheiram mesmo mal, e se nada fizerem, nem que seja confrontá-los com isso, dificilmente alteram hábitos e corrigem trajetórias.

São as escolhas que fazemos todos os dias que refletem aquilo que nos irá acontecer um pouco mais à frente. Dissimular e deixar andar pode resultar no curto prazo, mas duvido que o feitiço não se vire contra o feiticeiro lá mais para a frente..

Tiago Mestre

Pilotos da Iberia aceitam cortar o salário em mais de metade para salvar a companhia

notícia aqui

Ao contrário da TAP, há empresas e trabalhadores que fazem um esforço extra para se reestruturarem de modo a evitarem a falência e o desemprego. 

Vão cortar em algumas rotas e apostar nas mais lucrativas; vão reduzir salários para lançar preços mais agressivos no mercado, para ganhar mais clientes, aumentando a concorrência em algumas rotas para com a nossa TAP.

Comecem já a construir o jazigo. TAP, Rest In Peace.

Os 3 cangalheiros da América



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Moita Flores sobre o massacre de Newtown


Garantias bancárias



Incapaz




Austeridadezinha não resolve nada, mas ajuda na confiança dos "mercados"

O Banco de Portugal revelou ontem o seu boletim estatístico, documento que aliás muito prezo pela quantidade de informação disponibilizada.

O que lá vem escrito já não é novidade nenhuma para nós:

A dívida pública na ótica de Maastricht situa-se nos 203 mil milhões de € em Dez-2012, ou seja, já bem acima dos 200 mil milhões, ultrapassando certamente os 120% do PIB. Em Janeiro andava pelos 190 mil milhões.
Os meus receios de que a dívida superaria os 200 mil milhões em 2012 estão confirmados.

São estes os resultados objetivos da austeridadezinha, e que sempre referi que não seria suficiente, tal é a dimensão do animal. Falta a austeridade a sério.

Nas empresas privadas a dívida mantêm-se nos 306 mil milhões, à semelhança do valor registado em Setembro pelo BdP.

Nas famílias, a tendência de redução parece-me já algo evidente: 168 mil milhões em Dezembro contra 168,7 em Setembro, e contra 174 em Jan.
Num ano, as famílias reduziram o seu endividamento em 6 mil milhões de euros. É obra.

Tudo somado, incluindo empresas públicas, temos 257 + 306 + 168 = 731 mil milhões de dívida total, ou 437% do PIB.

Se a taxa de juro média for de 5% para todo este stock, em 2012 tivemos que libertar aprox 36 mil milhões só para juros, equivalente a 22% do nosso PIB.

Basicamente, utilizámos entre 1/4 e 1/5 do nosso PIB para liquidar juros em 2012 !

Mas há notícias boas na imprensa:

A dívida a 10 anos baixou dos 7%. E isso é que é importante, porque significa que iremos regressar aos mercados da dívida em 2013, se Deus quiser. Mas eu não sei se Deus quer. Eu não quero!
Com os números e rácios de dívida que acima referi, não posso sequer considerar o que há de positivo em regressar aos mercados de dívida. Só se for para nos estatelarmos outra vez.

Ahh, mas esperem. Temos o BCE preparado para comprar tudo o que mexe e que cheire mal, atenuando a desconfiança dos investidores.

Se é assim, para quê então preocupar-me com rácios, dívidas e fundamentos? Para quê fazer contas? Para nada.
Como o juro já vai abaixo dos 7%, está tudo bem, certo?

Tiago Mestre

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Estivadores à água


Empresas vão despedir no porto de Lisboa


Os empregadores do porto de Lisboa vão avançar com despedimentos de trabalhadores portuários, na sequência dos prejuízos causados pelas greves contínuas dos estivadores desde 14 de Agosto. 


Comentário: Os sindicatos podem continuar a meter água...




Agora escolha


Motivos para a privatização da TAP não ter avançado:

- a) telefonema de Berlim
- b) telefonema de Luanda
- c) telefonema de Brasília
- d) telefonema da maçonaria

Vamos aguardar pelo evolução dos acontecimentos.




O futuro do estado social




+ prevenção e - reparação


Vantagens:

Revitaliza a energia e melhora a auto-estima

 Promove a boa saúde

Sentimento de comunidade

Custos operacionais bastante reduzidos


Eficácia:

Tai Chi: milhares de anos 
Estado social: +-50 anos


Para além do Tai-Chi temos uma série de outras abordagens em que é possível trabalhar os cuidados à 3º idade do lado da prevenção com uma participação reduzida de custos ou até intervenção nula por parte do estado. 

A sociedade portuguesa deve apostar em caminhos alternativos e menos dependentes do estado de forma a garantir a qualidade de vida.

 O futuro do estado social passa por aqui...








Viver dentro das possibilidades




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A TAP a prestar um serviço público


imagem daqui




Humm, não sei se chega !




Tiago Mestre

A idade da dívida


Por Pedro Braz Teixeira, 


Estamos a viver uma idade da dívida, que marca a ruptura do contrato entre gerações


Niall Ferguson, um dos mais influentes historiadores mundiais, deu recentemente um conjunto de conferências em que descreve as últimas décadas como “A Idade da Dívida”. Esta dívida é particularmente grave porque marca uma ruptura do contrato entre gerações, que pode gerar uma ruptura social muito grave.
O historiador britânico aponta o caso extremo do Reino Unido, que atingiu uma dívida pública e privada que totaliza 500% do PIB, um valor sem paralelo na história, com excepção do actual Japão.
Ferguson contesta o debate estritamente económico entre mais dívida e mais austeridade, quando o “elefante no meio da sala” é a dívida gigantesca que está a ser deixada às gerações futuras. Esta dívida, segundo o autor, deverá implicar um crescimento económico muito limitado e taxas de desemprego entre os jovens muito elevadas.
Esta acumulação de responsabilidades das duas últimas décadas corresponde à quebra do contrato social entre gerações, nos termos da formulação clássica de Edmund Burke (1729-1797). Ainda de acordo com o historiador, o desafio que se apresenta aos políticos é restaurar este contrato para impedir que os jovens se vejam como herdeiros só de dívidas.
Passando agora ao comentário, parece-me que Niall Ferguson põe a questão em termos que são interessantes, embora, no caso britânico, a sua avaliação me pareça exagerada. O crescimento do sector financeiro nas últimas décadas empolou muito as dívidas brutas, que estarão em máximos históricos, mas, no caso do sector privado, muitas das dívidas têm como contrapartida activos. Ou seja, em vez de se fazerem investimentos directamente, passou a recorrer-se ao sector financeiro como intermediário.
Assim, a medida de dívida total, pública mais privada, não é interessante. As medidas relevantes são a dívida pública e a dívida externa. Se houver uma grande dívida privada mas toda ela for devida a investidores nacionais, em termos nacionais não é uma verdadeira dívida.
Ora no caso do Reino Unido a dívida externa é de apenas 19% do PIB, pelo que a dívida privada não constitui um problema. No entanto, a dívida pública é um problema, por estar em torno dos 90% do PIB.
Curiosamente, as ideias de Ferguson podem ser aplicadas com muito maior propriedade a Portugal. Em primeiro lugar, porque temos uma taxa de natalidade muito mais baixa que o Reino Unido, pelo que a dívida que deixarmos às gerações futuras lhes vai pesar mais, por termos menos crianças, em termos relativos.
Em segundo lugar porque, ao contrário dos britânicos, andámos a endividarmo-nos muito mais para fazer importações do que para investir no país: a nossa dívida externa é das mais elevadas do mundo e já superou os 100% do PIB. Uma das consequências mais imediatas deste facto é assistirmos, a um ritmo crescente, à venda das melhores e maiores empresas nacionais a investidores estrangeiros, à perda de centros de decisão.
Em terceiro lugar, a nossa dívida pública está a caminho de ultrapassar os 120% do PIB, um máximo histórico, ou seja, no caso português é que se justifica – com toda a propriedade – falar em desrespeito pelas gerações futuras.
Há quem defenda a ideia de que o nosso problema é justamente essa dívida e que ela deveria ser, por milagre, suprimida, sem a mais leve consequência. Alguns pretendem ver na criação desta dívida a acção exclusiva de malfeitores externos. Esta é a parte que me parece mais difícil de aceitar: fazer a asneira e a seguir culpar os outros pelos nossos erros, evitando assumir as nossas responsabilidades.
Quem elegeu os políticos portugueses foram marcianos? Quem fez pressão para haver cada vez mais despesa pública foram os habitantes de Júpiter? Quem foi que nunca quis ouvir os chamados “profetas da desgraça”, que vinham avisando há décadas que se estava a viver a fiado e a acumular uma dívida insustentável? Meus caros amigos: neste momento estamos naquela fase desagradável em que chegou a conta para pagar, a conta acumulada nas últimas décadas. Se não a pagarmos, serão os nossos filhos e netos a ter de o fazer.
artigo aqui

Serão os ciclos para se repetir?

Após ter visto este gráfico no ZeroHedge a propósito do crédito mal-parado em Espanha, veio-me à cabeça a ideia se realmente os ciclos que presenciamos no passado estão "condenados" a repetirem-se no futuro:


Ou então este:


Olhando para estes dois passados, a primeira ideia que nos pode assaltar a mente é:

Sempre que houve picos, de seguida seguiram-se quedas acentuadas.
Logo,
Se estamos a viver picos neste preciso momento, podemos estar próximos de uma nova melhoria das condições.

Há razões para estarmos otimistas, porque... SEMPRE FOI ASSIM !

Mas o que assalta verdadeiramente a minha mente é:

Aquilo que causou os picos e posteriormente aquilo que causou a sua quebra está presente nas circuntânscias atuais em que vivemos?

A esta pergunta poderia responder:
Para quê saber isso? Se correu bem no passado, porque razão não há-de correr bem no futuro?

Penso ser do conhecimento geral dos nosso leitores porque é que ocorrem estes ciclos. Aliás, Schumpeter investigou-os e trouxe conclusões que nos ajudaram a perceber melhor estas repetições:
- Excesso de produção / má alocação de capital
- investimentos ruinosos / excesso de produção
- destruição de capital / falências / quebra no consumo
- realocação de capital / novos investimentos
- Aumento do consumo /aumento de produção
e por aí fora..

Deixo-vos o repto:

É ou não importante perceber se nos dias de hoje as variáveis continuam a ser as mesmas para que o ciclo se repita?
Se é, faz sentido descobri-las e percebê-las?
E se não é, damo-nos por satisfeitos por "saber" que a história repetir-se-á inevitavelmente?

Sinceramente não sei

Tiago Mestre

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

S.João tem «30 cirurgiões que nunca foram ao bloco operatório»

notícia aqui

O presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, no Porto, diz que os cirurgiões fazem poucas operações. António Ferreira foi o convidado do programa Olhos nos Olhos, na TVI24 e traçou em cenário problemático de organização de recursos humanos na Saúde.

«Cada cirurgião faz em média 1 cirurgia por semana», afirma António Ferreira, que diz ainda: «No Hospital de São João, 30 cirurgiões nunca foram ao bloco operatório». 


Sobre o tema Medina Carreira afirmou que «aqui na nossa terra em matéria de dinheiro a gente só encontra absurdos».

Programa "Olhos nos Olhos" de ontem aqui

O faroeste do Nobel da Paz Obama

Nunca se venderam tantas armas nos EUA como no último mês
Com Obama, esta indústria à prova de crise duplicou peso na economia e aumentou 30% o número de empregos.

notícia aqui


Comentário: Porque será? 



O jogador de casino



Comentário: 

Apostou o seu salário de presidente para querer ganhar duas pensões no casino do Estado Social e lerpou...

Para quando a reforma séria das pensões a seguir o modelo da Suíça?





segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Trabalhar duro para manter Estado Social


Merkel: temos de trabalhar duro para manter Estado Social


Chanceler lembra que somos poucos, produzimos muito e temos as despesas sociais mais elevadas do mundo. 

Somos 7% da população mundial, produzimos 25% da riqueza, mas gastamos 50% da despesa social.


notícia aqui


Comentário: Podem continuar a querer culpar a Merkel de todos os males da Europa mas o pior cego é aquele que não quer ver.