quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Com o OE aprovado, segue-se novo episódio no romance

Ninguém queria o OE2013, mas este lá foi aprovado, e portanto a primeira prova foi superada.

Mas o ódio e o ressentimento mantêm-se, e agora as baterias estão apontada para o Palácio Ratton, residência dos ilustres juízes que decidem sobre a constitucionalidade das leis que se fazem em Portugal.

Ouvi hoje Bagão Félix no conselho superior da Antena1 pronunciar-se sobre o OE2013, e o senhor chegou ao detalhe de invocar quais os artigos da Constituição que estão a ser violados, mas com um deleite, uma convicção e uma certeza do que estava a dizer que até me espantou.

Efetivamente está tudo de pantanas, e só lamento que toda esta energia e convicção que ilustres figuras públicas depositam na sua discordância perante este documento não tenham sido usadas anteriormente, quando era preciso dizer aos portugueses que o défice de 10 mil milhões anuais tinha que ser reduzido tão rápido quanto possível, e essencialmente do lado da despesa.

Não se insurgiram quando o TC se opôs ao corte nos subsídios do setor público?
Pois agora aguentem com o aumento de impostos.
Aliás, aguentamos todos nós, que vamos gramar com a pastilha.

Já me chegam aos ouvidos situações de trabalhadores com salários entre os 600 e 700 euros a pedirem aos patrões para rescindir contrato, assinar novo contrato com ordenado mínimo e pagar-se o resto por fora.

Esta opção é ainda melhor para quem tem salários penhorados por dívidas, já que quando o salário auferido é o ordenado mínimo, as finanças não podem lançar penhora sobre o salário, ficando a dívida em "modo delinquente" caso não haja mais ativos.

O planeamento centralizado aliado a uma carga fiscal elevada só estimula ainda mais a capacidade criativa do português, e que bom que ele é quando é submetido a este tipo de problemas.

Que Deus nos proteja desta invasão "comunista dos tempos modernos" que tomou de assalto os regimes democráticos socialistas e social-democratas.

Tiago Mestre

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