quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

10 mil milhões a menos em 3 anos

Em 2010 o PIB atingiu o seu pico: 172 mil milhões euros

Em 2013, esperando uma recessão de 2%, será de 162 mil milhões.

10 mil milhões a menos

Tiago Mestre

Estamos prontos...



...para subir o endividamento das empresas.
Atualmente deve andar pelos 305 mil milhões, próximo dos 200% do PIB. Contando com empresas públicas, somamos mais 45 mil milhões aprox.

Mensagem positivista:
Vamos acreditar que os bancos irão emprestar a quem sabe reproduzir esse mesmo crédito, e deixar ir à falência quem não sabe.

Tiago Mestre

Circolândia europeia


«Berlusconi e Grillo? Fiquei horrorizado com vitória de dois palhaços»

Reação do rival de Angela Merkel nas eleições alemãs de setembro aos resultados eleitorais em Itália

notícia com vídeo aqui



Comentário: 


Os palhaços não se confinam apenas à Itália, estendem-se a toda a União Europeia. O circo segue imparável na crença que a cultura de cada país europeu pode ser alterada em função de um qualquer desígnio burocrata emanado pelo centralismo da UERSS.



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Para lá do óbvio

Passos Coelho: Salários “consumidos” pelo Estado são um “ problema a enfrentar” pelo Governo
notícia aqui

Comentário: É preciso fazer o que é preciso ser feito.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Eleições livres? Like. Resultados indesejados? Don't like

Ser-se democrata significa reconhecer os resultados das eleições.
Em Itália as eleições foram livres, não houve trafulhices, e portanto os resultados são para aceitar, MESMO QUE NÃO NOS AGRADE QUEM OS ITALIANOS ESCOLHERAM.

Na Europa ficou tudo em pânico porque afinal os italianos tramaram as espectativas dos burocratas europeus. O resultado não foi o que se esperaria. Azar, têm que aguentar.
Se fosse para escolher quem Bruxelas quisesse, fazia-se bypass às eleições, como aconteceu com a entrada de Monti há ano e meio, e transitava-se diretamente da democracia para um regime totalitário. Queimavam-se umas etapas, é certo, mas não dá para querer ter democracia e resultados pré-feitos ao mesmo tempo.

Mas o que mais atrapalha os burocratas europeus nem é tanto o resultado indefinido, mas sim a esmagadora votação no partido de Berlusconi e no Movimento 5 estrelas do comediante e bloguer Beppe Grillo.

Pelos vistos, não há governo de coligação maioritária sem ter que trazer um ou outro para o poder. Eis o horror para aquela gente que tudo fez para correr com Berlusconi do poder em Novembro 2011.

Se se lembram, o modo como Berlusconi foi afastado do poder revelou o que de pior de faz na União Europeia. Bruxelas pressionou a saída deste recorrendo ao "compatriota" Draghi e ao seu poder em ajudar, neste caso em Não ajudar a Itália, com a compra de dívida pelo BCE, quando os juros subiam sem parar. A sua saída foi demasiado indigna e na altura comentei bastante no Contas este modo bem cleptocrático de gerir regimes.

A figura de Berlusconi apenas me dá para rir e não tenho nada nem contra nem a favor, mas para o bem e para o mal, ele estava no poder por sufrágio legítimo dos italianos, tendo ganho as eleições depois da coligação de esquerda de Romano Prodi, ex-presidente da comissão europeia, ter rebentado, já que durante pouco mais de um ano nada se conseguiu fazer nos corredores do poder.

Tive a oportunidade de visitar a Itália nesse tempo (2007 acho eu) de Prodi, e o que a malta desejava é que saísse do poder a coligação de esquerda que só usa a inteligência para confundir na semântica e fosse para lá alguém que pelo menos faz qq coisa. Escolheram novamente Berlusconi, que já tinha sido 1º Ministro da Itália antes de Romano Prodi.

O pessoal decidiu, está decidido. Claro que a decisão vai contra a doutrina de Bruxelas de alguma austeridade, mas se o pessoal não quer não quer. Bruxelas que mude de doutrina ou então que deixe a Itália ir à sua vida.

"Ah, mas agora é tarde demais e temos muito a perder."
Claro, mas o povo é soberano, mesmo quando escolhe políticas irresponsáveis de continuar a gastar o que não ganhou recorrendo ao endividamento.

Não elucidaram ou então não convenceram italianos suficientes? Azar. O povo escolheu, está escolhido.

Berlusconi faria novamente um grande figurão naquelas cimeiras em que aquele pessoal pela frente são só sorrisos e cobardias mas por trás é um a dizer mata e outro a dizer esfola.

Com os investidores a reagir a medo aos resultados italianos, a máquina de propaganda mundial tudo fará para mandar Berlusconi e Beppe para a sarjeta.
O Medo da desgraça que está para vir ecoará por todo o lado.
A União Europeia tem que se salvar porque sem ela será tudo muito pior. E assim se justifica e oficializa a cleptocracia, a plutocracia, a oligarquia, etc.
Assim justifica-se tudo o que a gente quiser.
O céu é o limite.

Tiago Mestre

O partido 5***** em Itália



Os mercados estão cada vez menos democratas


Em foco para esta conclusão tomo o exemplo do resultado das eleições italianas que voltou a despertar o fantasma da crise do euro.

A democracia pode ser o espaço da representatividade mas esta deixou de ser há muito o espaço para a representatividade do rigor financeiro e económico e quem espera que seja possível a existência de uma democracia sólida sem bons números que a sustentem só anda ao engano e o encontro com a realidade não sendo hoje irá sempre acontecer um dia.

Dizem os jornais que os eleitores não querem mais as políticas de austeridade mas seguindo as palavras certeiras escritas pelo impertinente do blog impertinências  fica esta deixa, recorde-se, a propósito, que a austeridade não é uma política, é um incontornável constrangimento.




pensamentos meus


O principal obstáculo hoje, há resolução da crise nacional não é mais nem menos o sistema político.

Como sabemos existem vários tipos de democracia, basta olhar para os diferentes países para perceber este ponto.

Portugal vive num sistema democrático em que a representação é realizada via partidos, tudo o que estiver fora "não racha lenha", vejamos as decisões mais importantes sobre o nosso futuro, foram tomadas de forma unilateral pelos partidos sem consulta popular, a adesão há CEE, há UE, ao Euro, etc... foram tomadas sem recurso a referendo.

Em Portugal, para se ganhar eleições é só necessário mentir, prometer o que for mais conveniente e depois de chegar ao "pote", dizer que as condições não são as que se estavam a espera, que a situação é muito grave e toca a fazer o oposto ao prometido.
Desde que me lembro tem sido o curso tomado.

A realidade é que hoje existem politicos profissionais, pessoas que dependem exclusivamente do sistema, do Estado, por isso assistimos hoje a um diminuir das liberdades individuais sem paralelo, um Estado controlador.
O Estado hoje quer controlar um dos actos mais pessoais que existe, o consumo.
Se dermos o numero de contribuinte este fica a saber tudo o que compra-mos, existe maior controlo que esse?
Ficará com posse dos nossos gostos, do que atribuímos valor, para mim é uma ingerência brutal sobre a vida privada de cada um.
Hoje podemos optar por dar ou não o número penso que num futuro próximo iram tornar obrigatório.

A justificação é a que assim se reduz a fuga ao fisco, que assim se todos pagarem os impostos serão menores para todos, quem já se deu ao trabalho de estudar um pouco de economia pública (que foi o meu caso) rapidamente percebe que isso é uma mentira, a evidência demonstra que não, o politico quanto mais cobra mais gasta.
A realidade é a seguinte, o Estado pensa que tem direito a parte do rendimento de cada cidadão, se parar mos para pensar, rapidamente percebemos que vivemos numa tirania.

Vejamos, compra mos um carro, e pagamos IA, IVA, imposto de selo, vamos atestar o carro e pagamos ISP, IVA, pagamos imposto de circulação, somos obrigados a ter seguro e pagamos taxas e impostos sobre o mesmo, e depois o Estado ainda quer que pagamos para circular nas estradas (as Scuts).
Compra-mos uma casa (necessidade básica para não viver na rua), e cobra IMT, e depois toda a vida cobra o IMI, obriga nos a pagar um imposto sobre o que é nosso, e pode como o fez aumentar de tal forma a que somos obrigados a abandonar a casa por falta de condições para pagar o IMI e todas as despesas inerentes a compra de casa(empréstimo,etc..).
Cobra IRS a taxas absurdas.
Cobra IVA por tudo o que compra mos.

Como podemos ver o Estado tem a mão em tudo o que é rendimento, será imoral fugir aos impostos?

Sinceramente penso que é uma questão pessoal, quando era jovem achava pouco honesto este comportamento, hoje penso exactamente o contrário.
Porque é que o Estado tem o direito de ter parte do meu rendimento, ou porque tenho de pagar para consumir?

Dirão para fazer face as despesas do Estado Social.

Interessante, mas porque é que um jovem recém entrado no mercado de trabalho tem de pagar as reformas a quem se aposentou? quando se sabe que nunca irá ter acesso ao montante de pensão que os anteriores tiveram?
A TSU, IRS, IRC são impostos sobre os que criam riqueza, é o Estado a dizer, vocês querem criar riqueza, pois bem Eu exijo ser pago, faz me lembrar as mafias que solicitavam aos comerciantes o pagamento de um tributo para poderem operar em "segurança".

O Estado social no papel é muito bonito, o problema é que a realidade é diferente do papel, e o custo deste tipo de Estado Social estamos a paga lo hoje, e vamos continuar a pagar no futuro.

Maioria pensa que o problema está a ser ultrapassado, já vamos aos mercados, que estamos a fazer muitos sacrificios etc.....

A realidade é que apenas foi feito o mínimo para manter o sistema há tona de agua.

Como o Tiago tem vindo a demonstrar nos seus posts não existe austeridade, a divida não para de aumentar.

O problema é que a economia está toda dependente em crédito, em divida.

Sejam os privados seja o Estado, como é possível haver investimento quando não existe poupança?

A teoria dominante diz que não há problema que a divida não é problemático, que o crescimento económico resolve os problemas (o que em certa medida é verdade) e que o caminho para o atingir é o Estado injectar dinheiro na economia (o que foi realizado em 2009) que esta arranca.

Por muito que custe, e está a custar, é necessário a recessão, depressão chamem lhe o que quiserem, é necessário que a economia se reajuste para a nova realidade, a realidade é dinâmica não estática.
O que ontem era bom hoje pode ser mau, e devemos reajustar em conformidade.

A vida não é sempre a subir, nem sempre em segurança, a divida passada permitiu as pessoas pensarem que viviam em segurança, que o futuro não era incerto, que podíamos prever com exactidão o amanha.

A vida sempre foi incerta, imprevisível, pois o ser humano é imprevisível.

Tomemos um exemplo, a Kodak, uma empresa multinacional, que era líder de mercado, que era uma empresa com segurança, vieram as maquinas digitais esta não reagiu ao mercado e acabou por falir.

A ideia é que de um dia para o outro a realidade muda.

O caso da Peugeot que perde 100milhões por mês e o Estado francês não permite que esta se reajuste, irá levar ou falência da empresa ou o contribuinte francês injecte lá milhões.

Existem inúmeros exemplos a ideia a retirar é que nem tudo é para sempre, temos de mudar com a realidade, e por vezes a mudança é muito dolorosa.

Os politicos não conseguem cumprir o que prometeram, e ainda antes do fim iram intensificar o assédio e a repressão.

Ser-se português não é ser-se outra coisa qualquer

1. NEGAÇÃO E ISOLAMENTO: "Isto não pode estar a acontecer"

2. RAIVA: "Porquê eu?"

3. DEPRESSÃO: "Não me quero preocupar com nada"

4. NEGOCIAÇÃO: "Será que dá para negociar?"

5. ACEITAÇÃO: "OK. Mostrem-me o que é preciso fazer, e eu faço"

Nem toda a gente passa por todos estes estágios, mas segundo a autora deste estudo, a psicóloga Elisabeth Kübler-Ross, sempre que lidamos com uma grande tragédia, em pelo menos 2 entramos.

Aqueles que entre nós já sentem a tragédia da vida económica portuguesa em sua casa, de alguma forma já passou ou tem vindo a passar por algum destes estágios.

Desde 2008 que a minha caminhada por estes estágios se iniciou. Tendo eu uma empresa e inúmeras responsabilidades, não me sentia bem em manter atividade empresarial sem perceber o que se estava a passar naquele terrível início de ano que foi 2009, em que muito edifício económico desabava à nossa frente sem se perceber bem porquê.

Tinha que tentar compreender para me preparar, e só quando comecei a vislumbrar o que se estava realmente a passar é que ganhei consciência da fragilidade económica em que estava enfiado.
Portugal, para reduzir o défice a zero e deixar de pedir dívida nova teria que sofrer recessões que poderiam totalizar 20, 30, 40 ou 50 mil milhões do PIB.

Como é que se encaixa uma informação destas?
Não se encaixa.
É acreditar que o MEDO que sentimos nos ajudará a mudar de atitude e a começar a grande preparação.
E que preparação foi essa?
Gerir bem, gerir melhor, evitar mais endividamento e usar os lucros da empresa para liquidar passivo. E assim foi.

A nível pessoal, tive que desistir de muitos sonhos e procurar outros mais compatíveis com o nível de vida que julgo que terei, se por cá continuar.
A agricultura para consumo pessoal foi um desses novos sonhos que me bateu à porta e que nunca na vida julgaria ser possível. A família concordou e lá avançámos. Passados 2 anos e meio já se vê qualquer coisa.

Até certo ponto, tudo o que defendo neste blog já o fiz primeiro na minha vida pessoal (na devida escala), daí sentir algum à vontade em sugerir certas ideias que poderão parecer à primeira vista irrealizáveis.
Se eu lê-se há 5 ou 6 anos o que tenho vindo a escrever nos últimos 2, provavelmente também acharia impossível realizar certas ideias e defender certos postulados.

Todo o português com uma certa maturidade intelectual já passou ou está a passar por algum dos estágios acima descritos. E é o somatório de todos estes estados de espírito dos portugueses que caracteriza o sentimento nacional na atualidade.

Não sei qual a percentagem de gente que está em cada um dos 5 estágios, mas acredito que pela ausência de manifestações violentas em massa, o povo, na sua maioria, já percebeu que de pouco adianta enraivecer-se, sendo bem melhor olhar pela sua vida e preparar-se tão bem quanto lhe for possível para o que ainda aí possa vir. E se uns emigram, outros até ficam, mas alterando qualquer coisa na sua vida. Mas outros há que não passam da depressão, não conseguem dar o salto, e esses sentem-se numa gaiola. São precisos todos os outros, a família e os amigos, para os ajudar a ultrapassar essa difícil fase da sua vida. Acredito que teremos essa capacidade de não abandonar o próximo, apesar de que vivemos talvez umas 3 décadas em que nos pediram para nos esquecermos dessa fraternidade já que isso era trabalho do Estado.
Todos esses edifícios estão a colapsar à nossa frente, e lá estamos novamente a redescobrir o que é ser solidário, fraterno e plural.

Não deixa de ser caricato ver gente desempregada e sem ganhar dinheiro a trabalhar nas campanhas do Banco Alimentar contra a Fome. Pode ser paradoxal para muita gente, mas é a vontade do povo, e isso é a verdadeira soberania, aquela que não pode ser combatida com nenhum edifício político/legislativo/abstrato.

Quanto mais gente entrar no 5º Estágio, mais a Nação estará preparada para esta nova ronda de dificuldades, das muitas que já tivemos na nossa história

E é este modo de reagir, sem afrontar, sem rebentar com o que existe e solidarizando-se com o próximo que está a passar mal, que acaba por manter intacta muita da nossa cultura e muito daquilo que é o Ser Português. Acredito mesmo que só conservámos tantos séculos de história por não termos sido demasiado precipitados em aceitar novas ideias e em querer mudar tudo. Somos permeáveis, atenção, há exceções aqui e acolá, e na minha opinião, o 25 de Abril trouxe, a pretexto das "novas liberdades", muita importação de ideal estrangeiro pouco compatível com o nosso modo de ser, mas mesmo assim foi moderado e pouco extremista, já que não caímos nem no comunismo nem no fascismo, também eles ideais estrangeiros. Mas do mesmo modo que somos ingénuos e aceitamos novas ideias, também começamos a desconfiar delas se acharmos que afinal não nos servem, e em último caso, simplesmente as abandonamos. Isso acontece com a enorme quantidade de leis que ninguém cumpre porque não refletem os padrões comportamentais dominantes nem a preferência do pessoal.

Se cada um de nós tentar corrigir o seu modo de vida em função da nova falta de rendimentos, sem querer ir ao bolso do próximo à força, como se fez em tantas revoluções e como tenta o governo fazer agora para salvar o Estado, penso que conseguiremos reforçar a cultura fraterna e pluralista que caracteriza o Ser português, deixando as instituições/edifícios que se construíram depois do 25 de Abril e que nada têm a ver com a nossa cultura, como a Segurança Social e o seu sistema abstrato e centralizado de redistribuição de riqueza, caírem de maduros.

Teremos menor poder de compra e seremos mais pobres aos olhos dos outros sem dúvida, mas aproximaremos a nossa essência à nossa existência. Prefiro isso do que me distanciar da essência só para conservar uma existência mais próxima daqueles que nos julgam e avaliam.

Que se lixe quem julga que sabe o que é melhor para mim e para ti.

Tiago Mestre

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Burrices económicas





Cavaco Silva: “Não é com salários baixos que se garante competitividade” das empresas.
notícia aqui

Comentário: 
Por acaso és empresário? És tu que controlas e defines os preços do mercado? 
Tretas socialistas...
Eu sei que querias ser como o Chávez ou seja ir correr a imprimir moeda mas essa é também uma forma de baixar salários e da pior maneira porque vai também às poupanças e asfixia o acesso a produtos que dependem de importações. Estou a ver. Por qué no te callas?  
Portugal deve ajustar sim os seus salários até atingir o seu ponto natural de equilíbrio de mercado com a sua real capacidade de produzir, cada empresa deve ter assim a liberdade de fazer o que bem entender pois senão em última análise ela encerra as portas. O trabalhador desta forma terá também maior liberdade em decidir o seu futuro, se quer ficar ou mudar de emprego, contra a alternativa de perder o emprego pelo atual sistema. 
Um ajuste correto de mercado no final irá garantir a todos melhores preços para aceder a produtos e bens o que levará inclusive à criação de novos empregos.
O desemprego é elevado em Portugal pois os salários e a despesa, principalmente no sector estado, teimam em não diminuir asfixiando toda a atividade económica .

Chávez fecha lojas Zara por 72 horas

Notícia no Económico: "O presidente da Venezuela ordenou o encerramento de nove lojas da Zara franchisadas por 72 horas. O Governo da Venezuela (…) acusa as lojas da Zara de margens excessivas face à desvalorização do bolívar, a moeda nacional. Hugo Chavéz ordenou assim o encerramento de nove lojas franchisadas da Zara para que estas avancem com modificações dos preços.
Um funcionário da autoridade venezuelana, Osiris Pacheco, explicou aos meios de comunicação que a Zara estava a praticar "margens excessivas, sendo preciso verificar as estruturas de custos destes estabelecimentos" e acrescentou que as lojas vão continuar fechadas, para evitar a imposição de novas sanções."
Comentário: Um big LOOOL! Foi a piada do dia, de certeza. Se a Zara pratica margens excessivas, deixem-na praticar. Isso significa que está a prestar um bom serviço ao cliente, caso contrário, ele não adquiriria os seus produtos pelo montante que a Zara exige em troca. Se a Zara lucra, é porque os clientes lá vão e se sentem satisfeitos com a qualidade/preço dos produtos em questão. Se os produtos fossem demasiado caros para a qualidade, os clientes iam a outras esquinas e era obrigada a descer o preço final ao consumidor. 
Para além disso, assusta-me o facto de alguém pensar que encerrando a Zara por 72 horas ou por 1 semana vai conseguir alguma mudança nos lucros. Quem não pôde ir esta semana à Zara por estar encerrada, vai para a semana ou daqui a duas semanas. Conclusão das conclusões: mesmo que esta semana a Zara não tenha clientes, nas próximas semanas vão lá os clientes que já iriam nessas semanas mais o que iriam nesta e não foram.
Os socialistas devem viver noutro país e noutra realidade, é que só pode!
Bernardo Botelho Moniz

O Banco Público

Um artigo lúcido e bastante elucidativo...

via O Insurgente


Este post é a a propósito da discussão da privatização parcial ou total da Caixa Geral de Depósitos e da ideia da criação de Banco de Fomento de que se tem falado recentemente.

O que é um banco público?
É um banco com capitais maioritariamente públicos e com gestão dependente do estado.

 E de onde vem o capital para a constituição do banco?
Como o estado não tem outra fonte de financiamento que não provenha ultimamente de  impostos sobre os seus cidadãos, o capital de um banco público provém sempre dos contribuintes. Convém lembrar que os impostos são cobrados aos cidadãos de forma coerciva.

 E para que serve um banco público, especialmente considerando a oferta da banca comercial existente?
As respostas oficiais serão algo do género:
  • Para corrigir a alocação incorrecta/ineficiente/injusta (escolher o que interessa) de crédito que o mercado livre estabelece.
  • Para prosseguir as políticas económicas do governo. Esta é uma variante do ponto anterior, e pressupõe que o governo sabe mais e melhor do que todos os inúmeros agentes económicos que participam no mercado.
Na realidade, podemos juntar os seguintes motivos:
  • Permite ao governo aumentar a sua esfera de poder e de influência na economia, e também cria uma pool de cargos apetecíveis para nomeações políticas.
  • Cria uma fonte de financiamento adicionals quer usando o banco para comprar  dívida pública quer para financiar  investimento público (ver por exemplo asParcerias Público Privadas).
E quais são os efeitos práticos da existência de um banco público?
Na prática, um banco público é um instrumento politizado e que irá distorcer o mercado ao:
  • Praticar concorrência desleal (afinal de contas um banco público não precisa de ser eficiente e goza de um privilégio que é a segurança do estado com o seu poder de taxar de forma ilimitada os seus cidadãos).
  • Conceder crédito a projectos, entidades e indivíduos que de outra forma não o conseguiriam obter. Como o crédito é finito, assim como os recursos que se podem obter com esse crédito também o são, o que ocorre é uma alocação menos eficiente de capital e de recursos na economia.
Outras consequências são que:
  • Um banco público tem propensão para incorrer em práticas de risco maiores do que o que seria normal porque têm a expectativa de que o estado virá ao seu socorro no caso de algo correr mal. É o efeito do moral hazard. Ao conceder empréstimos que de outra forma o mercado não concederia, por definição está a assumir riscos maiores.
  • O contribuinte será sempre o fiador dos empréstimos e outros negócios que corram mal e terá que assumir os prejuízos em que o banco possa incorrer.
Haveria Menos Crédito Se Não Houvesse Um Banco Público?
O crédito disponível de um banco resulta essencialmente de:
  1. Depósitos e poupanças dos cidadãos (contribuintes).
  2. Capital (Equity) que no caso de um banco público como se viu acima é providenciado pelos contribuintes.
  3. Endividamento, através de empréstimos junto de outras entidades financeiras ou emissão de obrigações por exemplo.
No caso dos pontos 1 e 2 é óbvio que essas mesmas fontes de crédito ficariam disponíveis para outros bancos comerciais caso o banco público não existisse. Em relação ao ponto 3, esta fonte está também disponível para os bancos comerciais, embora como o banco público possui um estatuto especial com garantias implícitas do estado, o banco público consegue-se endividar para além do normal – da mesma forma como Portugal se conseguiu endividar para além do normal por pertencer à Zona Euro. No entanto, esta é uma situação que além de constituir concorrência desleal, cria situações de risco maior do que seria desejável, mais uma vez usando o contribuinte como fiador.

Conclusão
Temos então que um banco público não é na realidade necessário. É acima de tudo um instrumento político que distorce o mercado e que causa mais danos do que benefícios à economia.

De espectativa em espectativa...

...até ao desespero final.

À medida que a realidade se vai instalando, torna-se evidente para muitos portugueses que aquilo que o governo PSD/CDS lhes tem transmitido não passa de areia para os olhos. Os discursos do sacrifício alternam com os discursos de esperança, conforme aparecem as projeções económicas desta ou daquela instituição.

Está efetivamente montada uma máquina de informação e de gestão de espectativas, sempre na tentativa de dar alguma esperança nos momentos mais complicados. Mas como a realidade tem sido muito mais madrasta do que sequer sonhariam muitos ilustres do governo, as espectativas geradas na população acabam sempre por gorar, e de espectativa gorada em espectativa gorada, a malta já encheu.
É uma pena e é triste, porque eu até reconheço vontade do governo em querer implementar alguma austeridade, muito mais do que qualquer outra força política representada na Assembleia.

Por terem mentido, julgando que estavam a transmitir confiança e esperança, acabam por destruir o capital de confiança imprescindível entre eleitos e eleitores.

O otimismo em relação ao futuro, tão próximo e tão querido dos portugueses, inunda estes nossos estrangeirados, que para o justificarem, recorrem a estatísticas e a complexas fórmulas de cálculo. O povo, pouco atreito a esses sinais científicos e muito mais divinizado, acredita no futuro melhor porque sim, porque aprendeu a interpretar o mundo desta maneira e não de outra.
Estamos no mesmo comboio mas em carruagens diferentes e o povo, até certo ponto, lá vai acreditando naquilo que gosta de ouvir, porque pouco lhe interessa ouvir falar de coisas negativas.

Mas quando a esperança é mentirosa por demais, o povo fica com fome de verdade, e como ninguém sabe em que momento é que a Nação ultrapassa esta fronteira, estamos sempre sujeitos a pôr o pé do lado de lá por insistência no discurso da esperança.

Com tanto otimismo infundado por parte do governo em relação ao futuro, o povo "pessimizou-se" no presente. Cismou. Já não quer ouvir falar mais. Encheu de tanta conversa.
Ainda há uns cantam, outros pintam, mas 99,9% resignou-se, preferem ficar quietinhos, com os seus mais próximos, arranjando eles próprios argumentos para se sentirem otimistas em relação ao futuro, já que os nossos estrangeirados perderam essa faculdade.

Perdeu-se uma grande oportunidade de o sistema político se voltar a reencontrar com o povo, porque é nos momentos difíceis que mais nos unimos e mais nos solidarizamos, só que nunca, mas nunca, com gente que mente e que nos faz passar por parvos.

Tiago Mestre

Só um vive na realidade


no jornal Ionline

dois querem conversa e um quer produzir..





domingo, 24 de fevereiro de 2013

Escrita em dia

Blogue: Combustões

Começar a fazer contas ao declínio




Só gente não viajada e carente de informação básica, incapaz de medir a extensão do declínio do Ocidente - pessoas presas da rasteira demagogia que inunda o discurso lírico daqueles que clamam por benefícios e redistribuição de uma riqueza que já não existe - pode insistir no mito do Estado Social e no abundantismo das sociais-democracias. Há quem não queira encarar o futuro de pobreza que se aproxima. Há quem se recuse aceitar reformas profundas e, assim, atalha o caminho para a regressão e o sub-desenvolvimento, julgando estar a defender uma causa nobre que esconde, afinal, casmurrice, cegueira, iletrismo económico.
O velho continente - Portugal especialmente - está numa encruzilhada de futuríveis. As velhas ideias - herdadas de tempos de supremacia em que a Europa era rainha da tecnologia e da ciência, rainha das armas e modelo para os outros - têm na esquerda o reduto de reacção à mudança sistémica que o curto documentário evidencia. Pelos benefícios e privilégios de ontem, gente bem intencionada mas absolutamente aferrada a certezas datadas, julga que as reformas escondem uma "agenda ideológica". Essa "agenda ideológica" não existe senão nos terríveis estudos prospectivos acessíveis em qualquer organização internacional especializada. A Europa encontra-se em avançada fase de pauperização. Perdeu a dianteira e tudo o que pode fazer é fechar-se, competir e lutar por um lugar na arena mundial.
Em 2060, o Bangladesh terá ultrapassado Portugal, a Índia será superior à soma da Alemanha, da França, da Itália e da Grã-Bretanha. Quem se recusa a mudar, agora e sem vacilações, será amanhã julgado no tribunal da história.

Sem espinhas



A questão do tempo


Por João Vaz,
Os problemas agravam-se às vezes de tal maneira que parece já não existir solução. Há, porém, em Portugal, um ditado popular que diz que o tempo resolve muita coisa.
Os líderes políticos fixaram-se nessa ideia: mais tempo para pagar a dívida pública, mais tempo para cortar nas despesas do Estado, mais tempo para as reformas estruturais na economia e na organização da República, mais tempo até para ser presidente de câmaras e freguesias, etc.

Se alguém espera que as dificuldades se resolvam com o tempo está enganado. Os problemas do desemprego, da recessão económica e dos défices do Estado só se resolvem com mudanças na vida coletiva. Não se criam empregos por decreto, embora se possam destruir muitos empregos com um decreto como se tem visto. E quem pensa que o Estado pode fazer tudo, compra uma inevitável viagem ao inferno. Basta ver o que aconteceu nos estados comunistas onde se cantavam amanhãs de paraíso e se acabou numa hecatombe de opressão e carências. Até a China decidiu criar empresas e empresários para tentar sair da miséria. O estado a que chegámos em Portugal sufoca o empreendedorismo e mata a vontade de trabalhar. Tem de mudar, depressa.
artigo publicado aqui

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Execução Orçamental Jan2013: Análise

Eis o que me saltou à vista:


A despesa TOTAL sobe 500 milhões de euros face a Jan2012 !
É a rúbrica "Transferências correntes" que mais influencia este agravamento.
Este dinheiro vai para Fundos Autónomos, como Universidades, Segurança Social, Autarquias e Regiões Autónomas. Como referi algures num comentário há uns dias, andamos a mudar custos de umas rúbricas para as outras, e no total, o valor até acaba por subir !!

Sobre as receitas ainda não há muito a dizer, apesar de que o IVA já se sabe que caiu 4%, o que não é um bom augúrio para a política deste governo de subir impostos para baixar défices.
Ao nível das receitas de IRS, a sobretaxa ainda não foi aplicada, e portanto o valor não reflete as novas medidas. Teremos que esperar por Fevereiro, onde a pancada será a dobrar.

Referente à Segurança Social, o agravamento referido no documento é este:

Desemprego sobe mais de 4%, e as Ações de Formação Social quase a mesma coisa. Aliás, subsídios e Ações de Formação são duas faces da mesma moeda, já que todos sabemos que quem fica desempregado entra nestes esquemas de ações de formação.

Tudo somado, a despesa efetiva da SS em Janeiro agravou-se 7,8% (139 milhões €) face a Jan2012


E agora uma NOTÍCIA ESPETACULAR:

Como eu gosto de ver os compromissos assumidos com os fornecedores começarem a ser respeitados.
Na minha empresa não tenho razões de queixa em receber dinheiro dos clientes da Administração Pública e Fundos Autónomos.
Não trabalho nem com Municípios nem com Regiões Autónomas pelo que destes não posso falar, mas estes gráficos dão alento a qualquer empresário..

Tiago Mestre

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Via sacra


Gastos com desemprego disparam 33,2% e receita de IVA cai 4%


notícia aqui


Comentário: 

Foi para isto que o país investiu em ti Gaspar? Não sabes mais? Para quando o corte na despesa? É natural que não tenhas aprendido na tua formação a lição de cortar para poder crescer. Mas o Carnaval já acabou e faz é logo a via sacra do jejum do despesismo de estado para Portugal poder ressuscitar.

O povo espera por um milagre.




'The Death of America' - Doug Casey



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"Não à substituição de trabalho por máquinas"




Existe uma história sobre  Milton Friedman que numa viagem por um país asiático por volta de 1960 visitou a construção de um novo canal. Ele ficou chocado ao observar que em vez de usarem equipamento pesado tal como escavadoras, os trabalhadores utilizavam pás. Ao perguntar porque é que os trabalhadores usavam pás o burocrata governamental que o acompanhava respondeu que se tratava de um “Programa de Emprego” ao que o Milton Friedman retorquiu: “Se são empregos que querem, porque é que não usam colheres?”.

De algum tempo para cá que tenho observado um certo número de artigos (tipo esteeste ou este) relacionados com a “ameaça” da substituição de empregos por máquinas. Depois de um amigo meu me ter facultado a foto ao lado(priceless) de uma manifestação da CGTP que teve lugar no Porto no fim-de-semana passado onde se pode ler um cartaz onde está escrito “Não à Substituição de Trabalho Por Máquinas – Em Defesa do Emprego“, resolvi escrever este post em grande parte baseado no Capítulo 7 – The Curse Of Machinery do Economics In One Lesson, um livro absolutamente imperdível do Henry Hazlitt

A proliferação da utilização de máquinas é de facto bom ou mau e irá-se traduzir em mais ou menos emprego?

Na medida em que a utilização de máquinas e equipamento aumenta a produtividade (já os homens das cavernas tinham descoberto isso), a sua proliferação é altamente benéfica, pois:
  • O aumento da produtividade aumenta a produção, reduz o preço e permite o aumento de salários.
  • Liberta recursos humanos para se dedicarem a outras actividades que de outra forma não seria possível.
Do ponto de vista do emprego, o progresso tecnológico e a utilização de máquinas em particular também é muito positivo para o emprego uma vez que:
  • São sempre necessárias pessoas para desenvolver, instalar e manter as máquinas pelo que se vão criar novos empregos (geralmente muito qualificados).
  • O aumento da produtividade estimulará a competição; a concorrência terá também que comprar mais equipamentos; e no geral a indústria terá que baixar os preços. Se o preço for elástico e uma redução do preço causar um aumento percentual maior da procura, então serão precisas mais pessoas a trabalhar na produção desse bem. Isto foi o que aconteceu com a indústria textil Inglesa no início da revolução industrial tendo o número de pessoas a trabalhar no sector textil passado de cerca de 7.900 em 1760 para 320.000 em 1787 (um aumento de 4.400% em 27 anos!).
  • O aumento da produtividade reduz os custos o que resulta numa libertação de fundos. Estes fundos podem ser distribuídos – em parte por opção, em parte por força do mercado –  pelos accionistas (distribuição de lucros), pelos trabalhadores (aumento de salários) ou pelos consumidores (redução de preços).  Estes fundos que passam a ficar disponíveis como resultado do aumento da produção, serão aplicados quer pelos accionistas, quer pelos trabalhadores, quer pelos consumidodes em três formas todas elas criadoras de emprego:
    • Investimento – em mais máquinas, ou noutras empresas ou indústrias
    • Poupança – que permitirá a outras pessoas e empresas realizar investimentos
    • Consumo – porque foi precedida de um aumento da produção
Embora em termos agregados o volume de emprego cresça com a introdução de equipamento que aumente a produtividade, alguns tipos de empregos serão de facto reduzidos ou até extintos (operadores de telégrafo, condutores de carruagens, dactilógrafos, etc.). Esses empregos que deixam de ser necessários serão substituídos por outros empregos necessários. Afinal de contas, os desejos humanos são infinitos e os recursos são finitos. O perfil dos novos empregos necessitará obviamente de qualificações e competências diferentes.

Um emprego não pode ser visto como um fim em si mesmo. Se o objectivo é criar empregos, o governo (quem mais?) poderia facilmente criar inúmeros empregos que consistiriam apenas em cavar e tapar buracos. Um emprego deve ser visto como um meio de se produzir algo útil que seja valorizado pelos consumidores, o que por sua vez permite que se efetuem trocas comerciais com outros bens e serviços que também são valorizados pelos consumidores.

De notar que o objectivo da tecnologia não é criar empregos, mas sim aumentar a produção e elevar os padrões da qualidade de vida. O aumento da qualidade de vida é conseguido através da produção mais barata de bens e serviços assim como de salários mais elevados resultantes do aumento da produtividade. O aumento do emprego é um efeito colateral.

Por redução ao absurdo, admitamos que o progresso tecnológico causa desemprego. Tendo este ocorrido de forma contínua desde o tempo em que o homem começou a produzir machados e lanças, o desemprego deveria ter vindo a aumentar continuamente desde então.

O facto é que o mundo tem hoje cerca de seis vezes mais população do que existia quando começou a revolução industrial. Sem o progresso tecnológico que se verificou desde então seria impossível que este planeta conseguisse suportar este volume de população. O futuro da humanidade certamente que dependerá da evolução e do progresso tecnológico.

Para terminar, fica aqui uma das muitas pérolas que se encontram pela Internet.



Ministro Miguel Relvas disse "Isto é o Bloco de Esquerda" mas enganou-se!

Encontrei esta imagem por acaso no Facebook e resolvi partilhar para confirmar aquilo que já todos sabíamos...


Afinal quem é a personagem?

Lúcia Gomes


Natural de Santa Maria da Feira
Advogada

Assessora do Grupo Parlamentar do PCP
Membro da Comissão Concelhia do PCP de Santa Maria da Feira
Membro da Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP
Membro da Comissão do PCP para os Assuntos Sociais
Membro da Comissão do PCP para a luta e movimentos de mulheres

Membro da Direcção Nacional do Movimento Democrático de Mulheres
Membro fundador da Associação Fronteiras – Associação para a Defesa dos Direitos e Liberdades Democráticas

Eleita na Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira
Eleita na Assembleia Metropolitana do Porto

(ver mais)

Mas esperem... estes profissionais do fingimento usaram a pobre Lúcia Gomes em mais iniciativas de cidadania... consultando o Jornal Terras da Feira:

Por que razão Lúcia Gomes protestou contra o ministro das Finanças?


Pouco passava das três da tarde da última terça-feira, quando o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciava mais medidas de austeridade aos portugueses. As televisões transmitiram em directo a comunicação ao País. Poucas horas depois, o governante chegava às instalações da Sic para uma entrevista. Ao portão, concentraram-se vários manifestantes que não pouparam nas palavras dirigidas ao ministro e esbarraram no cordão policial.
Lúcia Gomes, membro da Assembleia Municipal da Feira, eleita pelo PCP, estava lá. “A ideia nunca foi ir lá insultar o ministro, mas dizer-lhe que pare, que basta de austeridade e de agressão. Mas o ambiente aqueceu e a verdade que se gritou em uníssono é «o ladrão está lá dentro». É o Governo que está a roubar tudo o aquilo que é nosso de direito” - explica ao TF. As contas são feitas e as parcelas vão desaparecendo. A Taxa Social Única subiu para os trabalhadores e desceu para as empresas.

in Terras da Feira


Afinal o PCP quer ser sério e debater de forma democrática ou quer fazer o poder cair na rua?
É que podiam ser apenas economicamente divergentes com o que acredito, mas infelizmente continuam a ser completamente anti democráticos.




Transformar em ouro os vossos escudos


Cartaz do Estado Novo

Do tempo onde se tinha muito cuidado quando Portugal recorria ao endividamento...


Valores irrelevantes e relevantes

Tudo somado e o BCE dívida detém obrigações destes cinco países avaliadas em 208,7 mil milhões com uma maturidade de 4,3 anos.

notícia aqui


Comentário:

Importa comparar os números do BCE com os do FED 

E numa pesquisa encontrei estes dados:

De fato, a política de crescimento da dívida e da liquidez é a que tem sido praticada há anos pela Reserva Federal de Ben Bernanke. O seu balanço (balance sheet) passou de 869 bilhões de dólares, em 2007, para 2,88 trilhões, em 2012. Nada menos que dois terços dos títulos do Tesouro estadunidense que chegam mercado são comprados pelo “Fed”.

fonte aqui


Crise do €? Eu sei bem onde está a crise...




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Porque se emigra?

Alguém emigra atrás de um estado social?

Todos os portugueses espalhados pelo mundo foram em busca desse almejado estado social?

Não, não foram. O português, emigra porque vai atrás de um trabalho, na tentativa de aumentar a sua fonte de rendimento e em última análise vai à aventura.

Ora perante isto porque os portugueses não esperam o mesmo do país onde se encontram?

Não há oportunidade? E porque não há?

Porque cá, temos o estado social que temos e o estado que temos que no fundo é coisa alguma.

Boa sorte para os que vão ter de emigrar!


Este é o problema de errarmos nas previsões:

É que enganamos todo um povo.

Daí em tempos eu ter ficado ligeiramente obcecado em tentar perceber como poderíamos prever o PIB:
É PORQUE ESTOU FARTO DE SER ENGANADO !


Não tenho nada contra o Gaspar, até acho a figura curiosa, mas eu não gosto de enganar ninguém, e muito me entristece quando outros, conscientemente, me tentam enganar, com a agravante de não serem humildes e não reconhecerem os seus erros.

Caímos uma, caímos duas, eh pá, mas à terceira só já cai quem quer.

Eles bem tentam fugir da austeridade, tentando aplicar a versão austeridadezinha, mas a força das coisas reais e terrenas, quanto muito, deixa que se compre algum tempo, nada mais!

Tiago Mestre

Espetacular, só isso

February 8, 2013


Mr. Arnaud Montebourg
Ministere Du Redressement
Productif
139 rue de Bercy
Teledoc 136
75572 Paris cedes 12

Dear Mr. Montebourg:

I have just returned to the United States from Australia where I have been for the past few weeks on business; therefore, my apologies for not answering your letter dated 31 January 2013.

I appreciate your thinking that your Ministry is protecting industrial activities and jobs in France. I and Titan have a 40-year history of buying closed factories and companies, losing millions of dollars and turning them around to create a good business, paying good wages. Goodyear tried for over four years to save part of the Amiens jobs that are some of the highest paid, but the French unions and French government did nothing but talk.

I have visited that factory a couple of times. The French workforce gets paid high wages but works only three hours. They get one hour for breaks and lunch, talk for three and work for three. I told this to the French union workers to their faces. They told me that's the French way!

You are a politician so you don't want to rock the boat. The Chinese are shipping tires into France — really all over Europe — and yet you do nothing. The Chinese government subsidizes all the tire companies. In five years, Michelin won't be able to produce tires in France. France will lose its industrial business because its government is more government.

Sir, your letter states that you want Titan to start a discussion. How stupid do you think we are? Titan is the one with the money and the talent to produce tires. What does the crazy union have? It has the French government. The French farmer wants cheap tires. He does not care if the tires are from China or India and these governments are subsidizing them. Your government doesn't care either: "We're French!"

The U.S. government is not much better than the French. Titan had to pay millions to Washington lawyers to sue the Chinese tire companies because of their subsidizing. Titan won. The government collects the duties. We don't get the duties, the government does.

Titan is going to buy a Chinese tire company or an Indian one, pay less than one Euro per hour wage and ship all the tires France needs. You can keep the so-called workers. Titan has no interest in the Amien North factory.

Best regards,
Maurice M. Taylor, Jr
Chairman and CEO


Gandas tomates, só isso
Tiago Mestre

As recessões são para se abraçar

As recessões são para se abraçar pois são uma correção natural do estouro de bolhas... E em Portugal as bolhas foram muitas. 

Agora, um socialista comum iria responder algo assim:

- Cromo, recessão significa desemprego, pobreza, etc, etc... para o ano estás pior do que hoje....

Mas na verdade uma recessão nada mais serve do que para limpar a economia das bolhas criadas no passado e enquadrar a economia na realidade daquilo que ela consegue efetivamente produzir.

Uma recessão obriga que as pessoas, passem do consumo para a produção e poupança, que as burocracias precisam de ser desreguladas, que os preços tenham de diminuir para ir ao encontro do seu mercado real, e "last but not least" a que o estado tenha que diminuir o seu peso e impostos cobrados.

A via alternativa a quem está contra as recessões será a de enfrentar.

- desemprego acima de 1 milhão;
- jovens a emigrar;
- salários médios da função pública de 1600 € contra 700 € da privada;
- habitação cara;
- a dívida sempre a subir;
- preços de serviços e bens de consumos em valores altos;
- falta de investimento;
- falências;
- má governações e maus políticos;

Um país sem futuro.


Dias interessantes


Interessante os dias de hoje, pelo que parece agora é moda interromper os ministros com cânticos e "fazer lhes a vida negra", sendo Eu contra a politica seguida pelo governo (sendo contra o socialismo), não posso deixar de criticar o que estas pessoas estão a fazer.

Vejamos onde estavam estas pessoas quando a pandilha do PS endividava o país a um ritmo sem precedentes e os resultados económicos eram um falhanço completo?

Onde estavam estes "jovens" a insultar e pedir a demissão do PM que acabou a licenciatura ao domingo?

O interessante aqui é que existiam personalidades que tinham algum tempo de antena que avisavam do estoiro eminente, eu comecei a ler o Diário económico quando entrei na FEP, e na altura escrevia para lá numa coluna de opinião o Dr.Medina Carreira e ele desde 2002 que me lembre avisava da falência do Estado e da sociedade portuguesa em geral, que diziam os que hoje insultam os membros do governo e dizem que a Austeridade mata?

Rigorosamente Nada, ou melhor diziam que quem avisava eram os velhos do Restelo, profetas da desgraça e mais não sei bem o que.

Hoje as pessoas revoltam-se  e é natural que o façam, mas fazem no pelos motivos errados, não se revoltam com o sistema que nos conduziu até aqui, mas sim contra o facto do sistema hoje já não dar o que dava ou quebrar a promessa que tinha lhes sido feita.

Hoje o Português típico quer continuar a ter a vida que tinha sem ter de pagar o preço correspondente.

O Tiago tem nos seus inúmeros post demonstrado que não existe austeridade, na perspectiva que não se tem um superavit, e continuamos com deficits, que a divida continua a subir em vez de descer.

A realidade é que o que foi feito em Portugal foi um crime contra a humanidade, criou se um sistema que nunca na vida seria sustentável no longo prazo, e viciou se as pessoas neste sistema, hoje toda a economia está dependente do Estado, e por conseguinte na Divida deste.

O Tiago demonstrou que é necessário um aumento de 4 a 5€ para 1€ de crescimento do PIB, isto é, assustador.

Como já mais que uma vez escrevi o caminho não é o consumo mas sim a poupança.

O governo faz o que pode e o que não pode para manter o sistema a tona de água, para permitir que o regabofe continue.

O problema é que hoje a sociedade é profundamente socialista, estadista dos sete custados, ainda ontem na estação de metro estava um jornal desportivo abandonado, como estava a espera pus me a folhear lo, dado que tinha muito tempo para queimar. E nesse vinha um artigo sobre um ranking efectuado sobre os países e os seus sucessos desportivos, Portugal vigorava no 85º lugar e o titulo era "Portugal com desporto do nível do terceiro mundo".

O interessante é que isso já não existe o chamado terceiro mundo, e continuando a ler argumentavam os jornalistas, que estamos com o 41º lugar do IDH e que países mais atrasados que nós tinham muitos melhores resultados etc... e todos os consultados sobre o Problema diziam o mesmo, Não existe planeamento central no desporto, o Estado não "investe" o suficiente, os atletas não conseguem ser profissionais, apenas um punhado deles.
Todos diziam o Estado não faz o que lhe compete. É normal assistir a conversas na rua de pessoas a dizer "este atleta é muito bom, mas não tem apoios o Estado devia dar mais", "é só futebol que recebe e os outros", etc..


Este pequeno exemplo demonstra o quanto Estadistas a população e as denominadas elites são.

A realidade é que o português só se interessa pelo futebol, se forem a um recinto de outros desportos em provas de cariz regional, se retirarem os pais e familiares dos atletas constatam que "estão às moscas", a população é extremamente sedentária.

Mas isso é mau? Eu acho que não, ou melhor é uma questão de gostos, se as pessoas não estão dispostas de livre vontade colocar os seus euros naquela actividade porque querem obrigar que outros sejam "roubados" para que a modalidade tenha o financiamento?

O raciocínio pode ser alargado ao resto da sociedade, as maioria não quer gastar/pagar para que seja feito determinada coisa, mas quer que outros o paguem.

As pessoas tem de compreender que o dinheiro do Estado vêm de algum lado, que tudo o que o Estado dá, tirou ou irá tirar de outro.

Este é a ideia que procuro sempre passar, bater muito nesta tecla.

O sistema cada vez mais se aproxima do estoiro, a divida tem vontade própria como o Tiago no Post anterior demonstra.

Austeridadezinha...

Só estava à espera de saber quem seria a primeira instituição a chibar-se, porque eu já suspeitava que mais tarde ou mais cedo isto pudesse rebentar nas mãos do governo.


A tal austeridade de que tanto se fala e que tanto mata conseguiu que nos endividássemos apenas 19,6 mil milhões de euros em 2012.

É verdade que talvez metade deste valor seja para recapitalização dos bancos, mas mesmo retirando essa metade, já seria muito mau, porque seria um valor em linha com os anos em que não se praticou austeridade nenhuma.

AUSTERIDADE ( ZINHA ) PARA QUÊ?

Tiago Mestre

Jornalismo de referência

A papagaiada que inunda todos os dias o prime time da comunicação organizou-se para debater o jornalismo de referência

E atacou forte e feio a internet pela razão da sua decadência.

Sabemos bem que o objectivo máximo desses que se dizem democratas, independentes e que se acham mesmo bons, é tão só o de conseguir provocar a censura na internet. Cair em cima dos blogues e do youtube, pois para o azar desses tudólogos cada vez mais o indivíduo comum pode ir ao encontro livre das suas próprias aspirações e escolher quais são e querem que seja as suas fontes de comunicação para se manter informado, obter conhecimento, ou até para passar o tempo .

Verdade ou mentira naquilo que se escreve? O que importa? Quem é capaz de estar à altura para descodificar na maior das exatidões a qualidade de toda a informação que vai dirigida a si e a todos? Ninguém. 

É certo, que o que por aqui se escreve, os capitalistas tendem a concordar mais conosco do que os socialistas mas é só uma tendência e nunca uma referência para determinar a qualidade do que por aqui se escreve. 

O que importa sim, é que cada indivíduo tenha a sua própria visão dentro da sua opção da vida e a internet é sem dúvida o melhor caminho para que alguém seja completamente livre para escolher o seu rumo e encontrar aquilo que o dito jornalismo de referência não lhe mostra. 

Aqui no Viriatos, os autores do blogue nada mais se propõem do que a uma tentativa em mostrar o caminho da verdade económica, na maior das liberdades e todo o leitor é livre também para concordar, nos mostrar a sua própria visão, de estar no contra e até de optar por nem nos visitar mais.

Em nome de toda a equipa do Viriatos estaremos por aqui na tentativa de querer continuar a surpreendê-lo dentro dos princípios e visão de cada um dos autores que escrevem aqui no blogue, pois a melhor referência que pode haver é a liberdade de ter cada um de nós a escrever dentro das suas próprias ideias e não atrás de referências utópicas.

Aqui, a liberdade é tão grande que quem se sentir de espírito livre e orientado para encontrar a verdade económica e quiser fazer parte da nossa equipa basta fazer um pedido de solicitação e começar a escrever...