quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

As recessões são para se abraçar

As recessões são para se abraçar pois são uma correção natural do estouro de bolhas... E em Portugal as bolhas foram muitas. 

Agora, um socialista comum iria responder algo assim:

- Cromo, recessão significa desemprego, pobreza, etc, etc... para o ano estás pior do que hoje....

Mas na verdade uma recessão nada mais serve do que para limpar a economia das bolhas criadas no passado e enquadrar a economia na realidade daquilo que ela consegue efetivamente produzir.

Uma recessão obriga que as pessoas, passem do consumo para a produção e poupança, que as burocracias precisam de ser desreguladas, que os preços tenham de diminuir para ir ao encontro do seu mercado real, e "last but not least" a que o estado tenha que diminuir o seu peso e impostos cobrados.

A via alternativa a quem está contra as recessões será a de enfrentar.

- desemprego acima de 1 milhão;
- jovens a emigrar;
- salários médios da função pública de 1600 € contra 700 € da privada;
- habitação cara;
- a dívida sempre a subir;
- preços de serviços e bens de consumos em valores altos;
- falta de investimento;
- falências;
- má governações e maus políticos;

Um país sem futuro.


2 comentários:

vazelios disse...

Bom artigo Vivendi.

A recessão (ou pelo menos uma mais prolongada como a actual) não é mais do que nos habituarmos à realidade.

Claro que é mais do que isto, mas se a tivesse que caracterizar, era assim. E isto não significa que eu ou tu gostemos de recessões, obviamente que não. Mas este tipo de economia socialista e viciada que existe no mundo "ocidental" tem de dar uma volta muito grande, tanto em termos sociais como na economia de casino. Este socialismo aliado a esta democracia mediocre foi(é) uma bomba relógio

A mudança tem de acontecer, simplesmente porque a matemática não falha, e isto enquanto que nas Chinas e Indias os trabalhadores vão começar a reivindicar por mais coisas para se tornarem...em nós.

As previsões fazem-me alguma confusão mas aquelas a 30 ou 50 anos ainda mais. Ignoram que as sociedades evoluem e apesar da cultura ser muito diferente, todos querem o mesmo: Ganhar mais e se possível a não fazer nenhum.

São raros os países evoluidos onde a produtividade e viver de forma sustentável são encarados como lemas de vida e isso acontece apenas em países que já passaram por: Hiperinflação (Alemanha), recessões (Suécia). São dois exemplos.

Em todos os outros as crises mais graves bateram agora ou ainda vão bater: EUA, UK, Mediterraneos, etc...porque ainda não passaram por problemas graves ao ponto de aprenderem com eles.

Não há nada como aprender com os erros e essa é das poucas esperanças que tenho: A de que há pouca margem para demagogias e mentiras no futuro.

Um dia impediremos politicos como os que temos cá de mentir como mentem (veja-se o exemplo do incrivel Berlusconi em Italia! Achava que o Hollande ia ser o ultimo a mentir com os dentes todos mas enfim), e impediremos abusos de alguns, sob deterimento de outros. O que não quer dizer que haja uns ricos e outros menos ricos. Mas que ganhem o dinheiro justamente.

Vivendi disse...

Bom complemento caro Vazelios.