quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dias interessantes


Interessante os dias de hoje, pelo que parece agora é moda interromper os ministros com cânticos e "fazer lhes a vida negra", sendo Eu contra a politica seguida pelo governo (sendo contra o socialismo), não posso deixar de criticar o que estas pessoas estão a fazer.

Vejamos onde estavam estas pessoas quando a pandilha do PS endividava o país a um ritmo sem precedentes e os resultados económicos eram um falhanço completo?

Onde estavam estes "jovens" a insultar e pedir a demissão do PM que acabou a licenciatura ao domingo?

O interessante aqui é que existiam personalidades que tinham algum tempo de antena que avisavam do estoiro eminente, eu comecei a ler o Diário económico quando entrei na FEP, e na altura escrevia para lá numa coluna de opinião o Dr.Medina Carreira e ele desde 2002 que me lembre avisava da falência do Estado e da sociedade portuguesa em geral, que diziam os que hoje insultam os membros do governo e dizem que a Austeridade mata?

Rigorosamente Nada, ou melhor diziam que quem avisava eram os velhos do Restelo, profetas da desgraça e mais não sei bem o que.

Hoje as pessoas revoltam-se  e é natural que o façam, mas fazem no pelos motivos errados, não se revoltam com o sistema que nos conduziu até aqui, mas sim contra o facto do sistema hoje já não dar o que dava ou quebrar a promessa que tinha lhes sido feita.

Hoje o Português típico quer continuar a ter a vida que tinha sem ter de pagar o preço correspondente.

O Tiago tem nos seus inúmeros post demonstrado que não existe austeridade, na perspectiva que não se tem um superavit, e continuamos com deficits, que a divida continua a subir em vez de descer.

A realidade é que o que foi feito em Portugal foi um crime contra a humanidade, criou se um sistema que nunca na vida seria sustentável no longo prazo, e viciou se as pessoas neste sistema, hoje toda a economia está dependente do Estado, e por conseguinte na Divida deste.

O Tiago demonstrou que é necessário um aumento de 4 a 5€ para 1€ de crescimento do PIB, isto é, assustador.

Como já mais que uma vez escrevi o caminho não é o consumo mas sim a poupança.

O governo faz o que pode e o que não pode para manter o sistema a tona de água, para permitir que o regabofe continue.

O problema é que hoje a sociedade é profundamente socialista, estadista dos sete custados, ainda ontem na estação de metro estava um jornal desportivo abandonado, como estava a espera pus me a folhear lo, dado que tinha muito tempo para queimar. E nesse vinha um artigo sobre um ranking efectuado sobre os países e os seus sucessos desportivos, Portugal vigorava no 85º lugar e o titulo era "Portugal com desporto do nível do terceiro mundo".

O interessante é que isso já não existe o chamado terceiro mundo, e continuando a ler argumentavam os jornalistas, que estamos com o 41º lugar do IDH e que países mais atrasados que nós tinham muitos melhores resultados etc... e todos os consultados sobre o Problema diziam o mesmo, Não existe planeamento central no desporto, o Estado não "investe" o suficiente, os atletas não conseguem ser profissionais, apenas um punhado deles.
Todos diziam o Estado não faz o que lhe compete. É normal assistir a conversas na rua de pessoas a dizer "este atleta é muito bom, mas não tem apoios o Estado devia dar mais", "é só futebol que recebe e os outros", etc..


Este pequeno exemplo demonstra o quanto Estadistas a população e as denominadas elites são.

A realidade é que o português só se interessa pelo futebol, se forem a um recinto de outros desportos em provas de cariz regional, se retirarem os pais e familiares dos atletas constatam que "estão às moscas", a população é extremamente sedentária.

Mas isso é mau? Eu acho que não, ou melhor é uma questão de gostos, se as pessoas não estão dispostas de livre vontade colocar os seus euros naquela actividade porque querem obrigar que outros sejam "roubados" para que a modalidade tenha o financiamento?

O raciocínio pode ser alargado ao resto da sociedade, as maioria não quer gastar/pagar para que seja feito determinada coisa, mas quer que outros o paguem.

As pessoas tem de compreender que o dinheiro do Estado vêm de algum lado, que tudo o que o Estado dá, tirou ou irá tirar de outro.

Este é a ideia que procuro sempre passar, bater muito nesta tecla.

O sistema cada vez mais se aproxima do estoiro, a divida tem vontade própria como o Tiago no Post anterior demonstra.