sábado, 30 de novembro de 2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Em Portugal, um burro de carga vive de subsídios"


"NY Times" compara situação do burro mirandês à dos portugueses

A edição europeia do "New York Times" usou a fotografia de um burro mirandês na sua capa, comparando o percurso do animal ao destino dos portugueses. "Em Portugal, um burro de carga vive de subsídios" é o título do artigo que compara o que está a acontecer ao burro mirandês ao que se vai passando com os seus donos humanos. 

"NY Times" compara situação do burro mirandês à dos portugueses

Capa do "New York Times"





























Segundo o "New York Times", esta raça de burro é a perfeita metáfora para o destino de Portugal: o animal foi essencial na agricultura durante muitos séculos, mas agora está em risco de extinção devido à desertificação do interior do país. De igual modo, também os portugueses estão a declinar e vão sobrevivendo à custa de subsídios da União Europeia.
"Não é fácil ser um burro hoje em dia", começa por dizer o jornalista Raphael Minder, que foi até à Paradela para escrever o seu artigo e faz questão de salientar que "o grande e dócil burro mirandês é considerado uma espécie ameaçada desde 2003", tendo sido substituído "pelo trator e equipamento agrícola mais moderno". 

É nessa medida que o seu destino se cruza com o dos humanos da mesma zona: "À medida que os mais jovens abandonam as zonas rurais pelas cidades, os burros também são ameaçados porque os agricultores que tomam conta deles estão a ficar demasiado velhos para continuarem a fazê-lo".

Assim, quem ainda tem burros mirandeses fá-lo "por amor ao animal" e não por vantagem económica, conseguindo manter o animal à custa de subsídios europeus que vão chegando para ajudar a preservar a espécie. 

"Depois de décadas de negligência e, argumentam alguns, de falta de compreensão, o destino do burro acaba por parecer-se com o dos seus parceiros humanos em muitos locais do interior, duramente pressionados: ameaçados pelo declínio da população e com a sobrevivência dependente, sim, de subsídios da União Europeia", reza o artigo, publicado esta sexta-feira.

aqui

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

"Não só de pão viverá o homem"

"Não só de pão viverá o homem", já dizia a Palavra de Deus. Espanta-me que o papa, embora tenha preocupações sociais, suas análises muitas vezes caem em graves equívocos. 

O problema central das crises econômicas não está na cobiça, na avareza e no pensamento desmesurado do "lucro" do "capitalismo selvagem" ou no desprezo pela vida humana. As palavras são muito genéricas e não levam a uma conclusão clara. 

O que ocorre na Europa é a crise do Estado gigantesco, da burocracia estatal controladora, que rouba a livre iniciativa dos jovens e dos velhos europeus e os transforma em servos da classe política. Essa mesma burocracia nutre um culto delirante de engenharia social anticristã.

A expansão do secularismo e do anticristianismo na Europa, como a legalização do aborto, do casamento e da adoção de crianças por homossexuais, têm no modelo estatal europeu um grande patrocinador. 

 Alguma crítica à destruição cultural do Cristianismo europeu? Alguma crítica contra este mega-Estado multinacional materialista e ateu chamado União Européia? Nada. O papa, neste ponto, também foi completamente silencioso.

O alardeado "capitalismo selvagem" não é produto da desregulamentação da economia. É justamente o contrário. É uma aliança profunda de grandes capitalistas e grandes socialistas, no âmago de uma restrição cada vez mais do livre mercado, forjando regulamentos, portarias e outras medidas burocráticas mesquinhas de limitação da liberdade civil, econômica e política dos cidadãos.


Leonardo Oliveira 

É assim que tem de ser...

..."O povo é livre e soberano, sabe muito bem governar-se e não necessita que lhe ditem ordens (leis) acerca de como viver. O Estado está lá para proteger o povo e as maneiras de viver (tradições) do povo, e só intervém a pedido do povo.

Esta concepção portuguesa da liberdade e do Estado está nos antípodas daquela que hoje prevalece em Portugal. Actualmente, quem manda é o Estado, e os partidos políticos que o controlam, que passa o tempo a ditar ordens ao povo (leis) acerca da maneira como o povo há-de viver, e como há-de pagar essas ordens."...


Pedro Arroja, aqui

É assim que tem de ser, e o que tem de ser, tem muita força...


Me, Myself and I

Foram anos e anos a dizerem-nos que éramos importantes, únicos na sociedade, e que só por pisarmos o nosso retângulo e ilhas teríamos direito a todo o tipo de apoios sociais. Não havia mal nenhum que nos acontecesse que não fosse prontamente amenizado pelo dinheiro fácil do Estado.

 Nunca nos disseram que todo esse dinheiro redistribuído estava a ser coercivamente retirado aos contribuintes e que um dia, se as coisas arrefecessem, não iria chegar para todos.

Todos nós preferimos acreditar que o que é bom se perpetuaria para sempre. Felizmente veio 2008, e para alguns de nós, certas campainhas começaram a tocar, obrigando-nos a estudar os números, a perceber as contas públicas e a analisar a realidade de outra maneira. Veio 2011 e a entrada da troika já não era um mal em si mesmo, mas apenas uma consequência dos erros do passado.

Muita gente continua a não querer olhar para a realidade dos números, preferindo apoiar-se na virtualidade das palavras da Constituição e no paleio estragado dos políticos que tudo prometem sem terem dinheiro para mandar pintar um macaco:

“Ao meio-dia, nesta quarta feira, 4 de Dezembro, Nelson Arraiolos irá deslocar-se ao Pingo Doce do Rossio, Rua 1.º Dezembro, 67-83, 1200-358 Lisboa, entrará no supermercado, pegará num quilo de arroz e sairá sem pagar.” É assim que começa o email enviado às redacções por Nelson Arraiolos, o desempregado que em Setembro foi ao Palácio de Belém entregar uma carta ao Presidente da República para lhe comunicar que não pagava mais impostos [...] "


Amigo Nelson, aí perto do Bombarral, onde vives, no Pó, os agricultores andam à rasca para arranjar pessoal. Vem gente da Ásia para trabalhar nas estufas, vê lá. Fica a dica. Mas tens que lá ir. Mandar currículos por e-mail não serve.

Quando tu, por não arranjares emprego e dinheiro, decides andar de autocarro à pala, compras arroz sem pagar e deixas de pagar impostos, o que estás a fazer é a pôr nos outros a responsabilidade de pagarem essa despesa por ti. Exorbitas dos teus direitos como cidadão e afrontas a minha liberdade. É a filosofia do "que sa'foda": Não me dás o emprego que eu quero e eu aponto-te uma arma à cabeça. Sim, ok, mas por alminha de quem?

Ó Nelson, vale mesmo a pena termos duas pernas, duas mãos e um cérebro com quilo e meio e 11 mil milhões de células, que a evolução genética, por necessidade e a muito custo, tão graciosamente nos concedeu??

Apesar de andares a passar por um mau bocado, que eu respeito, continuas a não caber em ti mesmo por te considerares tão importante neste mundo, logo, achas que todos os outros, em especial o Estado, têm uma dívida social para contigo. Não temos, Nelson, a sério, não me leves a mal.


Tiago Mestre

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mais impostos


Interessante que o Presidente da República afirme "Redução coactiva, unilateral e definitiva de pensões (...) deve ser qualificada como um imposto."

Na minha opinião os Funcionários públicos não pagam impostos, vejamos como se financia o Estado?

Impostos, emissão de divida (impostos futuros), emissão de moeda(impossível neste momento em Portugal).

Da que pensar, como pode um funcionário público/pensionista(CGA) pagar impostos se o dinheiro com que lhe paga o Estado é cobrado por este via impostos?

O Estado hoje apenas redistribui o que consegue "arrecadar" em "receita fiscal", logo alguém tem de criar riqueza, e esse "alguém" é não mais não menos que o sector privado.

O Governo chamou o "boi pelos nomes" redução da pensão, o PR disse que é um aumento de imposto encapotado, quando o receptor/pagador é funcionário do Estado é exactamente a mesma coisa, chamam lhe corte de despesa ao aumento de imposto.

Sinceramente se fosse Eu governante não perdia uma noite de sono com o possível chumbo, arranjava de seguida um novo imposto, que é aprovado pelo TC, não há nenhum que tenha sido chumbado.

Compreendo o PR, esta a decidir em causa própria, é ele aposentado da CGA.

Temos de compreender que o PR como economista é fraco, muito fraco, é Keynesiano dos foleiros, não percebe como uma economia moderna funciona, e o que para um austríaco é a causa dos problemas de Portugal para ele é uma virtude.

É deixar andar, se há algo que me tranquiliza é o seguinte, a REALIDADE não se altera porque alguém mete a cabeça na areia e a ignora, mais cedo ou mais tarde ela revela-se.

A propósito da convergência das pensões

Diz-nos Cavaco Silva que:
Redução coactiva, unilateral e definitiva de pensões (...) deve ser qualificada como um imposto.
 
Presidente da República










Então, se reduzir as pensões da CGA é considerado um novo imposto, por maioria de razão, tudo o que são cortes na despesa pública em funcionários, pensionistas, inválidos e por aí fora também se considera um imposto.
Ou seja, quer se corte na despesa ou se aumente os impostos, é sempre um aumento de impostos ! Fico baralhado.

Cavaco Silva também invoca que os pensionistas da CGA confiaram no Estado e que este corte, desculpem, este aumento de impostos, é uma violação por parte deste.
O homem ainda não se apercebeu que não são os cortes que são uma violação do nosso contrato social, mas sim as promessas irrealistas que foram feitas desde o 25 de Abril, prometendo despesa sem se assegurar a respetiva cabimentação?
Cortar hoje 10% nas pensões da CGA é tão só um reflexo das milhares de decisões erradas que se tomaram no passado.
Não matem o mensageiro porque ele não tem culpa nenhuma. Percebam antes a mensagem que ele traz no bolso.

Tiago Mestre

Exortação apostólica - Visões de Mundo

..."Não estou comparando discursos, obras etc. Estou tratando de uma visão de mundo: a jesuítica, segundo a qual a pregação do Evangelho, em meio ao povo, é o “sal da terra”. Vieira e Bergoglio entendem que não há nada de errado com Deus ou com a doutrina. O problema está com os pregadores; o problema está com a Igreja. Cumpre notar, em todo caso, que, da segunda metade do século 17 a esta data, a Igreja não acabou, não é?
A Igreja, na sua doutrina essencial, e antimaterialista e, vá lá, anticapitalista, mas não, obviamente, socialista. Faço essa observação porque outra linha condutora da exortação de Francisco é, sim, a crítica ao capitalismo — especialmente nos parágrafos 55 a 60. Leiam este trecho:
“56. Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum. Instaura-se uma nova tirania invisível, às vezes virtual, que impõe, de forma unilateral e implacável, as suas leis e as suas regras. Além disso, a dívida e os respectivos juros afastam os países das possibilidades viáveis da sua economia, e os cidadãos do seu real poder de compra. A tudo isto vem juntar-se uma corrupção ramificada e uma evasão fiscal egoísta, que assumiram dimensões mundiais. A ambição do poder e do ter não conhece limites. Neste sistema que tende a fagocitar tudo para aumentar os benefícios, qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta.”
Mais uma vez, se quiserem, podemos voltar a Vieira e a alguns de seus escritos sobre a escravidão. Que tal isto?
“Os Israelitas atravessaram o mar Vermelho e passaram da África à Ásia, fugindo do cativeiro; estes atravessam o mar Oceano na sua maior largura, e passam da mesma África à América para viver e morrer cativos (…). Os outros nascem para viver, estes para servir. Nas outras terras, do que aram os homens, e do que fiam e tecem as mulheres, se fazem os comércios; naquela, o que geram os pais e o que criam a seus peitos as mães, é o que se vende e se compra. Oh trato desumano, em que a mercancia são homens! Oh mercancia diabólica, em que os interesses se tiram das almas alheias, e os riscos das próprias!
Já se, depois de chegados, olharmos para estes miseráveis e para os que se chamam seus senhores, o que se viu nos dois estados de Jó é o que aqui representa a fortuna, pondo juntas a felicidade e a miséria no mesmo teatro. Os senhores poucos, e os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferro; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé, apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos de extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à fé, que nos destes, porque ela só nos cativa o entendimento, para que, à vista destas desigualdades, reconheçamos, contudo, vossa justiça e providência! Estes homens não foram resgatados com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem como os nossos? Não respiram com o mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu? Não os aquenta o mesmo Sol? Que estrela é logo aquela que os domina, tão triste, tão inimiga, tão cruel?”.
É um trecho do Sermão Vigésimo Sétimo, de 1688, um daqueles que o padre dirigiu à Comunidade Nossa Senhora do Rosário, composta de negros.
Por quê?
Faço essas observações para destacar que a proximidade da Igreja com os pobres, com os desvalidos, não é uma “modernidade” surgida com a Teologia da Libertação. O que essa corrente fez, isto sim, foi emprestar à tradição humanista da Igreja o viés marxista, como se a luta de classes fosse o único caminho de combate à desigualdade. Evidencio que o compromisso da instituição — ou de fatias importantes dela — com o combate às injustiças é antigo. Na verdade, está na origem do cristianismo. Ainda hoje, apesar de tudo, a Igreja Católica coordena a maior rede de assistência social do mundo.
Francisco não é, como, às vezes, se tenta vender aqui e ali, um papa contra a Igreja. Parece é que o jesuíta pretende uma Igreja menos apegada ao “paço” e mais apegada “ao passo”; uma Igreja que busque menos as culpas dos fiéis relapsos do que dos pregadores relapsos. Outras manifestações suas me desagradaram um tantinho. Esta não. Até porque valores que me parecem essenciais estão devida e inequivocamente explicitados"...

Reinaldo Azevedo, aqui

Sistemas Capitalistas no Mundo - Colômbia

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Morto pelo estado


Deixa-me rir


"... revisão do seu modelo de imparidade de crédito."
Humm, que terminologia tão polida, tão engomada, que é como quem diz, trouxe à superfície a merda que andou a esconder estes anos.

Tiago Mestre

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Jim Rogers


Tiago Mestre

Obama e a infimidade da economia Keynesiana



Bundesbank e a supremacia da economia austriáca

O excedente comercial alemão, sobre o qual Bruxelas iniciou uma investigação em meados de Novembro, ajuda a Alemanha a enfrentar os desafios colocados ao país pelo envelhecimento da população, defendeu esta sexta-feira um membro do banco central alemão.
"O actual excedente da balança comercial alemã não é o resultado de uma política distinta ou de um plano económico. É pelo contrário e sobretudo o resultado de um procedimento de mercado que reflecte os investimentos e as decisões de poupança de milhões de agentes económicos”, afirmou Andreas Dombret, membro da direcção do Bundesbank, durante um congresso de banca em Frankfurt.

"Para os países como a Alemanha, um excedente comercial ajuda a absorver as cargas futuras que decorrem da evolução da demografia do país", adiantou.

Uma década de um número fraco de nascimentos na Alemanha e uma taxa de fecundidade, que se estabilizou em cerca de 1,4 filhos por mulher, muito longe do limite necessário para estabilizar a população (2,1 filhos por mulher), mantêm o país no caminho do declínio demográfico, com o envelhecimento dos seus cidadãos.

"Neste sentido, o excedente comercial não prejudica a economia, mas é um trunfo económico", considerou o membro do Bundesbank.  

Dombret adiantou que "nem os países da União monetária europeia nem a União monetária em conjunto melhorariam se a Alemanha fosse enfraquecida artificialmente".

Estas declarações surgem depois da Comissão Europeia (CE) ter anunciado em meados de Novembro a abertura de um inquérito aprofundado sobre os excedentes das contas correntes alemãs, que ultrapassaram sistematicamente nos últimos anos o limite fixado por Bruxelas, de 6% do produto interno bruto (PIB), em média em três anos.

A decisão de Bruxelas surgiu duas semanas depois de uma forte critica dirigida ao modelo alemão pelo Tesouro norte-americano, que considerou a procura "anémica" e excedentes alemães nefastos para a Europa e para a economia mundial.

A Alemanha, campeã das exportações, regista excedentes da balança comercial e também excedentes das outras trocas com o estrangeiro, enquanto os parceiros europeus enfrentam enormes défices. 


domingo, 24 de novembro de 2013

Um modelo de sucesso governativo


Couto Misto 

Couto Misto (em galego: Couto Mixto, em espanhol: Coto Mixto) é uma zona localizada a norte da serra do Larouco, na bacia intermédia do rio Salas, na Galiza (Espanha), na atual província de Ourense, na fronteira norte do atual Concelho de Montalegre, em Portugal.

Muito do que se conhece sobre este território raiano, suas normas, usos e costumes, provém dos relatórios diplomáticos produzidos à época das negociações do Tratado de Lisboa (1864).


O Couto Misto foi um microestado independente de facto encravado entre Espanha e Portugal, com existência entre o século X e 1868.


Definição e história


Meaus era um dos três lugares que formavam o Couto Misto.
Embora se desconheça a origem de sua instituição, ligada desde a Baixa Idade Média ao Castelo da Piconha, posteriormente vinculado à poderosa Casa de Bragança, constituía-se numa pequena área fronteiriça de cerca de 27 km² com organização própria, que não estava ligada nem à Coroa de Portugal e nem à da Espanha. Entre os direitos e privilégios deste pequeno território encontravam-se o de asilo para os foragidos da justiça portuguesa ou espanhola, o de não dar soldados nem para um reino nem para o outro, o de isenção de impostos, o de liberdade de comércio (como o sal, objeto de estanco até 1868), a liberdade de cultivos como o do tabaco, e outros.
Até à assinatura e entrada em vigor do Tratado de Lisboa (1864), em 1868, cada habitante do Couto elegia livremente a nacionalidade espanhola ou portuguesa. A partir do Tratado, os seus domínios passaram para a soberania da Espanha, integrados nos Concelhos de Calvos de Randín (aldeias de Santiago e Rubiás ou Ruivães) e Baltar (aldeia de Meaus ou Meãos). Em contrapartida, passavam para a soberania de Portugal os chamados "povos promíscuos", até então divididos pela linha da raia, atuais Soutelinho da Raia, Cambedo e Lama de Arcos (Chaves). O território do Couto Misto ainda incluía uma pequena faixa desabitada que hoje integra o município português de Montalegre.


Os privilégios do Couto Misto

Nacionalidade

Os habitantes do Couto Misto não se encontravam obrigados a uma ou outra nacionalidade, podendo inclinar-se, dependendo de razões geográficas, familiares ou tradicionais, por uma, por outra, ou por nenhuma.
O momento em que tradicionalmente se exercia essa opção era no dia das bodas: os que optavam por Portugal bebiam um cálice de vinho pela honra e à saúde do rei português, inscrevendo a letra "P", de Portugal, à porta do domicílio conjugal; aqueles que optavam pela Espanha, brindavam à honra e saúde do rei espanhol, inscrevendo a letra "G", de Galiza, em seu domicílio. A prática foi substituída pela inscrição de outras simbologias, a partir de meados do século XIX, quando as autoridades de ambos os países começaram a questionar os privilégios do Couto.
Concretamente, os seus habitantes não estavam obrigados a utilizar documentos de identidade pessoais, não estando sujeitos aos efeitos jurídicos de uma nacionalidade: eram considerados como "mistos". Como território independente de facto, os habitantes do Couto Misto detinham vários privilégios, como a isenção de serviço militar e de impostos, e podiam conceder asilo a estrangeiros ou opor-se ao acesso a forças militares estrangeiras.

Tributos

Os habitantes do Couto Misto não eram obrigados a pagar tributos a Portugal ou à Espanha, quer os devidos pela terra, pela prática de atividades comerciais ou industriais, por consumo, sucessão ou outros. Esse facto levou muitas pessoas a casar e a se estabelecerem no Couto, para evitar o pagamento de tributos, ao mesmo tempo em que estimulou uma dinâmica atividade comercial, classificada pelas autoridades de ambos os países como contrabando. Entretanto, os "mistos" não podiam ser detidos até uma légua dos limites do Couto e nem nos caminhos ou veredas privilegiadas, ou por atividades consideradas como ilícitas.

Serviço militar

Os habitantes do Couto não contribuíam nem para o Exército português nem para o Exército espanhol em tempo de guerra.

Porte de armas

Os habitantes do Couto não necessitavam de licença para o porte de armas de qualquer classe de (caça ou de defesa), quer dentro do Couto, quer no caminho privilegiado.

Impressos oficiais

Os habitantes do Couto não estavam obrigados ao uso de papel selado, podendo fazer uso de papel comum em todos os tipos de acordos e contratos. Do mesmo modo estavam desobrigados de pagar direitos pelo registro de propriedade, como no caso de hipotecas.

Autogoverno

Os habitantes do Couto tinham o privilégio do auto-governo, mediante a eleição de um Juiz ou Alcaide que exercia as funções governativas, administrativas e judiciais, auxiliado pelos homens-bons, também eleitos em cada um dos três povoados (Santiago, Rubiás e Meaus). Além disso, havia a possibilidade de firmar acordos em conselho aberto (assembleia).

Direito de asillo

Nem as autoridades portuguesas e nem as espanholas podiam ingressar no Couto em perseguição de um indivíduo, exceto no caso de determinados delitos, como o homicídio, por exemplo. Este direito, reminiscência dos primitivos coutos de homiziados, incomodava bastante as autoridades de ambos os países, o que, historicamente, se traduziu pela ação esporádica, quer da justiça portuguesa, quer da espanhola, no território do Couto.
Do mesmo modo, o Couto podiam negar alojamento às forças militares de ambos os países, prática que em diversas ocasiões não foi respeitada diante da superioridade numérica das tropas visitantes, especialmente no século XIX.

Feiras e mercados

Os habitantes do Couto Misto podiam frequentar as feiras das comarcas limítrofes, comprando e vendendo todos os tipos de gado e mercadorias sem a obrigação de pagar direitos e de apresentar guias, documentos aduaneiros ou de qualquer tipo.

Caminho privilegiado

Os habitantes do Couto dispunham de um caminho neutro, de cerca de 6 km de extensão, que, partindo do Couto, atravessava as terras de Calvos de Randín, na Galiza, e de Tourém, em Portugal, seu destino. Era delimitado por mourões ou marcos de pedra, marcados com diversos sinais, como cruzes.
Utilizado para o trânsito de pessoas e de mercadorias, as autoridades de ambos os países não podiam realizar nenhuma apreensão dentro de seus limites (nem de contrabando), nem de molestar quem o utilizava.

Cultivos

Os habitantes do Couto podiam cultivar todos os géneros, inclusive aqueles objecto de estanco, como o tabaco, controlado com rigor por ambos os países, por receio do prejuízo que poderiam causar às suas Fazendas. Assim, por iniciativa de ambos, este privilégio foi perdido desde 1850.

Outros privilégios

Os habitantes do Couto não eram obrigados a participar dos processos eleitorais e nem dos assuntos políticos quer de Portugal quer da Espanha, privilégio que tinha reciprocidade no respeito que as autoridades de ambos os países sempre tiveram pelos privilégios do Couto Misto.


Fim do Couto Misto

Em 1864, o Tratado de Lisboa, celebrado entre Portugal e Espanha, dita o fim do Couto Misto. Com o Tratado de Lisboa, Portugal e Espanha acordaram no destino a dar às aldeias raianas. As três principais aldeias do Couto Misto, Rubiás dos Mistos, Meaus e Santiago, pertencerão à Galiza (província de Ourense). Outras aldeias, mais pequenas, são objeto de negociação, mais propriamente aldeias situadas na fronteira, sendo que muitas delas são atravessadas pela linha limítrofe.

Estatuto atual


Placa comemorativa na igreja de Santiago de Rubiás.
O interesse pelo Couto Misto ressurgiu em meados da década de 1990, tendo levado ao incremento da investigação histórica e a várias publicações sobre o território. Um programa conjunto de verão foi organizado pela Universidade de Vigo e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em 1999 visando a história do Couto Misto. Em 1998 a Associação de Amigos do Couto Misto (Asociación de Amigos do Couto Mixto) foi fundada, seguindo-se em 2003 pela Associação Comunitária do Couto Misto (Asociación de Veciños do Couto Mixto).3 Ambas as entidades restabeleceram a figura dos Homens de Acordo, com uma pessoa a representar cada uma das aldeias, e a do Juiz Honorário que era nomeado anualmente numa cerimónia na igreja de Santiago. A Arca das Três Chaves também foi reavivada com cada uma das três chaves a ficar sob custódia dos vários Homens de Acordo.
Movimentações políticas relativas ao Couto Misto levaram a debates e resoluções dos parlamentos galego, espanhol e europeu: em maio de 2007 uma moção (Proposición no de ley) foi discutida e aprovada (com 303 votos a favor) pelo Parlamento Espanhol reconhecendo a singularidade do Couto Misto como enclave histórico e cultural, apelando a medidas que permitam o desenvolvimento social e económico do território. Ao mesmo tempo, uma moção semelhante foi aprovada pelo Parlamento da Galiza. Em 2008 uma questão foi colocada por escrito ao Parlamento Europeu em relação à contribuição da União Europeia para reavivar o Couto Misto, definido como "instituição que era politicamente e administrativamente independente das coroas espanhola e portuguesa."

Fonte: wikipedia


Só os governos aldrabões e corruptos não se dão bem com o €


E o prof. Cosme demonstra muito bem o motivo.


Os esquerdóides adoram ver multidões na rua

Mas a realidade é sempre cruel...




MILHÕES VÃO ÀS RUAS CONTRA DITADOR COMUNISTA NA VENEZUELA!!


Os protestos de hoje acontecem a duas semanas de eleições municipais consideradas cruciais, e em meio a uma inflação de 54% ao ano, à escassez pontual de alguns artigos, e à tensão no mercado paralelo do dólar, onde a moeda é negociada a um preço oito vezes mais alto do que no mercado oficial.



FONTES:

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/11/venezuelanos-protestam-nas-ruas-contra-governo-de-maduro.html

http://noticiasvenezuela.info/2013/11/maduro-no-seas-cobarde-ven-por-mi-echale-bolas-reto-capriles/

http://www.reuters.com/article/2013/11/23/us-venezuela-opposition-idUSBRE9AM08S20131123

http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=512730

http://br.noticias.yahoo.com/milhares-protestam-venezuela-maduro-202800456.html

http://www.boston.com/news/world/latin-america/2013/11/23/venezuelan-opposition-turns-out-against-maduro/3qeQ2L9pSXJNqV7HgJodUM/video.html

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/venezuelanos-vao-as-ruas-contra-governo-e-crise-economica_200352/


sábado, 23 de novembro de 2013

Nem o partido NAZI se lembrou de tal coisa



Em Portugal todos os partidos da democracia abrilista são SOCIALISTAS. Uma democracia socialista é um verdadeiro descalabro para os portugueses... O auto-extermínio e a emigração são os únicos resultados visíveis de tanto progresso socialista.

Vai haver austeridade em loures????????

Numa conferência de imprensa onde fez um balanço do primeiro mês à frente do município de Loures, Bernardino Soares queixou-se de que o novo executivo está a ser “diariamente surpreendido com dívidas que transitaram do mandato anterior (PS).
“Encontrámos um elevadíssimo nível de compromissos assumidos e não pagos de mais de duas dezenas de milhões de euros, a que se vão acrescentando a um ritmo quase diário, despesas assumidas mas que não cumpriram os procedimentos legais de aprovação no município”, afirmou aos jornalistas Bernardino Soares. O autarca comunista referiu, segundo a agência Lusa, que existem em tribunal muitos processos judiciais contra a Câmara de Loures pelo não pagamento de dívidas de obras realizadas pelo município. “É hoje uma incógnita qual será o montante em que a câmara pode ser condenada nos numerosos processos judiciais em que é demandada”, apontou.
“Estamos a arrumar a casa. Vai ser demorado e difícil, mas é este o caminho que pode devolver a autarquia aos munícipes voltando a desempenhar em pleno as suas atribuições”, afirmou.

A esquerda portuguesa deve sofrer de um estado patológico mental muito grave. Só pode!

Kennedy, o falso mito

Já não consigo engolir tanta bajulice ao ex-presidente John F. Kennedy.

O homem foi submetido à doutrina do pai, irlandês de origem, de que na vida, ou morres ou matas. Não há lugar para segundos, custe o que custar, apele-se a quem for preciso. É preciso é ganhar.

Com tanta competição, ganhou dois filhos assassinados, e um outro filho que morreu mais novo, nunca chegando a ser figura pública.

De Kennedy, não me posso esquecer da vida amorosa paralela que sempre levou, deixando a Jaqueline com um par de cornos bem maior do que as cabras que lá tenho na minha quinta.
Desse deboche ressalta o lance com a Marylin Monroe, tendo chegado ao ponto de esta lhe ter cantado os parabéns nos meios de comunicação nacionais com tanta lascívia que a Jaqueline deve ter corado de vergonha.
Esta deve ter vivido numa prisão, refugiando-se nos filhos, na arte, na estética, nos casacos, nas luvas por ter vergonha de ter mãos grandes, tudo para suportar a ausência perversa do marido. Não admira que pouco tempo depois do assassinato do marido já ela estava noutra, lá para os lados da Grécia.

Homens destes não interessam ao planeta Terra. São como os eucaliptos: morre tudo o que está à sua volta.
Cambada de protestantes ordinários.

Tiago Mestre

A Verdade da Queda de Muamar Kadafi


O caminho do futuro: Cidades Modelos


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Eles assinaram-no, mas, e coragem para isto?



É que não são só oito mil milhões de corte no défice. É MUITO MAIS, porque a economia iria ressentir-se fortemente desta decisão, exigindo ainda mais cortes. Talvez o dobro: uns 15 mil milhões que ainda falta cortar.
Já se cortaram 10 mil milhões desde que a troika chegou, somando aos 15 mil milhões que ainda falta perfaz 25 mil milhões de cortes que o Estado tem que executar, resultante dos exageros que se criaram durante décadas.

Tiago Mestre

Os reis são outros




..."Dizer que o Alexander de Almeida tem o direito de gastar como bem queira seu próprio dinheiro, desde que ganho honestamente, é dizer o óbvio. Dizer que ele poderia doar diretamente seu dinheiro aos pobres já é acreditar que uma economia inteira possa funcionar apenas com caridade direta. E não pode. Há seis bilhões de miseráveis no mundo. A Igreja Católica é a maior instituição caritativa do planeta, precisamente porque tem patrimônio e não o doa indiscriminadamente. Se o vendesse e o distribuísse equitativamente aos seis bilhões de miseráveis, cada um deles receberia uma única quantia em dinheiro e adeus caridade. Só posso ser caridoso se tenho algo mais do que você. Se, numa sociedade complexa, eu dispuser de tudo o que tenho, tornar-me-ei tão pobre quanto você e, consequentemente, seremos dois pobres e não apenas um. No entanto, se fizer meu dinheiro render, posso ajuda-lo financeiramente ou arrumar-lhe trabalho. Economia não é jogo de soma zero.

Dizer ainda que ele deveria gastar de outra maneira seu dinheiro (e que seus gostos e predileções são fúteis) é fazer juízo de valor indevido e, no limite, irrelevante. A cada cabeça sua sentença e, considerando que nem todos são exatamente o Francisco de Assis, que o nosso herói dê satisfações de seus afetos na hora devida. Camelos talvez entrem onde ricos não entram, mas certamente muitos pobres também não passam de sepulcros caiados. A mim não importam Ferraris, roupas de grife, champanhes e casas noturnas. A mim importam outras coisas. Mas eu não seria capaz de dizer a ele que deveria gastar seu dinheiro comprando, por exemplo, mais livros. Convenhamos: ele é muito mais inofensivo tomando champanhe do que seria se lesse Karl Marx. Quisera eu que Lênin tivesse se enfiado mais tempo nas tavernas, ou que Pol Pot preferisse ser rei de camarote a carniceiro do Camboja, ou mesmo que Lula se contentasse com as cachaças e não inventasse de ser presidente de qualquer coisa. Muita gente agradeceria.

Alexander de Almeida, ainda que não saiba (e ainda que não queira), é um benfeitor. Ele tem uma empresa e emprega diretamente dezenas de funcionários. Eu não emprego nem a mim mesmo. Ele gasta numa única noite o que não gasto em um ano inteiro. Consequentemente, ele movimenta e ativa a economia numa única noite mais do que eu posso fazer durante um ano inteiro. Da Ferrari às oficinas especializadas para consertar a Ferrari, da fábrica de roupas à vendedora da loja que vende essas roupas, da produtora de champanhe à transportadora das garrafas de champanhe, das gorjetas generosas ao serviço de valet para estacionar seu carro – passando por dezenas de outros elos não mencionados –, o “rei do camarote” faz muito mais bem do que mal. Não importam suas intenções, a futilidade de sua vida, o jeito aparvalhado de confessar – e isso chega a ser comovente – que ele gasta tudo para ter a companhia de garotas. Importam os resultados economicamente concretos e aferíveis de um único passeio noturno. Os indignados indignem-se com o vereador em quem porventura tiverem votado: ele, sim, esbanja dinheiro que não é dele e não produz rigorosamente nada. Somos todos súbditos, de fato. Mas os reis são outros. "...


Alguém duvida?



Uma novela que se arrastará por uma década

Na imagem, a evolução do desemprego na Itália. Negócio pegando. Novamente: Não há um remédio mais efetivo para sanar qualquer tipo de crise do que as próprias ferramentas de controle do mercado: O desemprego alto, o excesso de oferta de trabalho, ausência de demanda por consumo, queda nos salários e, por consequência, após o fundo/limbo da crise, a retomada do crescimento. O grande problema é que ferramentas como os sindicatos e seus muitos acordos com o governo e leis de políticas sociais tornam um crise que não deveria durar muito em uma novela que se arrastará por uma década.

Enfim, novo topo histórico no desemprego Italiano. O bicho está pegando por lá, mas ainda é menos da metade do que está ocorrendo na Espanha! Na Espanha, estima-se que 24% da população jovem formada não terminará o seu ciclo de trabalho - até o término da sua vida útil - em seu país de origem. Quem ganha são os Australianos, Suecos, Noruegueses, Britânicos, Alemães, que conseguem aproveitar esse ciclo de crescimento - em sociedades naturalmente acostumadas a baixíssima taxa de natalidade, por consequência, jovens. É o mercado, mais uma vez, penalizando os Estados deficientes, ineficientes, corruptos, em prol daquele que podem oferecer ao povo produtivo mais oportunidades.

Durmam bem!

Ícaro Carvalho



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A reportagem que a Judite não fez...


Em Portugal os jornalistas tem medo de uma boa adrenalina...


Vá lá Judite, veste uma mini-saia e faz-te às curvas, leva contigo o livro do Cunhal e vai rasgando página por página em alta velocidade...

Liberta-te!


O maior gastador de sempre em toda a história mundial


a realidade que ninguém encarar...


É Mundial... e não há nada que possamos fazer !




Foi e continua a ser assim nos EUA e na Europa, e quando o milagre económico chegou à China, repetiu-se o mesmo:
Bancos com ativos de 1 bilião de dólares e capital próprio de 1 milhão de dólares.
Basta os ativos perderem 1% do seu valor e o banco fica na falência.

Tiago Mestre

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Socialistas, querem emigrar para a Venezuela?


Possuo uma posição um tanto quanto dura em relação aos Venezuelanos: De que, pela enésima vez, após vinte anos, quiseram manter um populista no poder. Mesmo sem frago e papel higiênico, insistiram em manter um Bolivariano no poder. Agora, com comércios fechados - a um passo dos carnês de alimentação Cubanos - ainda não foram as ruas em massa tirá-lo de lá. O que poderia dizer se não que eles merecem cada uma das mazelas colhidas? Eu acho ótimo o que está acontecendo na Venezuela porque mantém acesa a chama de que o socialismo é tão e somente isso: A perda do valor de cada indivíduo dentro de uma cadeia de riquezas em prol de um coletivismo inócuo e sem valor algum. Se alguns teóricos babacas levantam a ideia de que o Socialismo que falhou foi o passado, por erros passados, por situações passadas, temos a Venezuela como exemplo vivo, como avatar presente desse regime econômico de canalhas, mostrando que não importa o tempo, sempre resultado final será esse: Um desastre.

O pleito socialista é o grito dos incapazes, dos covardes, dos mentirosos, dos enganadores, dos patifes e demais facínoras, que encontram em sua inaptidão motivo para odiarem os produtores, os que trabalham, os que criam. Desassistem aquele que gera riqueza em prol do encostado, do oneroso, do pedinte por excelência. Do mendigo profissional. Pilham, desviam, assolam, violam os bolsos dos contribuintes colhendo dinheiro de uns para entregar promessas aos que não podem lhe ceder dinheiro.

E não pensem que o completo desmantelamento social é um privilégio do povo venezuelano. Todos, todos, absolutamente todos que permanecerem nesse país pelos próximos anos colherão o que estamos plantando nesses últimos. A minha maior satisfação será enxergar a todos esses esquerdistas espremidos contra a parede inflacionária em alimentos próximos aos 20% a.a com salários corrigidos abaixo do IPCA. O grande troco do mercado aos preguiçosos será um giro financeiro tão cruel e um poder de compra tão reduzido que até mesmo um celta 1.0 se tornará um sonho de consumo que para que tenha que ser realizado demandará um financiamento bancário em cem meses.

O maior trunfo daqueles que gritam que tudo deve ser livre é o completo sumiço de tudo que hoje ainda existe, apesar da carga tributária mais ostensiva da humanidade.

Boa sorte aos que ficam por aqui. A Venezuela está logo ali na esquina.



Ícaro de Carvalho

Da direção oposta


   Olavo de Carvalho
Se você quer conhecer a realidade do mundo, basta ouvir o discurso esquerdista da mídia e do show business e invertê-lo. Há meio século Hollywood e todos os gênios iluminados da esquerda advertem contra o perigo de um golpe direitista que transformaria os EUA numa ditadura reacionária. A ditadura, finalmente, veio, mas da direção oposta. É sempre assim.