quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Não querem saber do mundo real para nada

Estas greves mostram que os comunas não querem saber do mundo real para nada. Preferem o irracionalismo típico nutrido pelo discurso populista dos seus demagogos. Isso faz parte da estratégia comunista.

Quem ao analisar estes os protestos, greves ou qualquer acção comunista concentrar a sua atenção nas reivindicações, mais saúde, educação, salário, etc… para discutir a sua justiça ou viabilidade, não tem ideia de como funciona o movimento comunista. O conteúdo nominal das reivindicações não tem a menor importância, se não fosse aquele seria outro. Se não houvesse nenhuma inventar-se-ia alguma. Se a empresa está falida e acumula dívidas astronómicas, isso nada conta.

Mas quem quer que ultrapassando esses obstáculos, pretenda encontrar um objectivo determinado e único que explique o conjunto, engana-se ainda mais redondamente. 

Se os protestos têm um objectivo político determinado, este só é definido na mente dos seus estrategas maiores em termos muitos gerais e vagos. Os slogans não têm a menor importância, muito menos possuem qualquer dose de realismo, pois podem mudar consoante o processo em constante transformação que o movimento acelera quando entender. 

A militância comunista não actua como opção consciente da realidade existente. A propaganda não transmite sequer ideias alternativas concretas, limitando a repetir, de maneira rasa, reivindicações doutrinárias. 

Nenhum banho de realidade servirá de alguma coisa como se tem visto.
E quem pensa que estas greves têm elevados fins, também se engana. 

Os comunas clamam contra a falta de direitos das classes trabalhadoras enquanto promovem greves voltadas directamente contra os direitos da população. 

Eis um exemplo da duplicidade revolucionária que opera sempre com dois propósitos simultâneos e antagónicos, um declarado e temporário, o outro tácito e constante. 
O primeiro pretende a interferência directa na “solução” de uma situação. O segundo é a desorganização sistemática da sociedade e o aumento do poder do movimento revolucionário.


Floriano Mongo

1 comentário:

Eduardo Freitas disse...

Para certo tipo de gente, o mundo real é uma abstracção sendo que a única coisa que importa é a percepção que dele se faça. Essa a razão da importância primordial que dão à estatização da escola (directa ou indirecta).

Pelo que há que concluir que o problema está infelizmente longe de estar circunscrito aos comunistas e respectivos compagnons de route.