segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O submisso da União Soviética

"As notícias sobre Álvaro Cunhal, no seu centenário, acentuam o seu lado criativo, antifascista e até a vida privada. Todavia, ignoram que um aspecto marcante da vida política de Cunhal foi a sua submissão à União Soviética, que ele chegou a considerar, num discurso, "o Sol da Terra". 

A ocultação desta estratégia política corre a par com a santificação da pessoa e o "culto da personalidade" num processo que o PCP apoia e pratica, porque lhe interessa, precisamente para que ele seja admirado por algumas razões consensuais e emocionais, enquanto se ocultam as suas facetas que seriam ainda hoje factor de divisão e limitariam a atracção e simpatia por Cunhal.

Não ficarei admirado se, dentro em pouco, aparecerem T-shirts com um Cunhal estilizado, qual Che Guevara nacional."

Eduardo Cintra Torres


3 comentários:

Anónimo disse...

"Quando as instituições de uma nação funcionam em conjunto, incluída a Justiça, para reprimir ao ''inimigo interno'', ou seja, a oposição política, ele é o terrorismo de Estado. Normalmente são as ditaduras que o praticam, mas existem estados considerados como democráticos que podem ser piores, como é o caso do colombiano. Também existe o terrorismo ''oficial'' quando um estado se crê com o direito de assassinar inocentes em outras nações, seja em operações chamadas de ''seletivas'', seja por meio de invasões denominadas ''humanitárias''. Estados Unidos, Israel, França e Grã-Bretanha têm-nas feitoo muito regularmente. Em um caso e outro quase sempre se faz pouco do pretexto de salvar e impor a democracia. Certamente muitas ações realizadas e promovidas pela CIA estadunidense, o Mossad israelense e outros serviços de repressão estatais têm produzido mais mortes e terror entre a população civil inocente que muitas ditaduras e organizações denominadas terroristas."

Anónimo disse...

"OM: Como viu o caso "Snowden"? É possível medir, hoje, o nível de vigilância da CIA?

Hernando Calvo Ospina: Eu fico feliz que essas revelações tenham criado certa recusa pública, mas me surpreendi com a surpresa causada pela revelação. Isso não era um segredo, nem algo novo. Por exemplo, não faz muitos anos que Brasil e França foram espionados pelas agências de seguranças estadunidenses durante a negociação de um grande contrato comercial. Suas empresas procuraram saber os detalhes dos pré-acordos, mas também reconheceram que as francesas estavam distribuindo dinheiro por de baixo da mesa para que fossem selecionadas. Alguns anos atrás, a segurança francesa teve que reconhecer que o helicóptero do presidente Chirac tenha microfones, e que suas conversas eram escutadas em uma poderosa embaixada aliada.

No final dos anos setenta houve a denúncia de que os Estados Unidos tinham uma imensa rede de espionagem mundial, denominada Echelon, para interceptar e analisar as comunicações eletrônicas. De Echelon também participam a Grã Bretanha, Austrália, Canadá e Nova Zelândia, ainda que os Estados Unidos decidam o que compartilhar com seus sócios. É uma rede de espionagem bastante aperfeiçoada. Embora a União Europeia tenha investigado e protestado, nada mudou. Pelo contrário, as revelações de Snowden, que talvez tenham incomodado as nações aliadas de Washington, principalmente europeias, revelam que essa espionagem não teve limites. E que a espionagem econômica está entre o prioritário. Agora, essa mesma espionagem eletrônica não é tão efetiva na chamada "guerra ao terrorismo". A própria CIA teve que reconhecê-lo ante ao Senado faz poucas semanas."
por Hernando Calvo Ospina
entrevistado por Opera Mundi (2013) - esta e anterior citação.

Anónimo disse...

"A CIA e outras 15 agências de segurança norte-americanas não são apenas uma ameaça para a soberania de outras nações, mas um perigo para a paz mundial e para o futuro do planeta. E eles o são assim porque respondem aos interesses de uma regra proposta para pegar todos os recursos estratégicos do mundo. Eles fazem parte de um exército de conquista que chantageia, subjuga, mata e aterroriza.

As informações sobre a CIA estão aí, na internet, em livros, em muitos documentos preparados pelos seus próprios especialistas. Só procurar, investigar um pouco. Eles sentem com tanto poder que não se importa de mostrar muito do que eles têm feito.

Agora, o meu livro contém apenas uma gota de informação. Ainda assim, há base para iniciar o julgamento de todos os que eu menciono, começando com os presidentes dos Estados Unidos. Porque, como eu disse, a partir de Eisenhower, todos os presidentes do país têm sido verdadeiros criminosos e terroristas, com a particularidade de ir à missa antes de requisitar tropas matar pessoas inocentes e saques. Sob o pretexto de salvar a democracia, a sociedade ocidental e o cristianismo." (idem)