sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A CGA e o seu lindo modelo de financiamento

Gostei imenso da análise do José Gomes Ferreira ontem na SIC após a notícia do TC:

Em 2012 (acho eu), o Estado patrão contribuiu com 25% dos fundos necessários par a CGA.
Como ficam a faltar 75%, o Estado resolveu ir roubar aos impostos mais 25%, que é o mesmo que dizer, o país endividou-se para pagar pensões. Cobriu 50%, mas ainda ficam a faltar mais 50%.
Como desde há uns anos que já ninguém desconta para a CGA, do lado dos trabalhadores também não há entrada de dinheiro.
Ou seja, só 25% das despesas da CGA é que estão cabimentadas, o resto é dívida para cobrir.

Quem deixa que regimes públicos de aposentações resvalem desta maneira não merece final feliz. É uma verdadeira irresponsabilidade porque põe-nos a todos com o bolso de fora.
Quem beneficia da CGA também não tem culpa porque depositou confiança no sistema. A culpa moral, técnica e política é da classe política.
É de todos os milhares de políticos que se movem nos círculos de influência do poder e não se mexem porque o assunto cheira muito mal.

Com o chumbo do TC, este desequilíbrio perpetua-se.

Tiago Mestre

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