sábado, 21 de dezembro de 2013

Não queiram monumentos destes em Portugal

Enquanto em Portugal os merdia andam cheios de comunas crispados com o intuito de fomentar a desordem social, nos países que já sofreram na pele a experiência totalitária fazem-se monumentos em homenagem às vítimas deste sistema.

Monumento às vítimas do Comunismo " - República Checa 


             O objectivo deste memorial encontra-se expresso na sua respectiva inscrição: 


"Para os mais de cem milhões de vítimas do comunismo e para os que amam a liberdade." 

No dia 22 de Maio de 2002 era inaugurada esta polémica escultura de homenagem às vítimas do regime comunista que controlou o país entre 1948 e 1989.

O trabalho, da autoria do escultor Olbram Zoubek e dos arquitetos Jan Kerel e Zdenek Hoelzel, era inicialmente constituído por um grupo de sete estátuas - uma delas foi destruída por um ataque à bomba em 2003 - representando a degeneração que um regime daquele tipo provoca no ente humano.

O monumento, designado em checo de Pomník obětem komunismu, encontra-se disposto numa plataforma em escada, onde se pode ler uma placa explicativa: 205,486 prisões, 170,938 exilados, 4,500 mortos nas prisões, 327 abatidos enquanto tentavam fugir, 248 executados. 


Para além dos números, consta a frase: "Este memorial é dedicado a todas as vítimas: não apenas aos que foram emprisionados e perderam a vida, mas também aos que viram a sua existência arruinada pelo despotismo totalitarista". 

A inauguração foi marcada por alguma controvérsia. Alguns notaram a inexistência de figuras femininas entre as esculturas. E a Confederação dos Prisioneiros Políticos, que basicamente coordenou todo o processo, realçou a inexistência de apoios por parte do Governo Central: a disponibilização do local e a maioria dos fundos necessários provieram daquilo a que podemos chamar de Junta de Freguesia de Praga 1, na altura controlada pelo Partido Democrata Cívico, liderado então pelo atual Presidente, Vaclav Klaus, que contudo decidiu não estar presente na cerimônia de inauguração. O conjunto de estátuas de bronze representa de forma bastante gráfica a decomposição humana. Da primeira para a última o avanço da malevolência é notada pela queda de "bocados". 

A primeira figura, apesar da expressão de sofrimento facial e da postura corporal, mostra um corpo completo, enquanto a segunda mostra aparentemente a mesma pessoa, parcialmente amputada... e a degeneração prossegue, mal se reconhecendo a morfologia humana da última escultura. 

O monumento é interessante durante o dia, porque os pormenores podem ser observados nas melhores condições, mas é à noite, em virtude de um dramático sistema de iluminação, que o impacto é maior. Se a zona estiver coberta de neve, o efeito é ainda mais intenso.

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