sábado, 25 de janeiro de 2014

Praxe, uma tortura socialista?

Na minha experiência acadêmica universitária nas primeiras semanas de Universidade fui inevitavelmente confrontado com a praxe.

Recordo-me que fui abordado repentinamente e me perguntaram se eu era novo na universidade. 

Respondi que sim e logo de seguida o sujeito interrogador me ordenou que olhasse para o chão.  

Eu na mesma hora respondi que tinha um sentido muito grande de liberdade e que não fazia parte de mim me subjugar a tais ordens.

E ele me disse: "Então és anti-praxe".

E eu respondi: Eu não sou "anti-nada", já agora qual é o teu nome e me apresentei também. O moço sem perceber muito bem ainda a minha atitude lá se pôs ao fresco e nos primeiros tempos o pessoal me sondava para ver se eu alinhava na praxe. A minha posição manteve-se irredutível pois não compreendia a subjugação a ordens superiores sem qualquer engrandecimento espiritual. 

Apesar de todos estes pressupostos passei momentos da minha vida acadêmica a conversar com o Dux (coisa que muitos caloiros tinham receio em fazer), fiz muitas amizades dentro da tuna feminina na U (assistia aos ensaios e ia ver alguns espetáculos) e convivia em jantares e noitadas organizadas pela comissão de praxe da U. Mas nunca fui praxado nem senti vontade em praxar alguém.

E com o passar do tempo e de histórias sórdidas os portugueses estão agora finalmente a descobrir que as praxes se assemelham a um modelo de coletivização que não anda muito longe do nazismo, fascismo e do comunismo. Assim não admira que sejam os próprios socialistas os primeiros a se investirem de tiques proibicionistas na tentativa de reprimir tais excessos quando na verdade, cabe é a cada um de nós, indivíduos, conseguir manter o sentido e o discernimento de liberdade com o respeito ao próximo e à comunidade.

1 comentário:

David Seraos disse...

"as praxes se assemelham a um modelo de coletivização que não anda muito longe do nazismo, fascismo e do comunismo." A sério Vivendi?

Agora o que está a dar é bater na praxe, é fixe e tudo eheh.
Como tu disseste apesar de todos esses pressupostos passaste a vida academica normalmente, como quiseste.

A praxe é uma escolha, pode-se viver a vida academica normalmente. Querendo pertencer ou não querendo pertencer.