sábado, 13 de setembro de 2014

O Foralismo Contra o Estado Centralizador

Ao longo dos tempos o sistema liberal tem vindo a fazer tábua rasa das liberdades municipais. Os Foros durante séculos foram figuras muito importantes das nossas instituições, símbolos da liberdade e da verdadeira participação política dos indivíduos que, contrariamente ao que nos quer impor o demo-liberalismo, começa na família e continua nas câmaras municipais. 
O sistema instituído, de forma hipócrita, por um lado pede o voto ao indivíduo, por outro deixa-o sem qualquer possibilidade de decidir os problemas que o afectam directamente no seu município.
Os Foros eram exemplos de liberdade desde a época medieval, foram aplicados em toda a Península e não há razão lógica para a sua radical eliminação pelo liberalismo, com a aplicação do chamado direito novo.
Tanto o “sociedalismo” orgânico de Vazquez de Mella como o seu conceito de Tradição têm as suas raízes na ideia de que a sociedade se fundamenta na natureza do homem. Segundo Aristóteles, o homem é um “animal social” e isto foi ignorado tanto pelo racionalismo liberal, como pelo socialismo estatista.
Estas instituições naturais e fácticas exigem unidade e direcção que devem ser asseguradas pelo Estado. “Todas as instituições legítimas têm a sua origem numa necessidade da natureza humana e o Estado tem a faculdade de conhecer a pessoa colectiva, mas não tem o direito de criá-la, segundo a teoria de que só o Estado existe por direito próprio e as outras instituições aparecem por sua concepção e tolerância.”
O tradicionalismo com o seu “sociedalismo” (corporativismo orgânico), propõe a reconstituição orgânica da sociedade, sendo os Municípios fundamentais, mas enquanto estes forem tão centralistas como o Estado centralizador liberal, tudo será inútil.


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