sexta-feira, 15 de maio de 2015

O voto

"Esta democracia é uma sociedade de proprietários que apenas visa defendê-los dos que nada têm".
Leon Tolstoi


A democracia isola e descaracteriza o indivíduo, dá ao Estado poderes para além daqueles que lhe estão destinados, mas naquilo em que o Estado devia ser rei, a democracia priva-o de força, de energia e inclusivamente da existência.
O voto só pode ter a sua eficácia se for praticado num grupo humano comunitário onde todos se conhecem e que não pode ser senão limitado.
O voto isolado, o voto solto, o voto universal inorgânico é contrário à natureza do homem pensante, pois deixa a sorte dos resultados à mercê da casualidade. O voto corporativo, por grémios, por profissões, por classes e por organismos, cada qual com o seu ser, os seus interesses, as suas aspirações, é um voto lógico porque para além de natural, resulta da natureza da sociedade que é um conjunto de grupos sociais com causas e efeitos próprios.
É exactamente por respeito às verdadeiras e reais liberdades e ao povo que não podemos aceitar qualquer forma de liberalismo e o tipo de democracia que nos foi impingida pela Revolução Francesa.

Guilherme Koehler

1 comentário:

Euro2cent disse...

É extraordinário como estas linhas de pensamento foram abafados pelo incessante propaganda da santinha liberdade, valor máximo pelo qual qualquer meteco deve estar disposto a verter o sangue até à última gota, porque ... enfim ... porque sim.

("E temos os filmes para mostrar que é assim mesmo. Se não bastar, mandamos os canhões.")