sexta-feira, 31 de julho de 2015

Direitos ou Deveres


«… Não é a Igreja que tem de se reformar se quer viver; é a sociedade… que morre de um mal a que os sábios chamam luta de classes e a que os teólogos chamam inveja: “propter invidiam diaboli…” Os primeiros séculos do Cristianismo foram piedosos, mas tiveram a enfermidade da heresia. A Idade Média foi valente e teve a da ambição. A Idade Moderna foi egoísta, e adoeceu de inveja. A nossa sociedade é filha da má mãe: a Revolução Francesa que pretendeu ensinar ao Mundo os direitos do homem e não se lembrou de antes lhe ensinar os seus deveres…»

Hugo Wast

Publicado por Guilherme Koehler 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Austeridade à moda Socialista

Alguns dados para colocar em perspectiva o desastre da economia brasileira, especialmente agora com um dólar rondando o número 4:
PIB 2014 (dólar médio a 2,35): US$ 2.345 bi
PIB 2015 (queda real de 2% e dólar médio a 3,00): US$ 1.803 bi
Ao fim deste ano, teremos empobrecido 23%. Se o dólar médio rondar 3,50, a queda será de mais de 34%. Entendam o tamanho dessa cifra. A economia brasileira terá reduzido 1/3 do tamanho de 2014. 1/3!
Já não somos a 6ª economia do planeta. Aliás, com esses dados, não estaremos nem mais entre os 10 primeiros.
Nem vamos falar de PIB/capita, porque aí é pra deprimir o vivente.

FU

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Simbologia... Qual delas o Obama apoia?


As focas amestradas

O discurso de Obama no Quénia, sobre os "direitos de homossexuais nesse país" seria chamado puro "colonialismo cultural", se feito por alguém de Direita. Um ingerência na organização social do país. Assim, os media liberais sociais de esquerda, na Europa e nos EUA, aplaudem como focas amestradas.

CS


terça-feira, 21 de julho de 2015

Esta gente é louca!

Vendemos a TAP por dez milhões, os Correios, os Aeroportos, a Electricidade mas comprámos um Autódromo por 5 milhões. Esta gente é louca!

FM




Make me a German



quarta-feira, 15 de julho de 2015

«Exaltação da Filosofia Derrotada»



«Com o abandono do padrão-ouro perdeu-se aquela simplicidade que fazia do dinheiro um instrumento da justiça; com o abandono da correspondência entre a quantidade da moeda e a quantidade das mercadorias, perdeu-se o que fazia do dinheiro um instrumento da liberdade; com a paridade flexível, perde-se agora a projecção na economia da existência das pátrias.

Perde-se a projecção na economia da existência das pátrias, dizemos, e perde-se a imediata evidência que a economia dá a cada um da necessidade dessa existência. Trata-se de uma realidade essencial mas a que os teorizadores da ciência económica, estranhamente, nunca atenderam, antes vendo na existência de diferentes repúblicas um obstáculo ao perfeito funcionamento do sistema da economia. O próprio von Mises é um exemplo desta estranha atitude. Muitas vezes utiliza ele, para fazer valer os seus argumentos ou apenas os explicitar, a hipótese de uma república mundial que acompanha de declarações atribuindo à existência das nações, à divisão do mundo em diferentes entidades nacionais e ao nacionalismo, a causa dos clamorosos erros que denuncia na economia contemporânea, como seja o ódio - a expressão é dele - ao padrão-ouro. É possível explicar esta atitude do grande teorizador pelas perturbações da época em que viveu e o sujeitaram a muitas espécies de atribulações e sofrimentos não apenas vividos - o exílio e a pobreza, por exemplo - mas também intelectuais. Era em nome do nacionalismo alemão ou aurindo suas forças no nacionalismo russo, que via instaurar-se o intervencionismo socialista.

De certo modo, esta posição de von Mises corresponde à imagem também mundialista que Adam Smith formava do dinheiro e do comércio, ele que via a economia como um sistema que sucedera ao da agricultura. Diz, por exemplo, que o "ouro circula entre os países comerciantes como a moeda circula dentro de cada país: pode considerar-se a moeda da grande república mundial do comércio".

Tais posições têm, por sua vez, equivalência na banalizada convicção popular de que "o dinheiro não tem pátria".

Ora a verdade é que de nada, como do dinheiro, se pode com mais razões afirmar que tem pátria. Sem a variedade das moedas nacionais, não haveria troca e mercado do dinheiro, e desapareceria o último e mais resistente instrumento, que é o câmbio, para, abandonados os outros padrões, conhecer ou apreciar o poder aquisitivo da moeda e defender as populações das arbitrariedades, então definitivamente instaladas no intervencionismo, dos sucessivos e sempre ocasionais governantes» 

(Orlando Vitorino, «Exaltação da Filosofia Derrotada»).

Partilhado por Miguel Bruno Duarte

terça-feira, 14 de julho de 2015

«A Cidade Antiga»


«...os gregos não formavam ideia nítida sobre a liberdade; entre eles, os direitos individuais careceram sempre de garantias. Sabemos por Tucídides, a quem certamente não podemos acusar de demasiado amor pelo governo democrático, que no domínio da oligarquia o povo estava exposto a muitos vexames, condenações arbitrárias, execuções violentas. (...) Os gregos nunca souberam conciliar a igualdade civil com a desigualdade política. (...) Se além disso nos lembrarmos de que entre os gregos o Estado tinha poder absoluto, e que nem um só direito individual lhe podia resistir, compreenderemos então o enorme interesse que havia para cada homem, mesmo para o mais humilde, em possuir direitos políticos, isto é, em fazer parte do governo. Sendo tão omnipotente e soberano colectivo, o homem só podia ser alguma coisa quando membro dessa soberania. A sua segurança e a sua dignidade consistiam nisso. Queria possuir direitos políticos, não para ter verdadeira liberdade, mas, pelo menos, para possuir algo que pudessem ter em consideração.
(...) Quando através da série de revoluções os homens conseguiram a igualdade, já não existindo lugar para se combaterem por princípios e direitos, guerrearam-se por interesses. Este novo período da história das cidades seguiu de muito perto o estabelecimento da democracia; nas outras, apareceu só depois de muitas gerações terem podido calmamente governar. Mas todas as cidades, cedo ou tarde, caíam em tão lastimáveis lutas.
(...) A democracia não suprimiu a miséria; pelo contrário, tornou-a mais acentuada. A igualdade nos direitos políticos frisou mais flagrantemente ainda a desigualdade das condições.
(...) Nas épocas precedentes respeitara-se o direito de propriedade, porque este tinha por fundamento a crença religiosa. Como cada património estava ligado ao culto e se considerava inseparável dos deuses domésticos da família, ninguém pensara em ter o direito de despojar o homem do campo que lhe pertencia. Mas, na época a que as revoluções nos conduziram, estas velhas crenças estão abandonadas e a religião da propriedade de todo desaparecera. A riqueza já não é o terreno sagrado e inviolável. Já não aparece como dom dos deuses, mas fortuna do acaso. Sentem o desejo de apoderar-se das terras, tirando-as aos que as possuem, e esse desejo, parecendo antigamente grave impiedade, começa a manifestar-se como legítimo. Já não se vê o princípio superior que consagra o direito de propriedade; cada homem sente apenas a sua própria necessidade e por esta mede o seu direito.
Já dissemos como a cidade, principalmente entre os gregos, tinha poder sem limites, sendo-lhes a liberdade desconhecida, e como o direito individual nada era perante a vontade do Estado. Daqui resultava poder a maioria dos sufrágios decretar a confiscação dos bens dos ricos, e os gregos não viam nisso nem ilegalidade nem injustiça. Aquilo sobre que o Estado se tinha pronunciado era o direito. Esta ausência de liberdade individual foi a causa de desgraças e de desordens para a Grécia. Roma, que respeitava um pouco mais os direitos do homem, sofreu por conseguinte menos» 

(Fustel de Coulanges, «A Cidade Antiga»).

Partilhado por Miguel Bruno Duarte

sábado, 11 de julho de 2015

Bipolaridade ou Esquizofrenia


Quer frô?


A sensação democrática do Verão...