sábado, 8 de abril de 2017

Será que?

Já encontraram as armas de destruição em massa no Iraque?


Os mistérios de um ataque
Atacar inopinadamente um Estado soberano, para mais um Estado soberano que venceu militarmente uma guerra imposta pelo exterior, não só é um acto de agressão, como absolutamente contraditório com o discurso prevalecente de uma guerra planetária contra o terrorismo fundamentalista islâmico.
Espanta-me que os EUA tenham desencadeado um ataque sem exigir aturada investigação internacional ao suposto uso de gás sarin pelo governo sírio. Objectividade requer peritagem, pelo que o ataque desta madrugada é irracional, desmedido e certamente injusto. O governo sírio não usou armas proibidas pelas convenções internacionais. As armas estavam armazenadas em zonas controladas por grupos terroristas e, tudo o indica, foram atingidas acidentalmente após um ataque aéreo da aviação síria.
Há que respeitar a soberania dos Estados, pelo que cabe à diplomacia ajudar a resolver os conflitos e não agudizá-los. Neste particular, a comunidade internacional tudo deve fazer para que o povo sírio se pronuncie através de eleições sobre a liderança que quer para o seu país. Esta tem sido, desde 2011, a posição do governo sírio, como esta tem sido a posição do governo russo e era, até há pouco, parte do programa que levou Trump à Casa Branca.
Insólito é o ziguezaguear da Casa Branca; ou antes, a súbita mudança que sucede a semanas de golpe de Estado silencioso que destruiu a plataforma que levou Trump à presidência. Sem a agenda para a cooperação, inscrita no programa de Trump, todas as reformas internas estão ameaçadas, pois que articuladas e coerentes com a retoma da soberania política do Estado face a lóbis, pela retoma de uma política externa não interferida por paixões ideológicas e pela retoma da fronteira económica. Se Trump se envolver no Médio Oriente, acabou a esperada e necessária revolução nacional e democrática que encabeçava, e os EUA voltarão a viver ao azar dos caprichos dos grupos poderosos que têm manipulado e usado em interesse próprio a força americana para fins que são lesivos dos interesses do povo americano.

Miguel Castelo Branco


2 comentários:

Bilder disse...

check https://geopolitics.co/2017/04/06/trump-is-now-justifying-deep-states-plan-b-syria-partitioning/ Trump vai caindo(se é que não estava no bolso desde o início)no bolso dos globalistas(por via do Deep State e do Complexo Militar).E em termos de política interna(no que toca a reformas anunciadas como essenciais a nível de imigração/fronteiras)parece que está bloqueado pelo sistema judicial/mediático.Alguns cínicos dirão(e possivelmente com razão)que está a ceder na política externa(a favor dos globalistas)para conseguir mais força a nível interno,mas parece-me grave e de mau agoiro que assim seja.

Anónimo disse...

O comuna e islâmico Obama, através de George Soros e os globalistas criaram o ISIS e depois (para finalizar a ópera) foi ordenado a ele que bombardeasse o "Frankstein" criado. Mísseis americanos foram lançados contra terroristas e muitos atingiram populações civis inocentes, mas os "mainstream" não disseram nada acusando a Rússia. Agora Trump dá o devido recado ao tirano da Síria (lamentável as vítimas inocentes do ataque) e o mainstream exaspera.
É uma trágica ópera bufa que parece nunca acabar.

Eduardo