Grande parte da animosidade e desdém pela participação do elemento popular na vida política decorre do preconceito liberal e burguês. Na ordem Antiga, Tino de Rans seria alvazil do seu concelho, ocuparia um cargo municipal e seria mandatário eleito às cortes. Nas últimas cortes, realizadas em 1828, 3/4 dos representantes dos estados eram homens como Tino de Rans. É altura de voltar a pensar Portugal como comunidade e deixármo-nos de maquilhar a sociedade portuguesa à imagem dos meninos das ditas "famílias". Na ordem nacional, todos têm "família".
Miguel Castelo Branco
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