sábado, 31 de agosto de 2013

Syrian Army vs Syrian Rebels



A explicação do comunismo

"Comunismo é uma religião igualzinha às outras. Pra quem acredita, não precisa explicação. Pra quem não acredita, não adianta explicação."

Millôr Fernandes

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

São 13 mas votaram 7

Os outros 6 devem andar de férias pela Grécia... mas a situação em Portugal está ela também cada vez mais grega.

Carrega troika, carrega Merkel e espantem estes vermelhos para o diabo que os carregue antes que Portugal acabe em uma bancarrota constitucional (o verdadeiro projeto socialista acaba sempre em miséria).

O povo português já está nas últimas.


Basta ser liberal?

Uma reflexão muito bem construída para ler aqui...


Pornografia constitucional

E assim se fode um país inteiro, a bem da equidade, mas sem consequências maiores para estes fodilhões da nação como está previsto nos melhores exemplos das boas práticas socialistas.

Este texto teve de sair em tom pornográfico porque anda por aí quem queira proibir os piropos...




Constituição da República Portuguesa

Se até agora o debate político e respetiva "opinião pública" se reduziram à possível constitucionalidade/inconstitucionalidade de determinados artigos, acredito que num futuro próximo (dou prazo até 2020) o debate se centrará na própria revisão da constituição, já que se percebe que quem tem menos de 56 anos nunca teve uma palavra a dizer sobre ela. Infelizmente, não por vontade própria dos agente políticos mas pela pressão das condicionantes económicas externas.


Inflação



É interessante que a maioria dos que são contra a diminuição dos salários nominais, geralmente são favoráveis à saída de Portugal do Euro.

Como já foi aqui explicado, o que Estes querem é enganar as pessoas( dado maioria sofre da ilusão monetária), e transferir dos aforradores para os devedores parte da riqueza amealhada por estes.

Numa situação de inflação os devedores vêm a sua divida real diminuir, mas os aforradores vêm a sua riqueza real diminuir.

Mas é bom que a divida desça não é?

Sim é, mas quando esta é paga sem recursos artificiais.

Qual o mal, se os aforradores aforraram foi porque não necessitavam do dinheiro, dirão alguns,
se pouparam podem prescindir de algum e ajudar os que gastaram e agora estão em apuros.

Não me vou debruçar sobre a moralidade desta medida, vamos tentar perceber os impactos nocivos da inflação (impressão monetária).

Primeiro inflação não é subida dos preços, como geralmente se diz por aí, é sim aumento da massa monetária, que poderá ou não levar ao aumento dos preços.

Como tudo na vida, a moeda também se rege pela Lei da Oferta e da Procura, esta diz que quando existe mais quantidade de um bem o seu valor diminui (é consensual se tenho mais maças e a quantidade procurada é a mesma, o preço de cada maça irá baixar).

Mas este aumento da massa monetária não leva obrigatoriamente(pelo menos no curto prazo) a um aumento dos preços dos bens finais.
Os preços dos bens finais são influenciados por diversos factores, como a tecnologia, inovação, pressão salarial etc...

Mas porque é que este aumento da massa monetária é negativo?

Bem vejamos o que ocorreu com a injecção em 2008 e sucessivas, a economia real em nada melhorou, o crescimento das principais economias continua a ser reduzido e estas não arrancam, mas os índices bolsistas bateram recordes, e estão hoje acima dos valores pré crise.
Os produtos petrolíferos e derivados encontram se a uns níveis, elevados para o consumo dos mesmos (o consumo está ao nível dos anos 2004/05 quando o preço do crude estava nos 40/50 dólares)
O preço dos bens alimentares está mais elevado.
Verdade que assistimos em todo o mundo ocidental a uma baixa de salários, por exemplo nos USA os empregos criados são de valor baixo, a tempo parcial, etc...
O fenómeno atrás descrito contraria as forças de subida fazendo com que a "inflação" não seja tão elevada.

Mas no caso americano é interessante saber que o seu índice de preços(o que a FED utiliza), não inclui a energia nem alimentação.

Esta lenga lenga toda para dizer que ainda existe a possibilidade de assistirmos num futuro próximo a um aumento dos preços.

Mas vamos analisar as implicações deste fenómeno.

Como se processa este?

Bem o Banco central vai injectar dinheiro comprando obrigações ao Estado (monetização do deficit), este pega nos fundos e paga aos que estão mais próximos dele (funcionários públicos, pensionistas, fornecedores, grupos de pressão, etc...) estes ao receberem o dinheiro fresco, vão e gastam no (o dinheiro não chega a todos ao mesmo tempo) antes dos preços ajustarem as novas condições do mercado(subirem), logo saindo beneficiados face ao resto da sociedade.
Neste fenómeno os mais prejudicados são os últimos a receber o dinheiro, dado que quando chegam ao mercado os preços já ajustaram e estes tem um dinheiro com menos capacidade aquisitiva. A realidade é que se tem mais dinheiro no bolso mas este compra cada vez menos.

Em situações de inflação alta, as taxas de juro tendem a ser elevadas, as pessoas só iram poupar se for vantajoso, isto leva a uma diminuição do investimento (dado o seu custo ser elevado), levando a uma diminuição das fases de produção, levando os empresários a apostar em fases mais próximas ao consumo, levando a uma erosão do capital acumulado.

Num caso extremo assistimos ao desaparecimento da moeda, dado a confiança ficar desfeita (ver caso do Zimbabué).

O problema é que a inflação tem efeitos devastadores sobre a economia no médio longo prazo(MLP).

Uma sociedade com elevada inflação no MLP vê a sua capacidade produtiva e a sua qualidade de vida diminuída. E sãos os que menos tem e os que vivem de poupanças os mais afectados

Existem na net, excelentes explicações com exemplo reais do que ocorre num cenário de hiperinflação.

Mas estamos longe desse cenário, Eu diria que sim mas e existe sempre um mas, ninguém sabe dizer quando passamos o ponto de não retorno, nem Eu( bem eu é que não tenho nem de perto nem de longe capacidade para tal) nem ninguém, relembro o caso de 2008, em que o Bernanke dizia estar tudo óptimo dias antes do estoiro.

Tempos interessantes que vivemos

Complicado quando a realidade é ignorada

Hoje fui jantar a casa dos pais da minha namorada, em conversa surgiu o tema da saúde e de que hoje a saúde esta muito cara, que o Estado cobra impostos, que a saúde não pode dar lucro, etc...
Eu comecei a explicar que a realidade não se altera porque Eu não gosto dela.

Ao explicar como se financia o Estado, o pai da minha namorada diz-me o seguinte,

"o que o Filipe diz está certo, mas é uma análise muito fria, não devia ser assim".

O que Eu disse foi que o Estado só se financia por meio de impostos (divida é impostos futuros, e não podemos inflacionar a economia).

Que se pode fazer quando o interlocutor do outro lado diz que tenho razão, que a realidade é aquela, mas está se nas tintas para isso?

Complicado.

A realidade como já por diversas vezes foi dito por inúmeras pessoas é que a despesa do Estado é insustentável e mais cedo ou mais tarde esta terá de descer.

Ou vai a bem ou vai a mal.


Eu prefiro sempre fazer as coisas a bem, e pensadas de forma a minimizar os danos, mas parece que será a mal, e figura se que será a muito mal.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Quando for grande

Quando for grande eu quero ser funcionário público e uma reforma aos 40...

O líder ocidental psicopata

Uma guerra só é legítima em caso de defesa.

O líder ocidental que acredita que a guerra invasiva é a única solução para assegurar a paz dentro de portas, deve fazer o mesmo que os grandes líderes do passado faziam, ir para a frente da guerra e liderar o combate, caso contrário, fica mais que explícito que as tropas não estão a combater em nome de um país mas em nome de um psicopata.

O mito Che Guevara


Discurso na ONU:
"Fuzilamos e continuaremos a fuzilar"


Cuba Card


médicos cubanos no Brasil


É a frescura


Olavo de Carvalho
há 2 horas perto de Richmond (Virgínia)
Barack Hussein Obama provou que um total desconhecido, com documentos falsos, pode chegar à presidência dos EUA, destruir a economia do país, estimular o ódio racial, dar armas de presente aos piores inimigos da nação e por fim arrastá-la a uma III Guerra Mundial, enquanto todo mundo no Parlamento, na grande mídia e no sistema judiciário continua com medinho de ser chamado de racista se ousar levantar a questão da falsa identidade. Obama provou que o que move o mundo não é a cobiça, não é a ambição, não é o desejo de poder: é a frescura.


Em que consiste o capitalismo?

O imperialismo, como escreveu Lenine, é a fase superior do capitalismo

Mas em que consiste o capitalismo?

Antes de tudo, é necessário relembrar que o desenvolvimento cultural, económico, 
tecnológico que se origina com o capitalismo em nossa civilização não é pautada em uma ideologia específica, isto é, não existe um Manifesto capitalista que instala o capitalismo.


O capitalismo é, em si, a soma das atividades e desejos individuais e não um processo limitado a uma única psique humana.

Dito isso, lembre-se, a base do Capitalismo é o respeito à propriedade privada. 


Um ato capitalista não pode nunca ser um ato imperialista, pois o imperialista, é exatamente o contrário, é desrespeito, é a intervenção na propriedade que antes pertenceu a alguém.

Marx da Depressão


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O modelo económico Keynesiano resumido a um parágrafo

Esta fuga de activos da Índia, e de outros mercados emergentes, ganhou força com as expectativas de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) poderá reduzir os estímulos monetários já no próximo mês, o que levou muitos investidores a realocar capitais à sua origem. A crise na Síria e a subida dos preços de petróleo são ‘apenas' duas novas fontes de pressão.

Como se parece um rebelde?



(o gatinho chama-se "Al Qaeda")

Shame on you, Mr. Obama



Os EUA querem invadir a Síria (depois o Irão) a todo custo sobre o falso pretexto da implementação da democracia nos países árabes com os lindos resultados que se vai conhecendo nos países que já foram intervencionados ou apoiados pela agenda internacional.


Estamos assim perante um neo-fascismo corporativista (ainda de uma forma dissimulada para o grande público) que está ao serviço:

- complexo militar
- sistema financeiro
- elite ocidental


Já o Krugman está delirante e não vê a hora da economia americana subir umas décimas no pib à custa da guerra.

O Putin é que para já está a segurar esta loucura toda (acho que nunca foi convidado a uma reunião do bilderberg e está-se a cagar para a ONU*).

Ladies and gentlemen's, a strong applause to Mr. Obama, the Nobel Peace.


obama applause Feel like achieving something today? Create an anti bucket list.


* A mesma ONU que entalou Portugal na década de 60 nas províncias do ultramar sendo Portugal um membro efetivo da Nato. 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A estratégia marxista

Em 1913, Lenine escreveu este "Decálogo" que apresentava ações tácticas para a tomada do Poder. 

1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual; 
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa; 
3. Divida a população em grupos antagónicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais; 
4. Destrua a confiança do povo nos seus líderes; 
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo; 
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação; 
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País; 
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam; 
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Os nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista; 
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.


A democracia de falsete

Em democracia, se a maioria quer, a maioria tem.

Não me pronunciei antes acerca da lei de limitação de mandatos dos autarcas, mas à medida que ia pensando no assunto, sobretudo depois de haver autarcas a quererem contornar a lei, comecei a aperceber-me que esta limitação feria pressupostos básicos da democracia, mas enfim, como a lei tinha sido aprovada na Assembleia no tempo do Sócrates, e vigiada por tanta gente, nunca imaginei que uma opinião solitária e contrária se aproximasse da verdade.

Mas à medida que começam a aparecer cada vez mais indícios de que a lei em si pode ser inconstitucional, a verdade para mim emerge, porque o pensamento é simples:
Se as pessoas têm direito e até o dever de votar, então da mesma forma qualquer potencial eleito tem o direito a candidatar-se, como cidadão que se qualifica para essa candidatura.
E se a maioria quer escolher aquele candidato vezes sem conta, então forma-se naturalmente o tal dinossauro, que o espírito da lei tanto quer evitar.

Se me perguntarem se eu preferia que não houvesse dinossauros, claro que sim. Não me agrada nada ver gente cheia de tentáculos em cargos públicos, mas tal desejo meu colide com o direito da maioria se manifestar a favor desse candidato. Não tem pernas para andar.
Tentou-se dar força de lei na Assembleia a este desejo de alguns, mas já se percebeu que a força é fraca.

O que a lei acabou por fazer, eis o corolário das leis mal feitas, foi espantar os dinossauros bons (Rui Rio por exemplo) que agiu de acordo com o espírito dela, e manter os dinossauros maus ( Menezes ) que ao fazerem truques de jurisprudência acabam por refutar, e bem, a constitucionalidade desta lei.

A democracia é a força da maioria e não da minoria.
Querem lá o dinossauro? Então que fique lá até morrer.
O país fica pior? Paciência. Desenganem-se os que acreditam que a democracia são só vantagens e coisas boas.

Tiago Mestre

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Teste à paciência

Uma amiga minha demorou hoje cerca de 5 horas para ser atendida na segurança social.

Onde podemos encontrar um exemplo destes no sistema privado?

Mais estado é sempre pior estado.

Preserve a sua liberdade e não alimente estas burrocracias.


domingo, 25 de agosto de 2013

Promoção - Last minute II




Para os amigos porcos capitalistas e fassistas...

Um lugar onde ninguém é obrigado a comer de tabela,(nem os cubanos).

Promoção - Last minute



  Oportunidade única em promoção exclusiva para todos os socialistas portugueses...


Hasta la revolución.

"Conversas Vadias" com o Agostinho da Silva - Episódio X


Prof. Agostinho da Silva conversa com Herman José

Aprendi o que era o prazer de fumar há 15 anos. Desde aí que só fumo cigarrilhas, café-creme ou outra, de tempos a tempos, sempre à espera de redescobrir o prazer que tive da primeira vez.

Herman José fumou Agostinho da Silva naqueles tempos. Hoje é a nossa vez de fumá-lo, sempre como se fosse a primeira vez.

Tiago Mestre

sábado, 24 de agosto de 2013

"Meter o socialismo na gaveta"

Diz o meu vizinho que "o grande problema deste protetorado [Portugal]" é a falta de socialismo. Acrescenta ele que o que está mal é "esta miudagem que meteu o socialismo dentro da gaveta". 

É verdade, o que nós precisamos é mesmo de mais socialismo, até porque não chega ter o Estado a gastar metade do PIB. É preciso mais, 70%, 80% e porque não 90%...


E lá está o mestre a dizer uma verdade: "O socialismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. A sua virtude inerente é a igual partilha da miséria."

O que me custa a perceber é o facto de ele não ser nem funcionário público, nem reformado, nem desempregado. Mas vá-se lá entender as pessoas, de resto é um tipo porreiro. 

Mas vamos à questão: "o problema de Portugal é ter colocado o socialismo na gaveta". Esta expressão, "socialismo na gaveta" é utilizada muito frequentemente em relação ao 'bochechas' Soares na gestão da intervenção do FMI em 1983-1984. Também já a vi associada ao Guterres e ao Sócrates. O que eu nunca vi foi alguém dizer que se meteu o "Liberalismo na gaveta". E porquê? 

A inteligência nacional

A inteligência nacional convive mal com o conceito de país cuja principal vantagem competitiva são atributos 'dados por Deus': a terra, o mar, o clima e as gentes.




Devolver o que foi Roubado


Já estava para comentar o Outdoor do BE há algum tempo, depois de ler o do Tiago aqui vai o que me surgiu na mente quando o vi.

Eles tem escrito devolver o que foi roubado.

Mas o que é que foi roubado?

Pelo discurso oficial do partido, foram os Pensionistas, funcionários públicos, etc...

Mas como é que o Estado paga a estes agentes?

Via impostos e o que são impostos?

Bem o imposto é uma parcela do rendimento/património que o Estado cobra de forma coerciva.

 Qual a definição de roubo?

Bem roubo é quando a nossa propriedade privada é nos retirada contra a nossa vontade com o recurso à violência.

Então podemos afirmar que se Eu não quiser pagar determinado imposto, e o Estado através dos seus agentes retirar do meu património a quantia equivalente ao imposto que diz Eu ter de pagar, efectuou um roubo.

Logo o que o BE defende não é devolver o que foi roubado, (porque assim estaria a defender a não existência de impostos) mas aumentar o roubo aos que Eles acham que tem a mais para distribuir por quem Eles entenderem serem os correctos receptores do saque conseguido.

Neste outdoor conseguimos vislumbrar toda a ideologia do partido.

Estas pessoas que se dizem democratas (Eu não o sou) , se algum dia conquistarem o poder, iram fazer o que tiver ao seu alcance para instaurarem uma ditadura de cariz soviético, porque digo isto? Bem porque para esta gente, só eles é que são os iluminados e só eles sabem o que nós devemos fazer com o nosso património.



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Execução orçamental em Agosto

Nada de novo.
Até 31 de Julho, o prejuízo do Estado é de 5,4 mil milhões.

A mensagem que passa nas televisões é de que o valor é bastante elevado, e não fosse o aumento dos impostos, a situação seria pior. É VERDADE, mas se formos ver o que está orçamentado para 2013, o défice chegará aos 9,7 mil milhões lá para Dezembro, se tudo correr como o governo está a pensar.

Sendo este valor parecido com o do ano passado, apenas posso afirmar para aqueles que tanto se queixam da austeridade:

Não há austeridade neste ano.
Autárquicas? Talvez.

Muitos economistas pedem um OE2014 mais brando. E pergunto eu novamente:
Qual é o défice que querem então? 12 mil milhões? 15 mil milhões? ... 17 mil milhões?, como foi em 2009 e 2010?

Tiago Mestre

O € a funcionar...


Espanha regista número recorde de visitas de turistas em julho.



E em Portugal? É diferente?



Os maiores empregadores nacionais em 2013 e em 1974

(via porta da Loja)


O jornal Sol publica hoje um pequeno artigo sobre os maiores empregadores portugueses. Os dois maiores são a Jerónimo Martins e a Sonae-Modelo Continente. 


Em 1974, antes de 25 de Abril, o jornal Sempre Fixe publicou um quadro com as maiores empresas portuguesas, segundo o número de empregados. Na altura chamava-lhes "os grandes patrões"...

Palavras para quê?

A dívida está a aumentar?

O défice não está a diminuir.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Porto | Cidade-Estado


Comecei um novo projeto...


Porto | Cidade-Estado

Quem tiver interesse em participar é só comunicar...

Será um projeto contra o centralismo (que já não tem ponta por onde lhe se pegue) e todo o sistema vigente mas a favor da preservação de Portugal enquanto ideia de nação.

Apenas iremos procurar defender uma maior autonomia para a cidade Invicta na defesa da descentralização tributária, jurídica e administrativa de forma a combater a concentração de poder no Estado central.


Política de Rua

Acham bem que um partido político, com as responsabilidades como tem o Bloco de Esquerda, venha para a rua lançar anátemas a tudo e a todos, exigindo a não sei quem que caso tenha roubado qualquer coisa terá que restituir o que roubou?
Como se fosse possível quantificar e identificar todos aqueles que se apoderaram ilicitamente de dinheiros públicos ou que fugiram aos impostos, o que é a mesma coisa.

Caso o exercício fosse viável, sobrariam poucos portugueses com certeza.

Aquilo que todos os partidos políticos estão a fazer, para caçar votos, é MENTIR.
É inventar mentiras e sugerir coisas impossíveis de fazer, na tentativa de estimular algo nos portugueses para que o voto caia para aqueles lados.

Neste caso do BE, o que estão a pedir aos portugueses é que sejam julgadores e sentenciadores de ações que das quais não têm provas nem factos sequer. É julgar na praça pública, é voltar a fazer uso dos pelourinhos que por aí ainda há.

É fazer julgamento e aplicar sentença sem convidar o réu, sem lhe disponibilizar uma defesa adequada e sem apresentar um juiz imparcial.

Tudo isto é uma barbaridade pré-romana.
Tudo isto é sermos inferiores em termos de intelecto àqueles romanos que inventaram e quiseram implementar um conjunto de leis que conferia os direitos básicos ao alegado culpado, e que serviu de doutrina para a conceção de justiça que hoje temos.

A grande maioria do conhecimento que nos quiseram impingir na escola foi todo empinado por nós. Após os testes desaparecia do cérebro como se se puxasse o autoclismo. O que é que ficou do exercício mental de usar o conhecimento e a razão para emitir opiniões com pés e cabeça? O que é que ficou da matemática, tão essencial para se fazerem umas contas? O que é que ficou dos 15 anos ou mais que nos obrigaram a ficar na escola para desenvolver o néo-cortex? Pouco ou nada.
O que interessa é gatilhar. Se acertamos ou não, não interessa, desde que se aponte para tudo o que mexa. Se há mortos inocentes, paciência, são danos colaterais.

Continuamos a julgar sem querer saber dos factos. Ficamo-nos pelas impressões e pelo que alguém disse, que disse que alguém tinha dito também.
Continuamos a não querer saber se a nossa opinião é acertada ou não e não reconhecemos o erro quando nos apresentam factos que refutam o que opinámos anteriormente.

Intelectualmente pouco ou nada evoluímos, e custa-me que estes intelectuais de merda (uns de esquerda outros de direita, não interessa) usufruam da nossa incapacidade cognitiva (que não é nenhum defeito) para nos implantar no cérebro as sementes da intolerância, do julgamento sumário, da violência e do desprezo pelos mais básicos direitos do próximo.

Quem não roubou? Quem não fugiu? Que atire então a primeira pedra.

Tiago Mestre

Portugal e as bancarrotas


Oficialmente a 1ª bancarrota ocorreu em 1560 durante a regência da viúva de D. João III e a última, no final da monarquia, acabou com uma reestruturação da dívida soberana cuja negociação durou 10 anos. Na realidade, podem-se contabilizar 8: 1560, 1605, 1834, 1837, 1840, 1846, 1852 e 1892, ou seja, a maioria já no século XIX.

A parte final da dinastia de Bragança acumularia, entre 1828 e 1892, mais de duas décadas de situações de default, um recorde na história económica portuguesa. No entanto, o campeão das bancarrotas foi Espanha, com 12 episódios, concentrados na dinastia filipina e durante o século XIX.

Dois outros momentos que fazem parte da história das bancarrotas de Portugal, apesar de não estarem catalogados como tal, são o período de hiperinflação no reinado do fundador da dinastia de Aviz no final do século XIV e o aviso de bancarrota em 1544 através da feitoria portuguesa em Antuérpia ainda no reinado de D. João II.

1384-1422: Mestre de Aviz, o campeão da hiperinflação

Um real de prata valia 19 vezes menos do que no tempo do reinado do seu meio-irmão D. Fernando, o último monarca da dinastia afonsina, e a inflação era galopante, tendo os preços quintuplicado.

A bancarrota seria certa se D. João I e os seus conselheiros não tivessem decidido, desde as reuniões em Torres Vedras em 1412, desencadear um processo de projecção externa cuja primeira operação viria a ser a conquista de Ceuta, em Marrocos, em 1415. Seguiu-se depois o intensificar do corso atlântico e finalmente a expansão marítima - os Descobrimentos.
Um balanço daquela época de economia de guerra e de crise até 1422: a desvalorização do marco de prata foi da ordem dos 100.000% face ao valor que tinha em 1383.

1544: A quase bancarrota na Flandres

As dívidas na feitoria de Antuérpia, na Flandres, somavam 3 milhões de cruzados. D. João IIIsalvou-se de ser o primeiro monarca português a decretar a falência do Estado. Os mercados financeiros europeus deram o benefício da dúvida pois o comércio das especiarias que vinha de além-mar era, ainda, atraente. Entretanto, a feitoria na Flandres seria fechada em 1549 e o rei morreria em 1557. Os problemas seriam herdados pela viúva, Catarina da Áustria

1560: A herança que a viúva recebeu: o 1º default oficial

Durante a regência caiu-lhe em cima a bomba da dívida astronómica. O neto Sebastião ainda era demasiado novo e coube-lhe a ela gerir a emergência da decadência do grande império manuelino. Em 1559 ainda foi possível levantar 900 mil cruzados como adiantamento na Flandres o que acalmou os credores da dívida portuguesa. Mas no ano seguinte já não havia volta a dar. Catarina resolveu "imitar" o sobrinho, Filipe II, que inaugurara em 1557, no país vizinho, a moda das bancarrotas ibéricas. O alvará de 2 de Fevereiro de 1560 representa o 1º default oficial português. Mandava cessar o pagamento de juros a cargo da Casa da Índia, proibia a colocação de novos empréstimos.
Na ponta final da dinastia de Aviz, nos reinados de D. Sebastião e do cardeal Henrique, as obrigações do governo português já se negociavam a 45 e até a 40% do seu valor facial. Pela época, as grandes casas financeiras alemãs e italianas que estiveram envolvidas no que parecia ser um excelentíssimo negócio, o da pimenta, foram varridas por uma vaga de falências. 

1605: o default com sabor castelhano

O motor da venda de títulos pela Fazenda Real - que se tornara uma rotina desde os tempos de D. Manuel - começou a gripar pelos anos de 1600. A pimenta deixara de ser monopólio dos portugueses com a desagregação do império português no período filipino de monarquia dual entre Espanha e Portugal e sobretudo depois do início da ofensiva dos holandeses no Índico.
Foi neste contexto que ocorreu a bancarrota de 1605 - uma peripécia menos conhecida e raramente referida.

1828-1834: A factura do "miguelismo" que o "liberalismo" renegou
Com a morte de D. João VI em 1826, abre-se uma crise de sucessão que desaguou numa guerra civil entre liberais constitucionalistas e conservadores miguelistas que se agrupavam em torno da viúva Carlota Joaquina e do filho Miguel.
No meio da guerra civil, D. Miguel negociou em 1832 um empréstimo de 40 milhões de francos junto dos banqueiros parisienses Outrequin & Jauge, com um juro de 5% com uma maturidade a 32 anos. Apesar dos riscos envolvidos, os banqueiros franceses conseguiram que estes títulos fossem admitidos para cotação na Bolsa de Paris, onde, aliás, se mantiveram até 1837. Os credores internacionais que emprestaram ao governo de D. Miguel sabiam que estavam correr um grande risco pois estavam a apostar num governo com a possibilidade de cair.

Os juros e a amortização ainda foram pagas até Setembro de 1833. Depois, derrotado Miguel, o empréstimo viria a ser renegado pelos liberais e depois pelo governo de Dona Maria da Glória, sobrinha de Miguel. O empréstimo não foi considerado legítimo. Eram contas do tio que, entretanto, fugira para a Alemanha. Que o fossem cobrar à Baviera, onde ele morreria.
O assunto passou, assim, a contencioso. Os credores franceses organizaram-se em comité em 1840 e várias manobras diplomáticas continuaram pelas décadas seguintes a ver se conseguiam reaver pelo menos 2,5 milhões de francos, cujos papéis comprovativos consta que se encontravam no Tesouro em Lisboa.

1837 a 1852: O calvário de incumprimentos no reinado de Maria da Glória

O reinado da filha de D. Pedro IV (o imperador Pedro I do Brasil), a jovem Maria da Glória, coroada D. Maria II (1837-1853), juntou vários eventos de suspensão de pagamentos, o primeiro logo em 1837, que geraram o período mais longo de defaults na história portuguesa.
Em 1852, decreta-se a consolidação da dívida interna e externa, o que gerou a revolta sobretudo dos credores ingleses, até que se celebrou um convénio em Dezembro de 1855, que no dizer do historiador Rui Pedro Esteves, da Universidade de Oxford, surpreenderia hoje pelos credores "terem aceitado a consolidação em troca de contrapartidas bastante modestas".

Estas bancarrotas ocorreram num período de quase 20 anos de golpes e contra-golpes e de um movimento popular, a Revolta da Patuleia, mais conhecida por Maria da Fonte.
A situação só acalmou, de facto, com a regência do viúvo de Maria da Glória, o rei-consorte Fernando II, da poderosa casa europeia de Saxe-Coburgo e Gota. O país adopta o padrão ouro que permitia estabelecer uma relação com a libra esterlina, a moeda chave do comércio internacional e das relações comerciais com Portugal, e chega a acordo em Londres nos finais de 1855, com o Council of Portuguese Bondholders (detentores de títulos portugueses), liderado pelo banqueiro Richard Thornton. 

1892-1902: A longa re-estruturação da dívida soberana no final da Monarquia
A famosa revista inglesa The Economist andava a avisar desde 1880: "Os mercados monetários da Europa estão a ficar cansados, e não sem razão, da constante solicitação por Portugal de novos empréstimos", escrevia em 27/11/1880. E em 1885: "No próprio interesse de Portugal era preferível que as suas facilidades de endividamento fossem, agora, restringidas".
Rebentou então uma crise financeira mundial, com o epicentro na City londrina, iniciada em 1890 com a falência do banco Baring Brothers que contagiaria Portugal por vários canais, incluindo via Brasil. O próprio Baring era o principal parceiro do governo português na City e, na aflição, reembolsou-se em 1 milhão de libras em Lisboa, o que levou a uma redução significativa das reservas em ouro do Banco de Portugal. Em 1888, no Fenn's Compendium, Portugal já tinha sido considerado como um país de alto risco. Com a contracção dos mercados de capitais internacionais, durante a crise financeira mundial de 1890-1893, o ecossistema financista português desabou. Juntou-se o esboroamento do padrão-ouro que havia sido adoptado em 1854. Finalmente, viveu-se uma crise política aguda que misturaria o efeito dos problemas geopolíticos em África - com o ultimatum sobre o mapa cor-de-rosa por parte da Grã-Bretanha - com a ascensão do movimento republicano (revolta no Porto em 31 de Janeiro de 1891) e das lutas dentro dos partidos monárquicos.

A balança de pagamentos acaba por ter um défice gigante em 1891, depois de um período em que acumulara excedentes. A dívida total (externa e interna) que andava pelos 24 milhões de libras em 1858 disparou para 127 mil milhões de libras. Apesar da pobreza do país, era a 2ª maior da Europa per capita, depois da França.
A revista inglesa, de novo, escrevia: "Tem sido evidente de há bastante tempo que o país estava a viver acima dos seus meios. Mais tarde ou mais cedo era inevitável que acabasse em bancarrota - e foi à bancarrota que Portugal agora chegou" (6/2/1892). E acrescentava: "É inevitável uma redução significativa do encargo com a dívida, que absorve quase metade da receita total. Os detentores da dívida portuguesa têm de consentir num abatimento dos seus direitos, por força das circunstâncias". Os ingleses aconselhavam mesmo: "Se Portugal abordar os seus credores leal e francamente nestas linhas ser-lhe-á relativamente fácil efectuar um acordo razoável com eles".
A solução acabaria por ser imposta por decreto. Os credores externos não aceitaram o curso forçado do papel-moeda emitido pelo Banco de Portugal. O default parcial acabaria por acontecer em Junho de 1892. O governo teve de suspender parcialmente os encargos altos da dívida. Em Paris, os credores ficaram surpresos com a redução das taxas de juro em 66%. O objectivo último acabaria por ser a reestruturação e reescalonamento dos pagamentos.
Julgava-se que no final do convénio de 1902 com os credores se obteriam novos empréstimos - mas isso não aconteceu. A dívida seria convertida num novo empréstimo amortizável a 99 anos, até 2001.
O efeito de afastamento dos mercados financeiros internacionais não seria muito prejudicial para a economia real, que dependia sobretudo do comércio com o Brasil, as colónias em África e o Reino Unido. Os principais credores financeiros da dívida estavam em Paris e em Berlim. A economia portuguesa acabaria por recuperar relativamente bem.


Homo Economicus


Qual é a economia que mais cresceu na €uropa no 2º trimestre?




quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cortar Na Despesa Ou Aumentar Impostos?

O Insurgente pergunta e eu respondi...

“Desde 1974 em Portugal que nunca existiu um orçamento com superavit.”
Aproveitando o post abaixo do Mário Amorim parece que saltamos da “conversa entre dois socialistas” para uma festa cheia de socialistas.
Portugal durante o estado novo a sua despesa pública nunca passou dos 20% (com Salazar dos 15%) e a economia era construída em bases sólidas dentro dos princípios do capitalismo (sendo um dos casos mais brilhantes comprovados pela estatística que se podem encontrar entre as economias dos países de todo o mundo) .
O motivo da queda do anterior regime não foi económico mas por as pessoas ansiarem por mais liberdades e opções de escolha mas que no final viemos a verificar que essas mesmas liberdades foram promovidas à custa dos “outros” do qual “nós” também fazíamos parte mesmo que não tivéssemos disponibilidade para tal. O colectivismo foi assim superior ao individualismo na procura das tais liberdades.
Logo estamos perante um problema cultural antes de ele ser económico que foi bastante amplificado com a macacada de experimentalismos que assistimos no sistema de poder.
Quanto às razão culturais, cada sociedade ou povo, é como é, e como tal assim deve permanecer pois existe em uma forma natural e é assegurado pela ordem espontânea que se vai fazendo entre gerações. Mas se uma sociedade está constantemente a ser atacada pela imposição, formatação de valores e de ideologias muitos dos quais não fazem sequer parte da matriz cultural da sociedade então a sociedade deve ser preparada para resistir à invasão e a melhor forma de resistir é que cada indivíduo permaneça e conserve o seu fator diferenciador.
Quanto ao sistema de poder, temos de olhar para dentro de nós, compreender a nossa história e quem souber entendê-la mais próximo ficará de encontrar a solução mais respeitável.
Atente-se nestas palavras:
“Continuo firme na ideia de que a Monarquia coordenadora de Municípios Republicanos foi o regime mais certo para Portugal”
“O regime de que o mundo precisa para sair do atoleiro em que está metido é realmente o da Monarquia Portuguesa anterior a D. João I…”
“Acima disso, o município, clara e inteiramente “republicano”. Como “coordenador geral” e “inspirador” o Rei…”
Agostinho da Silva – Cartas inéditas
Este parece ser o caminho correto e em alternativa ao rei podemos considerar um ancião de reconhecido mérito e provas dadas à sociedade que seja apoiado com um conselho de sábios.
Quanto à economia, é o ponto mais fácil, basta debruçarmos sobre o passado onde houve sucesso e replicá-lo que com certeza os nossos cofres voltarão a ficar cheios de ouro (tornando a ser uma sociedade completamente independente e próspera).


Diferenças essenciais


Passa a outro e não ao mesmo

Do que tenho visto ultimamente na televisão, os dados económicos do segundo trimestre criaram junto dos opinion makers um sentimento de esperança e até de renascimento económico, desde que, e aqui é que a porca torce o rabo, o "Orçamento de Estado para 2014 deixe que haja crescimento económico."

Pois, o que pedem ao governo é que não corte tanto na despesa ou então que não aumente mais os impostos.
IRRESPONSABILIDADE

Nestas afirmações esconde-se um lado nojento do intelecto de todos os colunáveis:
Ninguém diz como iremos financiar o défice que se manterá nos 10 mil milhões, mais coisa menos coisa, e o que fazer à dívida que terá mais 10 mil milhões em cima dos 205 mil milhões já existentes?

Os juros continuarão a subir, mesmo com taxas de juro a baixar, e dos 8,5 passaremos para 9 ou até 9,5 mil milhões de euros a pagar anualmente, tornando-se na rúbrica mais pesada à exceção da mítica e inalcançável Segurança Social.

Tiago Mestre

O verdadeiro liberalismo

"Ao contrário do racionalismo da Revolução Francesa, o verdadeiro liberalismo não é contrário à religião, e apenas posso deplorar a militância anti-religiosa, essencialmente não liberal, que animou grande parte do liberalismo no continente europeu no século XIX. No entanto, tal característica não é essencial ao liberalismo, como o demonstram claramente seus ascendentes ingleses, os antigos Whigs, que, ao contrário, talvez simpatizem demais com uma determinada crença religiosa. Nesse aspecto, o que distingue o liberal do conservador é que, por mais profundas que sejam suas convicções espirituais, ele nunca se considerará no direito de impô-las aos demais e o fato de, para ele, o espiritual e o temporal serem esferas distintas que não devem ser confundidas." 

 F. A. Hayek

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Reclamar do Papa


(dedicado ao prof. Pedro Arroja)


"Aviso:

Reclamar do papa é direito e dever do católico.

Mas os nossos amigos protestantes deveriam saber que invadir a página de um católico para falar horrores da igreja dele é cachorrada pura e simples.

Os católicos podem ter cometido quantos pecados se queira, mas a nossa igreja nasceu oferecendo mártires, e a protestante nasceu matando quarenta mil católicos numa só tacada e depois choramingando quando os católicos reagiram.

Ademais, o comunismo só prosperou desde dentro em nações protestantes e ortodoxas, só sendo implantado na Hungria e na Polônia católicas pela força de exércitos estrangeiros (Cuba só é católica aos domingos; durante a semana segue a "santeria").

Gramsci tinha razão ao dizer que SÓ a Igreja Católica podia resistir eficazmente ao comunismo. Odeio tocar nesses assuntos, mas estou com o saco cheio de ver a minha igreja ser difamada e achincalhada na minha própria pagina. Santarrões evangélicos, por favor, difamem-nos nas suas páginas, não nas nossas."


Olavo de Carvalho

O estranho caso da agenda americana no controle das armas...


os números...


a realidade histórica...



 o que qualquer cidadão americano tem direito...

Democracia x Monarquia


Por Hans-Hermann Hoppe,

O sistema político que todos fomos ensinados a venerar desde cedo - seja pelas escolas cujos currículos são controlados pelo governo, seja pela mídia serviçal ao estado - é a democracia.
O que quero argumentar aqui é que a antiga forma de governo, a monarquia, não só era muito mais limitada, como também era mais pacífica, menos totalitária e mais propensa ao desenvolvimento de um país do que a democracia.

Democracia x Monarquia

O primeiro ponto a ser enfatizado é: estados - sejam eles monárquicos ou democráticos - não são empresas.  Eles não produzem nada para ser vendido no mercado, e, como tal, suas receitas não advêm da venda voluntária de bens e serviços.
Ao contrário: estados vivem da coleta de impostos, que são pagamentos coercivos coletados sob ameaça de violência.

Portanto, sendo um anarcocapitalista, não sou apologista nem da monarquia e nem da democracia.  Porém, se tiver de escolher um desses dois regimes maléficos, então é seguro dizer que a monarquia tem certas vantagens.

A razão é que os reis eram normalmente vistos pela população como aquilo que realmente eram: indivíduos privilegiados que podiam tributar seus súditos.  E como todos sabiam que não podiam se tornar reis, havia uma certa resistência dos súditos contra as tentativas dos reis de aumentar impostos e expandir a exploração.

Sob a democracia, surge a ilusão de que nós somos nossos próprios governantes, de que governamos a nós mesmos.  Entretanto, como já deveria estar mais do que claro, sob a democracia também existem soberanos e os súditos desses soberanos.  Porém, o fato de que qualquer um pode potencialmente se tornar um funcionário público é algo que, além de também ajudar a estimular a ilusão de que governamos a nós mesmos, leva a uma redução daquela resistência que havia contra os reis quando estes tentavam aumentar suas receitas tributárias - afinal, o aumento da receita do estado ser-lhe-á favorável caso você seja um dos soberanos.
Há ainda outras desvantagens da democracia. 

Na monarquia, o rei pode ser visto como uma pessoa que considera o país sua propriedade privada, e as pessoas que vivem nele são seus inquilinos, que pagam um tipo de aluguel ao rei. 

Por outro lado, consideremos os políticos eleitos sob um sistema democrático.  Estes políticos não são os proprietários do país da maneira como um rei o é; eles são meros zeladores temporários do país, por um período que pode durar quatro anos, oito ou mais.
E a função de um proprietário é bastante diferente da função de um zelador.  

Imagine duas situações distintas: na primeira, você se torna o proprietário de um imóvel.  Você pode fazer o que quiser com ele.  Você pode morar nele para sempre, você pode vendê-lo no mercado - o que significa que você tem de cuidar muito bem dele para que seu preço possa ser alto -, ou você pode determinar quem será seu herdeiro. 

Na segunda situação, o proprietário desse imóvel escolhe você para ser o zelador dele por um período de quatro anos.  Nesse caso, você não pode vendê-lo e não pode determinar quem será seu herdeiro.  Porém, você ganha um incentivo novo: extrair o máximo possível de renda desse imóvel durante o período de tempo que lhe foi concedido. 

Isso implica que, na democracia, o zelador temporário é incentivado a exaurir o valor do capital agregado do país o mais rápido possível, pois, afinal, ele não tem de arcar com os custos desse consumo de capital.  O imóvel não é dele.  Ele não tem o que perder com seu uso irrefletido.  Por outro lado, o rei, como proprietário do imóvel, tem uma perspectiva de longo prazo muito maior que a do zelador.  O rei não vai querer exaurir o valor agregado de seu imóvel o mais rapidamente possível porque isso se refletiria em um menor preço do imóvel, o que significa que sua propriedade (o país) seria legada ao seu herdeiro a um valor menor.

Portanto, o rei, por ter uma perspectiva de longo prazo muito maior, tem o interesse de preservar - ou, se possível, aumentar - o valor do país, ao passo que um político em uma democracia tem uma orientação voltada para o curto prazo e quer maximizar sua renda o mais rapidamente possível.  Ao fazer isso, ele inevitavelmente irá gerar perdas no valor do capital de todo o país.

Guerras

As guerras sob um regime monárquico tendiam a ser, como certa vez descreveu Mises, guerras exclusivamente entre soldados, ao passo que as guerras feitas por democracias envolvem o homicídio em massa de civis em uma escala jamais vista na história humana.
Essa diferença tem a ver novamente com o fato de que os monarcas consideram o país como sua propriedade.  Tipicamente, os monarcas faziam guerras para resolver disputas de propriedade.  "Quem é o dono de determinado castelo? Quem é o dono de determinada província?"  O objetivo de uma guerra monárquica sempre era limitado e específico. 
Já as guerras feitas por democracias tendem a ser guerras ideológicas. Ora quer-se liberar um país de alguma ditadura, ora quer-se converter um país a uma determinada ideologia.  E é difícil determinar quando tal objetivo foi de fato atingido.  A única maneira certa de atingi-lo é matando toda a população do país que se está tentando invadir ou ocupar.

Um monarca, obviamente, jamais teria tal interesse, pois ele quer adicionar - ao invés de destruir - uma determinada província, uma determinada cidade ou mesmo um determinado castelo à sua propriedade privada.  E, para atingir esse objetivo satisfatoriamente, é de seu interesse causar os mínimos danos possíveis - afinal, de nada adianta adquirir bens destruídos e sem valor.

Portanto, embora para um monarca fosse mais fácil começar uma guerra, também lhe era mais fácil determinar quando o objetivo havia sido atingido, o que dava fim à guerra.
Nunca houve alguma motivação ideológica que levasse diferentes reis a guerrearem entre si, ao passo que as democracias - assim como as guerras religiosas - são um conflito de civilizações, um conflito de sistemas de valores praticamente impossível de se controlar.
Ademais, as guerras iniciadas por reis eram vistas pelo público meramente como um conflito entre monarcas, uma vez que os reis geralmente dependiam de voluntários para lutarem suas guerras.  Já nas democracias, todo o país participa da guerra, todos os seus recursos são forçosamente desviados para o esforço da guerra e nele são exauridos.

Com a democracia surgiu também o serviço militar obrigatório - uma situação típica em várias democracias atuais -, no qual os indivíduos são obrigatoriamente recrutados e forçados a ir às guerras.  O argumento utilizado para tal escravidão mortal é: "já que agora você tem uma participação no estado (afinal, estamos em uma democracia), você também tem de lutar as guerras do estado".

Já sob uma monarquia as pessoas não tinham uma participação no estado; o estado era visto como pertencente ao rei, sendo os cidadãos uma entidade completamente separada do estado.  Por causa disso, o envolvimento da população nas guerras monárquicas era muito limitado.

Nacionalismo

Erik von Kuehnelt-Leddihn costumava dizer que uma das coisas de que ele mais gostava nos regimes monárquicos era o fato de que havia muito menos nacionalismo - o nacionalismo, obviamente, é uma característica democrática dos séculos XX e XXI.

Sob a monarquia não havia nada de errado em ser, por exemplo, um nobre germânico e ir trabalhar para a czarina da Rússia.  Pessoas que lutavam em vários lados também não eram consideradas "traidoras" da pátria. 

Foi com a ascensão da democracia que tivemos a ascensão da beligerante e inauspiciosa filosofia do nacionalismo.

As altas aristocracias foram, por assim dizer, as pessoas mais "internacionais" da história da civilização.  Praticamente todos os altos nobres eram interrelacionados com aristocratas de outros países.  O Kaiser alemão, por exemplo, tinha relações com os monarcas britânicos e russos.  Todos os soberanos de Europa também tinham, de alguma forma indireta, ligações com Maomé - logo, com países islâmicos.

Quando havia contendas entre monarcas, estas eram vistas como brigas entre famílias.  Sendo assim, o sentimento de nacionalismo era impossível de surgir - até porque, novamente, os nobres eram a mais internacionalista das classes de pessoas que existiam.  Portanto, sentimentos nacionalistas eram totalmente estranhos e atípicos para uma classe como aquela.

E isso certamente poupou várias vidas e evitou muito empobrecimento.


o artigo  é uma transcrição de uma entrevista dada pelo professor Hoppe.

aqui