domingo, 31 de março de 2013

Remodelações


Tem por aí uma gente que pede uma remodelação ministerial* e outros vão ainda mais longe e aspiram mesmo por uma remodelação governamental na expectativa em que o rumo possa ser outro.

Mas o tempo esse não está mesmo para malabaristas...



* Relvas, a substituição desta figura, que já vai tardia, é simplesmente uma excepção por uma obrigatoriedade respeitante à manutenção de níveis mínimos de sanidade e higiene pública.


Os líderes europeus estão novamente de parabéns...

... por terem conseguido comprar algum tempo, quando as coisas pareciam estar a complicar-se no fim de semana logo a seguir ao plano aprovado em Bruxelas.

Pela calada, forjou-se um novo plano, em que os que mais têm são os que mais lerpam, e pelo meio, bancos fechados em dias úteis e restrições à movimentação de capitais. Conseguiram suster a confusão e o caos.
As restrições na movimentação de capitais continuarão nas próximas semanas, sempre na tentativa de corrigir a asneira e evitar ações indesejadas da população.

Mas o que não se consegue identificar e muito menos medir são as consequências na confiança dos cidadãos no sistema bancário.

As populações começam a perceber que:

1. Os bancos estão numa autêntica desgraça financeira, e não são só os do Chipre

2. Os políticos não controlam a situação, e apenas atuam pelo retrovisor.

A pouco e pouco as coisas começam a ter novos desenvolvimentos.

Na Eslovénia há bancos que carecem de recapitalização urgentemente.
O Kyle Bass bem dizia nas suas conferências que na Europa os bancos não foram recapitalizados e isso traria problemas graves.

Em Itália, o CEO do banco Monte dei Paschi já reconheceu que há milhares de milhões de euros em depósitos que já voaram. Não especificou quanto..

Com a Europa em recessão, mais difícil se torna a recapitalização dos bancos, já que sem crescimento há menos lucros, mais falências e menos dinheiro sobra para este tipo de operações. Só recorrendo à emissão de nova dívida, apelando aos credores do resto do planeta, é que lá se conseguirão aldrabar as contas dos bancos para que aparentem menos problemas. No fundo é só comprar tempo e esperar pelo melhor.

A fuga de depositantes dos bancos que aparentam e/ou estejam com problemas será pela calada, via Internet, uns dias em grande valor, noutros em montantes residuais. Reconhecer padrões será mais difícil, e como ninguém quer dar a parte fraca, todos tentarão encobrir até ao último momento.
Nem CEO's, nem Barroso, nem Merkel desejam vir para as televisões referir os problemas que têm em mãos.
Um dia as coisas acabarão por lhes rebentar nas mãos. É inevitável, face as circunstâncias especiais em que estamos a viver.

Não consigo antever como será em Portugal, mas estamos numa posição demasiado frágil para julgar que problemas destes não nos baterão à porta.

Tiago Mestre

sábado, 30 de março de 2013

Um embuste chamado Sócrates





iComunismo



Kim Jong-un quer atacar os EUA, mas usa um iMac



Nas últimas fotos divulgadas pela agência norte-coreana de notícias é possível confirmar um rumor de que a família que tem ocupado o poder no país usa os computadores da Apple. Em cima da secretária de Kim Jong-un surge um um iMac de 21,5 polegadas, com um corpo único de alumínio, embora não seja o último modelo lançado pela marca da maçã, um ícone americano. Resta saber se o pequeno líder também usa iPhone e iPad.

aqui



Comunismo = Destruição


Coreia do Norte declara guerra à Coreia do Sul

A Coreia do Norte anunciou este sábado que entrou em estado de guerra com a Coreia do Sul, informou a agência de notícias sul-coreana, Yonhap.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Ricos e pobres


Famílias alemãs mais pobres do que italianas ou espanholas.


Apenas 44% dos alemães são proprietários de casa.

aqui


José Gomes Ferreira em GRANDE





Que austeridade é esta?


Dívida pública engorda mil milhões de euros em 13 dias




Comentário: É assim tão difícil fechar a torneira?






Rezas

Por João Pereira Coutinho,


Rezas

Com um chumbo do Tribunal Constitucional no horizonte, não é de excluir que governo e oposição tenham trocado de lugar. E estejam agora em rezas contraditórias.
O dr. Passos a rezar por um chumbo pesado - mil milhões - para que possa atirar a toalha e entregar as chaves da loja ao Presidente. E o dr. Seguro a rezar para que o chumbo seja pequeno - 400 milhões - e o governo continue a grelhar até 2015. Sem fugas.
Infelizmente para ambos, não vale a pena tanta oração.

Até porque, pesado ou leve, o chumbo não altera o cenário que o país tem pela frente se quiser continuar no euro: anos de ‘austeridade' em troca do cheque respectivo. E, com o cheque, vem a condição dos nativos se entenderem. Esteja quem estiver em S. Bento. E esteja quem estiver na oposição.
Quando se tem a soberania suspensa, brincar aos governos (e às oposições) diverte a populaça. Mas não comove os patrões de Berlim.


quarta-feira, 27 de março de 2013

Bem-vindo querido líder


Mas por cá ninguém acredita em tretas nem em paraísos socialistas...


O purgatório das obras públicas



Pavimento da nova Ribeira das Naus só durou um dia e vai ser reparado



Comentário:  

Uma sugestão. Sempre que se fizer obra pública de envergadura em Portugal (daquelas que apenas servem para os olhos verem e comerem) aproveitem para construir por perto um pelourinho...


Share




terça-feira, 26 de março de 2013

O caminho da Escola Austríaca


Este post "Escola Austríaca" já havia sido publicado em 31-01-12 mas vamos destacar novamente aqui no blogue pela força da atualidade.

E na altura foi questionado ao Instituto Mises Brasil o seguinte:

-  O futuro do €

- Como se pode contrariar a tendência de desindustrialização da Europa (a Alemanha é cada vez mais o último reduto industrial da Europa)

- Que medidas podem ser tomadas para contrariar o desemprego

- O declínio ocidental perante o oriente


Resposta: por Leandro Augusto - membro destacado do Instituto Mises Brasil

Desindustrialização se resolve com enfraquecimento dos poderes sindicais, redução de tributos, desburocratização e desregulamentação. Sindicatos agressivos que exigem privilégios crescentes devem ser domados, regulamentações governamentais devem ser abolidas, a carga tributária terá inevitavelmente de ser reduzida (ninguém quer pagar para trabalhar), fábricas e equipamentos envelhecidos devem ser substituídos (no que entra a questão tanto da desregulamentação quanto da redução de impostos), e a qualidade e o design de seus produtos deve ganhar maior atenção (no que entra a contratação de mão-de-obra mais bem preparada).

Em suma, é necessário criar um ambiente propício ao empreendedorismo. Isso também vale para o desemprego e para o declínio do Ocidente perante o Oriente (pelo menos economicamente; culturalmente, a coisa é bem mais complicada).

Quanto ao euro, é preciso renegociar a dívida, permitir vários calotes e deixar alguns bancos serem liquidados. Com isso, a oferta monetária do euro será reduzida e, consequentemente, ele sairá valorizado.

Explico:

Se houver o calote, os vários bancos da Europa que investiram nos títulos da dívida destes países sofrerão enormes perdas. Pensando em termos contábeis, haverá uma perda de ativos desses bancos, o que significa que eles terão também de reduzir seus passivos. E reduzir passivos significa contrair o número de contas-correntes.

Portanto, tal medida geraria uma deflação monetária na economia, pois, explicando novamente, após sofrerem essas perdas, os bancos têm de restringir novos empréstimos e requisitar a quitação antecipada de empréstimos pendentes, pois agora seu capital sofreu uma redução. Isso faz com que várias contas-correntes que foram criadas para esses empréstimos sem lastro sejam encerradas. E como o sistema bancário trabalha com reservas fracionárias, tal medida inevitavelmente iria gerar um processo deflacionário, pois se está requisitando a devolução de um dinheiro que foi criado do nada -- um dinheiro cuja criação expandiu a oferta monetária e cuja extinção contrai a oferta monetária.

Portanto, haveria uma redução na oferta monetária de euros, e isso deixaria o euro mais valorizado, e não menos.

Mas nada disso é politicamente viável. Logo, não há como saber o que de fato irá ocorrer.


Comentário: 

"Mas nada disso é politicamente viável".  Não era viável mas lá acabou por acontecer. 

Os próximos eventuais focos incendiários na novela da crise do € podem eventualmente surgir pela banca espanhola.




Watch out, Banksters!



Eurogrupo resgata o Chipre, mas recusa ajudar a banca, que terá de salvar-se sozinha. Daqui para a frente vai ser assim, avisa Jeroen Dijsselbloem.

aqui



Comentário: Finalmente a Europa descobriu que há mais vida para além dos bancos...


segunda-feira, 25 de março de 2013

eheheheh


Peter Schiff no Occupy Wall Street





Sistema está montado para dar lucro ao setor financeiro



O Chipre revela a realidade do sistema bancário

Instituto Mises Brasil

Por Peter Schiff,

Durante a semana passada, analistas financeiros, economistas, políticos e correntistas bancários ao redor de todo o mundo se mostraram ultrajados com o fato de que os líderes europeus — mais especificamente os alemães, que atualmente comandam as principais decisões tomadas em Bruxelas e Frankfurt — pudessem se mostrar tão politicamente temerários, tão economicamente ignorantes e tão emocionalmente insensíveis a ponto de violar a santidade dos depósitos bancários a fim de financiar um pacote de socorro para o Chipre.

Esse coro de condenações pode ter sido decisivo em dar ao parlamento cipriota a confiança necessária para rejeitar de forma unânime as medidas impostas, na esperança de que Berlim ou a Rússia — país natal de boa parte dos correntistas dos bancos cipriotas — iriam se apressar em conceder o pacote de socorro sem exigir contrapartidas.

A decisão de tributar em 10% os depósitos acima de €100.000 e em 7% os depósitos menores que €100.000 — desta forma, infligindo dor tanto nos correntistas mais ricos quanto nos mais pobres — foi descrita quase que universalmente como uma trapalhada histórica.  No entanto, e curiosamente, o erro foi justamente o fato de os burocratas da União Europeia terem optado por fazer as coisas de modo aberto e explícito, de uma maneira que não fosse camuflada por truques financeiros.  Em vez de optarem pela inflação monetária ou por simplesmente tomar dinheiro de uns para repassar para outros, optaram por uma tributação que incide diretamente sobre aqueles que estão sendo socorridos.

Como escreveu Detlev Schlichter,
A maioria das pessoas nos países desenvolvidos já se acostumou a não se preocupar com a saúde de seu sistema bancário.  Elas foram, ao longo de décadas, condicionadas a acreditar que todos os bancos, por serem regulados pelo estado, são também protegidos pelo estado.  Sim, mas tal proteção ocorre justamente para que os bancos possam incorrer em ainda mais riscos e se tornarem ainda mais alavancados.  A "proteção" garantida pelo estado criou em todos os países um sistema bancário monstruoso que está engolindo os recursos do próprio estado.  É impossível encarar os eventos no Chipre como uma surpresa chocante em pleno 2013.
[...]
Perdoem-me, mas minha empatia pelos correntistas cipriotas é bastante limitada.  Se você é correntista de um banco cipriota, independentemente de seus depósitos serem maiores ou menores que €100.000, quem você acha que estava garantindo seus depósitos?  A Fada Madrinha?  Você realmente pensou que em um país tão minúsculo e com um sistema bancário tão bizarramente inchado — um sistema bancário que por anos, e de forma muito pública, vinha adquirindo títulos do governo grego! —, seu governo teria os recursos necessários para proteger todos os correntistas?  O socorro dos dois maiores bancos do Chipre está estimado em 60% do PIB do país!  E depois do que ocorreu na Grécia, você realmente pensou que os alemães estariam dispostos a continuar pagando sozinhos as contas de todos os outros países?
[...]
Se isso que está sendo proposto ao Chipre fosse realmente uma expropriação, como muitos estão dizendo, então o ato de se abster dessa expropriação — isto é, o expropriador simplesmente não fazer nada — significaria que a 'vítima' estaria mantendo sua propriedade, certo?  O problema é que se a União Europeia não fizesse nada nesta situação, a maioria dos correntistas, inclusive aqueles que têm menos de €100.000, seriam totalmente dizimados.  A escolha dos cipriotas, portanto, não é entre manter tudo ou pagar uma 'taxa', mas sim entre pagar uma 'taxa' ou perder praticamente tudo.
A realidade é que os correntistas do Chipre já estão pagando e continuarão pagando por todos os tipos de pacotes de socorro e de estímulos.  Seja por meio de uma baixa taxa de juros sobre seus depósitos, seja por meio de inflação monetária, de maiores impostos, de maiores custos para empréstimos, ou pelo acúmulo de uma insustentável dívida pública, os cipriotas arcarão com o fardo de sua prodigalidade incorrida no passado.  Não há como escapar.  O problema é que o plano de socorro criado para o Chipre foi transparente demais, simples demais e direto demais para sobreviver em um mundo dependente do engano, da fraude e da ofuscação.  Ele já estava morto antes mesmo de ter sido criado.

Ao redor de todo o mundo, os bancos centrais estão ativamente buscando metas de inflação propositadamente altas.  Ora, não seria a inflação monetária — que permite aos governos cobrir parte de seus déficits por meio da criação de dinheiro, medida essa que transfere poder de compra dos poupadores para os tomadores de empréstimo — uma espécie de imposto sobre depósitos?  No Reino Unido, por exemplo, os britânicos estão vivendo há três anos com uma taxa de inflação de preços de 3% e juros sobre seus depósitos de praticamente 0%.  Espera-se que tal situação continue por pelo menos mais dois anos.  Ninguém protesta.  No entanto, um imposto de 6,75% no Chipre, a ser cobrado uma só vez sobre os depósitos, é visto como um ato de suprema traição?

[Aqui vale um parênteses para fazermos um comparativo com a situação brasileira.  Um brasileiro comum que colocou seu dinheiro na poupança ganhou, de maio até hoje, 5,35%. Se ele tiver deixado o dinheiro parado na conta-corrente, ele não ganhou nada. Se ele for do tipo que tem de transacionar diariamente com dinheiro vivo — como fazem, por exemplo, trabalhadores informais —, ele também não ganhou nada.

Neste mesmo período, o INPC (que mensura a inflação para as famílias mais pobres) foi de 6,77%, os alimentos subiram 19,20%, os serviços encareceram 8,75%, e o IGP-M (que reajusta o aluguel e outros serviços, como TV a cabo) subiu 8,29%.

Conclusão: aquele coitado que deixou o dinheiro na conta-corrente ou aquele que precisa de grandes quantias de dinheiro vivo diariamente (porque é informal) perdeu 19,20% do seu poder de compra em termos de alimentação, 8,29% em termos de aluguel, e 8,75% em termos de serviços.
]
Muitos estão lamentando o fato de que, sendo o Chipre membro da zona do euro, seu governo não pode inflacionar e desvalorizar sua moeda para sair desta enrascada.  Mas por que tal medida seria moralmente superior?  Perder uma parte de seus depósitos não é diferente de perder poder de compra por meio da desvalorização monetária e da inflação.  Ambas as medidas resultam em perda do poder aquisitivo.  Pedir para um correntista abrir mão de parte de seu dinheiro é uma atitude que ao menos lida com o problema de forma honesta e imediata. 

A mesma dinâmica é válida para os fundos de um pacote de socorro.  Suponha que a União Europeia aceite conceder mais dinheiro para socorrer os bancos do Chipre.  A consequência disso é que os cipriotas, no futuro, terão de pagar os juros e a amortização dessa dívida.  Portanto, ao aceitarem um pacote de socorro hoje, eles irão sobrecarregar as gerações futuras com um fardo cuja criação não foi responsabilidade delas.  Como isso seria justo e moralmente aceitável?

No que mais, não é correto dizer que os correntistas dos bancos cipriotas — muitos deles cidadãos russos em busca de um paraíso fiscal — são totalmente inocentes e não foram cúmplices neste comportamento imprudente de seus bancos.  Segundo relatos da Bloomberg, ao longo dos últimos cinco anos, os depósitos em euros nos bancos cipriotas apresentaram um rendimento cumulativo superior a 24%, quase o dobro do rendimento proporcionado por contas bancárias equivalentes na Alemanha.  Os bancos do Chipre foram capazes de oferecer tais retornos porque se expuseram a ativos de alto risco (como os títulos do governo grego).  O que há de tão errado em pedir que aqueles que incorreram em altos riscos com o intuito auferir retornos maiores aceitem perder algo quando suas decisões se revelam erradas?

Os cidadãos do Chipre, como membros da União Europeia, tinham a opção de colocar seus depósitos em qualquer banco da União Europeia.  Mesmo se pagarem as taxas propostas no pacote de socorro, os correntistas do Chipre — ao menos os mais antigos, aqueles que mantiveram seu dinheiro nos bancos do Chipre há mais tempo — terão ganhado mais dinheiro por terem mantido sua poupança em aplicações de alto retorno nos bancos do Chipre do que se tivessem depositado nos bancos alemães, cujo retorno é bem menor.  Sendo assim, que Rubicão é esse que estamos atravessando?

O temor internacional que predominou na semana passada não era de que o cidadão comum do Chipre não mais fosse capaz de conseguir se sustentar, ou de que mafiosos russos fossem perder parte de suas questionáveis fortunas, mas sim de que uma corrida bancária no Chipre fosse levar a pânicos similares na Grécia, na Espanha ou no mundo em geral.  Como resultado, os problemas vivenciados por uma insignificante economia estão sendo vistos como uma ameaça a todo o edifício financeiro global.  Este é apenas mais um sinal de que nosso sistema financeiro atual se baseia exclusivamente na confiança — algo que, no final, pode ser totalmente efêmero.

Não obstante os insuperáveis desafios matemáticos que aqueles países extremamente endividados têm de enfrentar, os investidores seguem tendo a confiança de que os bancos centrais serão capazes de engendrar um retorno ao crescimento econômico sustentável sem criar uma inflação galopante e sem desencadear uma nova recessão por meio de um prematuro aperto monetário.  Isso, mesmo na melhor das circunstâncias, já seria uma tarefa vultosa.  Mas se um pequeno problema como o Chipre foi capaz de abalar toda essa confiança, quão robusta ela realmente é?

No final, este episódio do Chipre deixa ainda mais evidente o quão deletéria é a existência de seguros governamentais sobre depósitos bancários.  Ao oferecer a ilusão de segurança sistêmica aos depósitos bancários, as garantias governamentais acabam por encorajar a imprudência tanto dos bancos quanto dos depositantes.  Se você é um banqueiro e sabe que o governo irá proteger os depósitos de seus correntistas, qual o seu estímulo em ser prudente e não fazer apostas arriscadas no mercado?  Se você é um correntista e sabe que o governo está protegendo seu dinheiro, qual o seu estímulo em procurar se informar sobre as atitudes de seu banco?  Qual o seu estímulo em procurar bancos prudentes e em evitar bancos arrojados?  Mais ainda: qual o estímulo de um banqueiro ser prudente em vez de arrojado?

Seguros sobre depósitos fornecem aos bancos os mesmos incentivos que um seguro federal contra enchentes fornece a imobiliárias que querem construir em zonas suscetíveis a inundação.  Aversão ao risco e preferência dos consumidores são poderosas forças que poderiam trazer uma extremamente necessária disciplina ao sistema bancário.  No atual arranjo, o banco que for mais prudente e honesto perderá mercado para os imprudentes e desonestos, pois estes poderão por algum tempo oferecer retornos maiores.



A crise não te diz nada Cavaco




Não há fome que não dê ainda mais fartura


Depósitos acima de 100 mil euros pagarão taxa de 30%




Comentário: O BCE e a UE não ficaram bem na foto? Até foi. Mas os bancos saíram muito pior neste retrato. E é bom que se comece a falar no fim das reservas fracionárias. Explicar às pessoas que os bancos criam dinheiro a partir do nada.



Bancos a salvar-se a si próprios


Merkel: Bancos a salvar-se a si próprios é o modelo "correto"
aqui

Comentário: E não é que ela tem razão.

Já se vê a ilha

Parece que Bruxelas já encontrou uma solução para Chipre. E qual é?

Decidir o que acham que deve ser decidido sem passar pelo parlamento cipriota. Será uma coisa "entre bancos".

Resta saber os detalhes do plano, nomeadamente as restrições de movimentos de capital e quem verá o seu dinheiro desaparecer de um dia para o outro.

Tiago Mestre

Como puxar por uma economia


BIDEN
O vice-presidente dos EUA tornou--se para a revista ‘Standard’ exemplo de esbanjamento: a conta de Joe Biden e comitiva no Hyatt Regency, Londres, foi de 459 388,65 dólares e uma noite no Intercontinental Le Grand, Paris, custou 585 000,50 dólares.

Imprimam mais uns dólares, please!

domingo, 24 de março de 2013

A rivalidade do século...

"I want them set free!!"


Esta é maior rivalidade de todos os tempos... aquela que de facto condicionou e condiciona as nossas vidas de forma direta! Toda a gente fala no Messi vs. Ronaldo, Benfica vs. Porto (como se houvesse dúvidas!!), Barça vs. Real Madrid.... mas a rivalidade Hayek vs. Keynes, essa sim temos todos, como cidadãos bem informados, o dever de a compreender! Ninguém devia irresponsavelmente ir às urnas sem primeiro perceber o que opõe o Keynesianismo à Escola Austríaca!





"You cannot be serious!"




Pois...



A União Europa já não é uma democracia

Há quem fale que em democracia há sempre alternativas. Mas onde é que está mesmo a democracia e as alternativas na Europa?

Seguem alguns excertos referentes ao artigo do pravda, que foi recententemente publicado aqui no Viriatos, para tentarmos dissecar a União Europeia de hoje:

"Não existe unidade em lado nenhum, incluindo na política."

"Para além dos opostos “trabalhadores do norte” e os “ preguiçosos irresponsáveis do sul”, existem outros conflitos, como o de países credores vs países devedores, assim como contradições entre líderes." 

"A Alemanha é acusada de usurpar o poder".

"o Reino Unido levantou a questão de sair da UE".

"A França está a enviar unilateralmente tropas para o Mali e vai fornecer armas aos terroristas sírios."

"Também não existe nem paz nem sossego a nível nacional. Os nacionalistas tornaram-se ativos em todas as direções  desde a extrema esquerda até à extrema direita."

"Em Portugal, os protestantes cantam a música revolucionária “Grândola”."

"Espanha está a dividir-se em movimentos separatistas".

"Na Grécia os Nazis subiram ao Parlamento".

"E em França a “Frente Nacional” de extrema direita de Marine Le Pen está em crescimento". 

"Em Itália, nas eleições parlamentares temos o “príncipe palhaço” o comediante Beppe Grillo que garantiu uns sensacionais 25% dos votos."

"Na Alemanha, um novo partido, “Alternativa para a Alemanha”, foi criado clamando a dissolução da área do euro e a criação de pequenas alianças com “alguns países com economias ricas”, ou seja, Áustria, Finlândia e a Holanda."

Um retrato simplista mas que permite uma ideia clara da realidade.

Uma Europa que se deixou capturar pelo pior do socialismo, onde os tentáculos socialistas mais horripilantes como, o despesismo, a burocracia, a corrupção, os banksters foram utilizados para manipular de forma agressiva e profunda toda a estrutura sócio-económica e política dos países europeus. 

Mas os socialistas incapazes de assumirem as suas falhas arranjaram um bode expiatório, simples mas muito eficaz, para se libertarem da responsabilidade, apresentando como desculpa aos erros cometidos das suas políticas falhadas a palavra "neo-liberal". Palavra essa que é repetida e repetida até à exaustão com uma missão muito simples, a sociedade não se pode dar ao trabalho de questionar e procurar a origem das políticas

Mas tal como nos anos 90 assistimos na Europa ao colapso do comunismo (socialismo levado ao extremo), assistimos agora a um colapso do socialismo fabiano ao desastre keynesiano, mas desta vez de uma forma mais dissimulada e imperceptível para a sociedade.

Um socialismo que está em processo de auto-destruição porque entrou em rota de colisão com a mesma democracia que promoveu durante todos estes anos com políticas irresponsáveis, sendo os políticos mais demagogos os grandes responsáveis pelo desastre. 

Temos agora uma sociedade que cada vez menos se revê em políticos e partidos e já começa a procurar alternativas. Numa primeira fase as pessoas ainda estão confusas pois todo um modo de vida foi posto em causa e há muito milhões de europeus que saíram fortemente prejudicados com a derrocada socialista mas uma melhor alternativa pode e deve ser encontrada.

E onde está a melhor alternativa para a sociedade?

Na verdade económica, que é o mesmo que, gastar menos daquilo que se produz, poupar e produzir para que possa haver investimento, não inflacionar e manipular juros, não desvalorizar a moeda, não proteger os interesses de grupos próximos ao poder, um sistema bancário que não crie dinheiro a partir do nada, desregular as burocracias, um peso do estado na economia diminuto, descentralização do poder, não invadir outros países, livre mercado...

E neste momento quem está a tentar ser o obreiro da verdade económica? 

O €.


Do Socialismo Fabiano ao Desastre Keynesiano


A criação, em 1894, da Sociedade Fabiana, cujo principal objetivo era a implantação do socialismo por meios pacíficos, revelaria que as classes dirigentes inglesas consideravam possível o fim do capitalismo. No apogeu do imperialismo britânico, a eliminação da pobreza parecia impossível às camadas pensantes da época. A prevalecer tal hipótese, seria fatal a substituição do sistema econômico vigente pelo socialismo. Nos dois últimos decênios do século XIX ainda perduravam fortes traços das condições sociais deprimentes, descritas por Friedrich Engels, em livro clássico, de 1844, quatro anos antes de Marx lançar o Manifesto Comunista , cuja primeira redação era do próprio Engels.

Se o advento do socialismo seria fruto de transição não-revolucionária, ficando implícita a preservação das liberdades democráticas, não haveria de faltar apoio financeiro à Sociedade Fabiana, criada pelo casal Sidney (1859-1947) e Beatrice Webb (1858-1943) e por Bernard Shaw (1856-1950). Aderiram à agremiação H. G. Wells, Leonard Woolf, John Maynard Keynes, Bertrand Russel e vários outros intelectuais do mesmo nível.

Dirigida por figuras de prestígio social e intelectual, a Sociedade não precisava mendigar recursos financeiros. Foram de tal vulto as doações milionárias recebidas, que permitiram ao casal Webb, logo em 1885, criar a London School of Economics and Political Science, que viria a ser uma das instituições de ensino superior de maior renome em todo o mundo.

Com o apoio da Sociedade à fundação do Partido Trabalhista, em 1900, os fabianos passam a fazer política, pois muitos deles eram dirigentes do movimento laborista. Em 1904, os trabalhistas ganham representação no Parlamento e passam a falar em nome de mineiros, ferroviários e trabalhadores de outros setores.

A Sociedade representava uma fonte de idéias para a bancada trabalhista na Câmara dos Comuns, destacando-se entre seus textos, em prol do gradualismo, as propostas sobre o salário mínimo, de 1906, a criação do Serviço Nacional de Saúde, de 1911, e pela abolição das restrições à ascensão social dos filhos de trabalhadores, de 1917. Os socialistas fabianos mantinham posição crítica diante do livre comércio e aderiram ao protecionismo com o objetivo de proteger a economia nacional contra a competição estrangeira.

Principalmente depois que os bolcheviques, a mando de Lênin, fuzilaram a família real e membros da aristocracia da Rússia, em julho de 1918, os governos do Ocidente, em particular os de países sob regime monárquico, passaram a temer a repetição de eventos dessa natureza. Causava profunda impressão nas sociedades ocidentais o noticiário sobre os sete ou oito milhões de órfãos russos, vivendo ao relento, como um dos reflexos da matança de aristocratas, proprietários rurais e burgueses. Nos sete decênios do regime comunista, a execução da família real era assunto proibido na extinta União Soviética. Finalmente, em 1998, o presidente Boris Ieltsin encerrou parte desse drama, ao presidir a cerimônia de translado dos restos mortais de Nicolau II, da esposa, três filhas e quatro empregados, da cidade de Sverdlovsk, nos Urais, para sepultamento no jazigo da família em São Petersburgo.

É provável que nas décadas de 20 e 30 do século passado, a severa repressão soviética ao capitalismo e às camadas sociais russas que a ele estivessem ligadas, tenha causado funda impressão nas esferas superiores da sociedade britânica. Era, portanto, plenamente justificado o consentimento dado ao proselitismo sobre a transição pacífica da economia liberal para o governo socialista.

Os fatos demonstravam que as classes dirigentes davam seu consentimento ao proselitismo sobre a transição pacífica da economia liberal para o governo socialista. Bastaria lembrar que os fabianos eram membros da aristocracia. Sidney Webb veio a ser barão de Passfield, em 1929, e automaticamente membro da Câmara dos Lordes. Depois de viagem à União Soviética, em 1932, o casal Webb regressou entoando louvores ao novo regime (Soviet Communism: a new civilization?). Outro fabiano, feito membro da Câmara dos Lordes, foi William Beveridge, nomeado pelos Webb Reitor da London School of Economics, cargo que manteve de 1919 a 1937. Lorde Beveridge estava fadado a ser o grande pioneiro do socialismo de pós-guerra, com a criação do Sistema Nacional da Saúde, que universalizou
os benefícios da saúde pública e antecedeu o processo de estatização que fez do governo britânico, até a vinda de Margaret Thatcher, um grande gestor ineficiente de empresas deficitárias.

Promovendo a difusão de literatura socialista, só o casal Webb era autor de 22 livros sobre o tema, a Sociedade contribuiu para a promoção de autores socialistas europeus, do século XIX, distinguindo- se os trabalhos de Robert Owen, Proudhon, Saint Simon, Louis Blanc e muitos outros, mas ignorou Karl Marx, o que não significa que não conhecesse em pormenor as obras do autor revolucionário alemão. Bem conhecido dos fabianos e da aristocracia era o prognóstico da “crise geral do capitalismo” feito por Marx, a partir da análise das crises econômicas periódicas, mais ou menos decenais, os chamados ciclos econômicos. Marx datava de 1819 a primeira crise e, durante sua existência, testemunhou uma sucessão desses movimentos cíclicos. Era firme a sua crença na chegada fatal da “crise geral” do sistema, determinando o fim do capitalismo. Os fabianos estavam compenetrados dessa “fatalidade”. Como seres “iluminados” pretendiam cumprir a missão histórica de conduzir os acontecimentos de modo a assegurar a transição pacífica.

Essa história liga-se ao ostracismo e ao ressurgimento triunfal de John Maynard Keynes. No Natal de 1919, a publicação de As Conseqüências Econômicas da Paz, colocou o professor de Economia de Cambridge entre as figuras políticas de maior projeção da Grã-Bretanha. Mas a súbita projeção logo se seguiria à sua exclusão dos círculos oficiais como autor de um ato que seria considerado de traição nacional. Keynes havia sido o terceiro membro da delegação britânica à Conferência da Paz, chefiada pelo poderoso primeiro-ministro Lloyd George, depois de ter prestado valioso serviço público ao governo de Sua Majestade, onde se distinguira por suma competência como conselheiro do Tesouro.

Anos antes de seu ataque aos termos do Tratado de Paz, Vladimir Ilich Ulyanov Lênin, exilado na Suíça, fez, em 1914, o prognóstico de que John Maynard estava fadado a se destacar como um dos intelectuais de maior prestígio do mundo ocidental. A confirmação plena do prognóstico de Lênin coube a um dos biógrafos da eminência de Cambridge, quando tentou descrever uma cena histórica: “Lembro-me da densa multidão e da luta para se encontrar na sala até um lugar onde ficar de pé, pois todo mundo queria ouvir Keynes.” Das palestras desses dias nasceu o livro As Conseqüências Econômicas da Paz, publicado em fins de dezembro de 1919, com a severíssima crítica de Keynes ao Tratado de Versailhes.

O reverso da medalha apareceria sob a forma de um editorial de The Times, de 5 de janeiro de 1920, acusando Keynes de estar prestando serviço aos inimigos dos Aliados. Era a mensagem de que John Maynard deixara de ser persona grata da aristocracia. Ele se afastaria ainda mais do poder, ao publicar, em 1926, As Conseqüências Econômicas de Mr. Churchill, em um ousado ataque à política econômica do então primeiro-ministro.

Em 1922, com 39 anos de idade, já excluído dos centros do poder, enamorara-se da bailarina russa Lydia Lupokova, do ballet de Diaghlev, em Paris, e a trouxe para Londres, instalando-a, inicialmente, no segundo andar do prédio onde ocupava o quinto. Em agosto de 1925, celebra casamento com Lydia, fazendo do ato um acontecimento badalado em toda a Europa. Tinha bastante dinheiro para esses luxos. Operando na Bolsa, enriquecia facilmente a si e às instituições acadêmicas e artísticas às quais estava ligado.

Em fins daquele ano, Lydia o induz a uma visita a Moscou. A Rússia avançava na reconstrução de sua economia, destruída pela guerra e pela intervenção militar estrangeira. Em 1928, na segunda visita do casal à capital dos Soviets, Keynes assiste ao lançamento do Primeiro Plano Qüinqüenal de Stalin, de 1929 a 1934, cumprido com antecedência de um ano. Em Moscou, Lydia tinha muito prestígio no mundo das artes e Keynes já era conhecido como intelectual de prestígio. Estabelecidos os meios de contato, ele passou a receber documentação regular sobre a execução do Plano.

Nos primeiros anos de 1930, enquanto as economias do Ocidente soçobravam no desemprego, o Plano de Stalin tinha como característica principal, aos olhos de Keynes, o pleno emprego. Era acentuada a escassez de mão-de-obra na Rússia Soviética. O filósofo de Cambridge extraíra do plano de desenvolvimento soviético a lição de que, para contornar as crises cíclicas do capitalismo, a solução estava no investimento público em todos os setores. Vale relembrar, a propósito, o conhecimento generalizado da tese de Marx sobre as crises econômicas periódicas e a “fatalidade” da crise geral do capitalismo.

As classes dirigentes britânicas, que conviviam cordialmente com os membros da Sociedade Fabiana e com suas teses sobre o gradualismo reformista, ficaram alarmadas diante do aprofundamento e duração da crise iniciada em outubro de 1929. A crise econômica agravara-se em 1932, quando 35% dos mineiros, 48% dos metalúrgicos e 62% dos trabalhadores em estaleiros estavam desempregados. Esgotaram-se os fundos de assistência social e a partir de 1932 os benefícios pagos aos desempregados foram reduzidos. Com a Lei do Desemprego, de 1934, o governo britânico restabeleceu os níveis dos benefícios vigentes em 1931 e criou os Conselhos de Assistência ao Desemprego. Nas chamadas áreas de forte depressão, foi instaurado um sistema de concessão permitindo aos empregadores o pagamento de menos impostos quando criados empregos nas indústrias deprimidas, inclusive de tecidos, aço e construção naval.

O clima era altamente favorável a John Maynard Keynes, reintegrado nos círculos oficiais após a publicação, em 1936, da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. O pavor da “crise geral” marxista deu causa a um apelo dramático da aristocracia a Keynes: “Salve-nos!”

Ansioso por voltar a ser parte integrante do mundo oficial, Keynes atendeu ao apelo das classes dirigentes e foi amplamente recompensado com homenagens que o elevaram à Câmara dos Lordes. Em 1944, em Livro Branco, o governo britânico consagrou o keynesianismo como doutrina oficial, sacramentando a política de crescimento econômico pela via do investimento estatizante.

artigo aqui

A execução orçamental está a cheirar mal



Que a receita está pior em 2013 do que em 2012 já ninguém estranha..

Mas que a despesa tenha subido 700 milhões no mesmo período é que a coisa já não bate com o que nos têm dito. As transferências correntes encarregam-se deste aumento (+ 504 milhões)

Face a 2012, o défice já vai com uma desvantagem de 700 milhões de euros.

Mesmo com com tanta austeridade, não se consegue baixar a despesa total.
Corta-se despesa aqui (despesa corrente primária), para aparecer logo de seguida ali (despesa da SS) e também acolá (juros)

Tiago Mestre

sábado, 23 de março de 2013

Alguém que me explique sff?

Algum dos leitores me tenha a amabilidade de explicar a contradição que vai na minha cabeça? 

Seguro garante opôr-se totalmente à política da austeridade do "custe o que custar". Depois Seguro afirma que, mesmo que fosse primeiro-ministro (tenham piedade!), teria de praticar algumas medidas difíceis. Seguro diz que a receita da austeridade falhou em toda a linha. No entanto, não propõe outras áreas onde cortar nem nega a inevitabilidade de cortar despesa pública. Seguro acusa governo de excluir o PS das negociações com a troika. Governo propõe debate com PS sobre reforma do Estado e este foge com o rabinho entre as pernas. PS vota contra moção de censura proposta pelo PCP. A seguir PS anuncia que vai apresentar uma moção de censura ao governo. O deputado José Junqueiro afirma que moção de censura é contra a troika. Pois bem, Seguro envia carta à troika, dizendo que ainda assim honrará os compromissos assumidos. 

Será que isto é um espetáculo de humor e eu nem sequer me lembro de ter pago bilhete? 

É de mim ou AJS é bipolar? 

Ou a síndrome do socialismo é mesmo assim?


Não há fome que não dê fartura


Chipre: depósitos vão mesmo pagar taxa de 20%

Depósitos acima de 100 mil euros serão taxados a 20% no Banco de Chipre e a 4% em todos os restantes

notícia aqui





O bom, o mau e o vilão

O bom 

O mau 


O Vilão


no Jornal I


sexta-feira, 22 de março de 2013

Diz o Seguro...

"Só há uma pessoa neste país que considera um erro aumentar o salário mínimo nacional: o primeiro-ministro".

Seguro, não me estás a ver? Estou aqui! Esqueceste-te de mim? 

Capital Controls

Tiago Mestre

Austeridade: remédio ou veneno

A diferença entre um remédio e um veneno está na dose.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Eh pá, é complicado.

Este é o problema dos alemães, holandeses e outros enregelados que querem que Chipre bronzeado e cool pague e sofra:



É sempre bom perceber de que lado da barricada é que nós estamos..

Tiago Mestre

Holiday, It's a Bank Holiday (Parte 2)

Via Business Insider








Tiago Mestre

Vale e Azevedo vai ter programa de comentário desportivo na Benfica TV!

Vale e Azevedo vai ter programa de comentário desportivo na Benfica TV!

É a grande noticia do dia e já está a ter efeitos secundários: o retorno do primeiro-ministro que mandou o país à bancarrota para ter um programa de comentário político na RTP fez com que a Benfica TV decidisse convidar Vale e Azevedo, que quase transformou o Benfica numa espécie de Chipre sem o apoio dos russos, para um programa de comentário desportivo.



in Inimigo Público

É só escolher

Alguns bancos já andam por aí novamente em força a ligar aos clientes com a seguinte mensagem (resumida):

- pessoal, automóvel ou habitação, é só escolher...


Consequências inesperadas/indesejadas

Escrevi aqui no Sábado passado, logo após a decisão histórica do Eurogrupo, que ficaria à espera para ver a capacidade dos políticos europeus em comprar tempo, face à monumentalidade da decisão que tomaram e das consequências imprevistas/indesejadas que poderiam daí advir.

Eu, que fui um pessimista em relação à capacidade destes em controlar o problema das dívidas soberanas em 2011/2012, reconheci que me enganei. A compra de tempo que estes conseguiram fazer é digna de se lhe tirar o chapéu. Várias vezes o afirmei aqui.

Mas desde que a decisão sobre Chipre foi tomada no sábado, parece que a arte em comprar tempo começa a escassear nos corredores de Bruxelas:

- O parlamento cipriota chumbou a proposta (nenhum voto a favor ! Aauchh)
- Os bancos eram para abrir ontem, e pelos vistos irão continuar fechados sabe-se lá até quando. (Eis o controlo de capitais em todo o seu esplendor)
- O pessoal continua a retirar dinheiro das Caixas Multibanco, mas até aí parece que a fartura já foi maior.
- Os Russos, como têm muito a perder, entraram na jogada para ver o que pode ser feito, mas duvido que queiram alguma coisa dos bancos, exceptuando os seus depósitos. Não acredito que queiram comprar bancos já falidos, e que muito mais falidos ficarão face a toda esta drenagem de depósitos para debaixo do colchão.
- Comerciantes locais começam a rejeitar pagamentos em cartão com receio que depois não consigam converter esse "dinheiro" em dinheiro.
- A Igreja Ortodoxa meteu-se ao barulho, oferecendo os seus bens como garantia ao governo cipriota, caso este necessite de emitir obrigações para resgatar os bancos. Fez-me lembrar logo o papa Francisco com os seus votos de pobreza. Só falta agora aplicá-los à sua igreja e doar todo o seu espólio aos "pobres".

Estas são as consequências imprevistas e também indesejadas que nem Merkel, nem Schäuble, nem Barroso, nem Von Rompuy, nem Cristina Lagarde (ui, que peça!) nem o chavalinho holandês das Finanças com um nome complicado, nem Gaspar se aperceberam que poderiam ocorrer, ali por volta das 5 da manhã de Sábado.
Agora, parece que o tempo corre contra eles.

Em Chipre procuram-se alternativas de financiamento à própria UE, e se tal acontecer sem se mexerem nos depósitos, podemos contar com mais um prego no caixão da cleptocracia autocrática de Bruxelas.

Tiago Mestre

Holiday, It's a Bank Holiday

Tenho que reconhecer a coragem de quem arrisca a tentar adivinhar o futuro com base na história e na análise do presente, correndo o risco de falhar rotundamente e ser motivo de chacota pública.

Gearald Celente, no seu estilo inconfundível, é daquelas pessoas que se está nas tintas para as consequências daquilo que diz, e como fala do futuro com uma certa dose de veracidade, aqui fica a minha homenagem:


Tiago Mestre

A visão czarina II


(tradução google)



Crise em Chipre mostra colapso do Ocidente

 
Crise em Chipre mostra colapso do Ocidente.  49682.jpeg






Em 2014, todos os países da UE vão realizar eleições parlamentares que podem ser ganhas pelos adversários da integração europeia. As recentes medidas da UE para estabilizar a situação no Chipre mostrou que os fundamentos da ideologia do mundo ocidental com base nas crenças católicas e protestantes têm sido minados. O Ocidente está tentando explicar suas decisões apressadas com a pressão da Federação Russa. Após a cúpula em Bruxelas ter aprovado um plano de "resgate" (fornecendo uma parcela de 10 bilhões de euros em troca da retirada de 10 por cento de todos os depósitos no país), ficou claro que este foi o começo do fim para a Europa unida. A base de qualquer ideologia de Estado é a religião. As medidas minaram a confiança na noção de sagrado para os católicos e protestantes - a inviolabilidade da propriedade privada. A expropriação é uma medida completamente estranho para a mentalidade ocidental e pode levar a uma instabilidade social. Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro do Luxemburgo e ex-presidente do Eurogrupo (o clube de ministros das Finanças da zona euro), disse que, no contexto de recessão e aumento do desemprego, ele não descartou o risco de uma rebelião social.
A medida até agora foi implementado apenas em Ortodoxa de Chipre (a Ortodoxia, ao contrário do catolicismo, encoraja o compartilhamento e vê o caminho para a salvação da pobreza). No entanto, as pessoas em muitos países começaram a se preocupar, mesmo em os EUA, como a prática pode tornar-se universal, em particular nos países que pediram ajuda da UE, ou seja, Espanha, Irlanda, Portugal e Itália.
A União Europeia decidiu limpar o ar, utilizando o velho mecanismo de culpar a Rússia, que supostamente é a mais afetada pelas medidas propostas. Raúl Ilargi Meijer da Business Insider especula que, com 37 por cento dos depósitos em Chipre, os russos pressionaram fortemente os políticos europeus a tomar esta decisão populista - para punir os responsáveis, o que fez os europeus negligenciar as consequências. Gavin Hewitt da BBC concordou, dizendo que os alemães suspeitavam que metade dos depósitos nos bancos da ilha pertencia aos russos, e esses depósitos são feitos por lavagem de dinheiro. Portanto, de acordo com Hewitt, os alemães não querem continuar a salvar Chipre, dando-lhe dinheiro. A declaração do ministro das Finanças da Rússia Anton Siluyanov que em troca da extensão do crédito para Chipre (EUR 5.000 milhões) Rússia pode obrigá-la a fornecer todos os dados sobre os proprietários russos do capital da ilha só adicionou combustível o fogo.Enquanto isso, a Forbes revista já traçaram paralelos com a Grande Depressão nos Estados Unidos, que não teria sido destrutivo que se o Federal Reserve absteve-se de uma medida similar. A revista escreveu que Chipre acabou com as garantias dos depósitos bancários e de proteção removido fuga de capitais, o que pode resultar em uma cascata de falências. Na verdade, independentemente do que a Comissão Europeia diz, as pessoas ficaram alarmadas e começou a retirar ou transferir seus investimentos para outras moedas e países. O euro está a cair em valor em relação às moedas nacionais e do dólar. revista britânica The Economist chamou este absurdo não só, mas uma catástrofe e disse que a decisão foi injusta, míope e auto-destrutivo. A injustiça está no fato de que a medida afetou depositantes normais, enquanto os detentores de obrigações de dívida não foram afetados, escreveu a revista. A medida é chamada de visão curta, porque isso levaria a riscos e fuga de capitais. Além disso, essas medidas minar a credibilidade política do programa de recuperação, sob os auspícios da UE. Reuters agência escreveu que o governo cipriota seriam forçados a violar uma de suas promessas mais importantes - uma promessa de que as contribuições no âmbito 100.000 € seria seguro.

Acontece que a Rússia começou a lutar contra a corrupção e "descida" da Europa. Infelizmente, a UE está caindo aos pedaços, sem a participação russa. Não há unidade em qualquer lugar, incluindo a política.Além da oposição do "Norte trabalhador" e "South preguiçoso e irresponsável", há outros conflitos, como os países credores contra os países devedores, bem como as contradições entre os líderes. Alemanha é acusado de usurpar o poder, o Reino Unido levantou a questão da retirada da UE, ea França está unilateralmente o envio de tropas para o Mali e vai fornecer armas para os terroristas sírios. Não há paz e tranquilidade a nível nacional também. Nacionalistas tornou-se ativo em todas as direções, de extrema esquerda para a direita extrema. Em Portugal, os manifestantes estão cantando hino revolucionário "Grândola," a Espanha é a divisão diante de nossos olhos arrancados por movimentos separatistas, na Grécia os nazistas surgiram no Parlamento, e na França a extrema-direita "Frente Nacional" de Marine Le Pen está ativando . Na Itália nas eleições parlamentares de um "palhaço príncipe" comediante Beppe Grillo garantiu 25 por cento de votos sensacional. Na Alemanha, um novo partido "Alternativa para a Alemanha" foi criado para que as chamadas a dissolução da zona do euro e da criação de alianças com pequenos "alguns países com economias saudáveis", ou seja, Áustria, Finlândia e Holanda.
Fundada com base no confronto ideológico com a União Soviética, a União Europeia criou um sistema de proteção social que o povo soviético não podia sequer sonhar. Os benefícios incluem a pensão média de 600 euros, no final do ano e bônus de Natal, pagamento de desemprego quase iguais ao salário e seguro médico grande. Mas essas garantias foram baseadas não no crescimento da renda do setor real, mas os fundos especulativos do setor bancário. A crise de 2008 fez com que o modelo econômico neoliberal ao colapso. A população da Europa não quer viver como uma família por mais tempo. O "estado do bem-estar" termo desapareceu do vocabulário dos políticos. ZDF canal informou que cerca de metade dos alemães acreditam que seu país estaria melhor sem o euro. Em outros países, esse percentual é muito maior. Em Espanha, por exemplo, é de 75 por cento, em Portugal - 68, de acordo com o Eurobarómetro.
A eleição do Papa Francisco, que falou da Igreja Católica como a Igreja dos pobres, negando, na realidade, a riqueza enquanto virtude, mostra que a crise no ocidente avançou das esferas económica e política para as religiosa e ideológica. Os seus líderes e as suas elites enfrentam um dilema - ou mudam o modelo de distribuição de riqueza e o fardo das dificuldades, ou serão destruídos.
notícia aqui