Redistribuição que, além de mais poder para o Estado, visa a compra do consentimento das maiorias que, ingenuamente, se julgam beneficiadas.
O engano das massas chega ao ponto de, paradoxalmente, o tão criticado neoliberalismo não ser o liberal, mas o da social-democracia.
Acresce que a conversão da direita ao estatismo e a sua contaminação pelo politicamente correcto ajudaram a agravar a crise, talvez teminal, de uma social-democracia que foi tornando insustentável o Estado fiscal-social(ista) de Bem-estar (dos políticos).
Poderíamos dizer, corrigindo a profecia de Schumpeter sobre o fim do capitalismo, que a social-democracia foi vítima do seu êxito.
Absorvendo de tal modo as populações e as classes dirigentes na sua rede de interesses que a situação parece já não ter saída.
Até que ponto a problemática dos refugiados e dos atentados não será só mais um sintoma de um processo de desintegração e decadência – económica, demográfica e cultural – da União Europeia, que poderá conduzir a uma situação pré-revolucionária?»
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