sexta-feira, 8 de abril de 2016

Ainda o Estado Maternal Social-Democrata

 «Longe vai o tempo (1919) em que Schumpeter se queixava de que o Estado absorvia mais de 5% do PIB. Agora faz-se jus a um capitalismo de Estado social-democrata que, graças ao bom uso da democracia como religião civil e máquina redistribuidora da riqueza e do rendimento, virou ideologia dominante. 

Redistribuição que, além de mais poder para o Estado, visa a compra do consentimento das maiorias que, ingenuamente, se julgam beneficiadas. 

O engano das massas chega ao ponto de, paradoxalmente, o tão criticado neoliberalismo não ser o liberal, mas o da social-democracia.

Acresce que a conversão da direita ao estatismo e a sua contaminação pelo politicamente correcto ajudaram a agravar a crise, talvez teminal, de uma social-democracia que foi tornando insustentável o Estado fiscal-social(ista) de Bem-estar (dos políticos). 
Poderíamos dizer, corrigindo a profecia de Schumpeter sobre o fim do capitalismo, que a social-democracia foi vítima do seu êxito. 

Absorvendo de tal modo as populações e as classes dirigentes na sua rede de interesses que a situação parece já não ter saída. 
Até que ponto a problemática dos refugiados e dos atentados não será só mais um sintoma de um processo de desintegração e decadência – económica, demográfica e cultural – da União Europeia, que poderá conduzir a uma situação pré-revolucionária?»


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