Plínio Salgado e António de Oliveira Salazar.
“[António de Oliveira Salazar] exerceu a Pasta das Finanças, saneando a Nação portuguesa dos males que a decompunham. Posteriormente elevado a Presidente do Conselho, executou uma grande política. Realizou a síntese dos pensamentos expostos pelos que estudavam a situação europeia; uniu a tradição ao progresso; despertou a alma da Nação; deu um objectivo à juventude. Homem do século, não era unilateral na apreciação dos problemas nacionais.
(...) Era um homem de larga visão. Na política exterior, granjeou um prestígio enorme para Portugal, a começar pelo prestígio financeiro, fazendo do escudo a terceira moeda forte da Europa. Nos casos internacionais, nunca agiu seguindo interesses do momento, mas segundo a doutrina que esposava. Foi respeitado entre todos os povos.
(...) Era um desses homens raros, que aparecem de tempos em tempos entre os povos.
(...) Se podemos dele divergir neste ou naquele ponto, não podemos negar que desapareceu há poucos dias a figura do MAIOR ESTADISTA DA EUROPA CONTEMPORÂNEA”.
– PLÍNIO SALGADO [“Oliveira Salazar”, discurso proferido na Câmara dos Deputados, em Brasília, em 5 de agosto de 1970, in “Perfis parlamentares – 18 (Plínio Salgado)”, Sel. e introdução de Gumercindo Rocha Dorea, Brasília, Câmara dos Deputados, 1982, pp. 776-777].
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