“Em uma democracia, os inúmeros esforços, os discursos, intrigas e conversas, as incessantes palmadas nas costas necessários a galgar uma posição de liderança consomem tamanho tempo e energia, que o conhecimento real, absolutamente essencial ao estadista (em oposição às qualificações de um mero político), raramente é adquirido.” Erik von Kuehnelt-Leddihn Erik Maria Ritter von Kuehnelt-Leddihn (31 de julho de 1909 — 26 de Maio de 1999) foi um intelectual austríacocatólico e aristocrata. Descreveu-se a si mesmo como extremamente conservador e arqui-liberal; ou, para ser mais exacto, defendeu a monarquia contra aquilo que designava como o totalitarismo da decisão da maioria que ademocracia representava. Os seus primeiros livros, "A ameaça da multidão" (Menace of the Herd, em inglês) e "Liberdade e Igualdade" foram muito influentes no movimento convervador dos Estados Unidos. Era poliglota, capaz de falar oito línguas diferentes e de ler outras onze.1 Os seus textos mais comentados foram publicados na revista norte-americana conservadora National Review, onde foi colunista por 35 anos. Trabalhou ainda do Acton Institute.2 and was an adjunct scholar of the Ludwig von Mises Institute.
Este quadro foi vendido há poucos dias num leilão em NY por 46,5 milhões de dólares. O seu título é completamente inesperado, nem mais nem menos do que "Amarelo e Azul" e o seu autor foi Mark Rothko. Este pintor, que se suicidou em 1970, tinha Friedrich Nietzsche como fonte de inspiração, um filósofo que também não acabou a vida da melhor forma.
O objectivo da arte é levar-nos mais longe. O artista é aquele que, ao pôr em prática o dom que recebeu, nos faz transcender este mundo. Através da beleza, desconfiamos que somos mais do que somos. Percebemos que fomos feitos para mais do que isto, que fomos feitos para o Infinito.
Pelo menos desde o famoso urinol de Marcel Duchamp, a arte tem sido feita de banalidades, usando a desculpa que são coisas da nossa vida quotidiana. Mas a arte não é banal, porque se for não cumpre o seu propósito. Ser artista não é banal, porque se fosse todos o seríamos.
O niilismo de Nietzsche, que inspirou esta "obra de arte", e tantas que foram produzidas no último século, é um beco sem saída. Como oposição ao cristianismo, é propriamente a negação da esperança. É a exaltação do pessimismo, que só dura até certo ponto porque quem insistir em percorrer esse caminho normalmente não acaba bem.
Precisamos de artistas que nos elevem, que nos façam lembrar que fomos feitos para grandes coisas. Precisamos de artistas que em vez de fazerem obras para exaltar o nada que as façam para exaltar o Tudo. Precisamos de artistas que em vez do banal e do feio nos mostrem o Belo.
Já agora quero deixar o recado para o comprador deste quadro: Tenho lá em casa umas aguarelas que fiz quando andava no jardim de infância, e que são capazes de valer qualquer coisinha. A licitação começa em 1 milhão.
"Esta democracia é uma sociedade de proprietários que apenas visa defendê-los dos que nada têm".
Leon Tolstoi
A democracia isola e descaracteriza o indivíduo, dá ao Estado poderes para além daqueles que lhe estão destinados, mas naquilo em que o Estado devia ser rei, a democracia priva-o de força, de energia e inclusivamente da existência.
O voto só pode ter a sua eficácia se for praticado num grupo humano comunitário onde todos se conhecem e que não pode ser senão limitado.
O voto isolado, o voto solto, o voto universal inorgânico é contrário à natureza do homem pensante, pois deixa a sorte dos resultados à mercê da casualidade. O voto corporativo, por grémios, por profissões, por classes e por organismos, cada qual com o seu ser, os seus interesses, as suas aspirações, é um voto lógico porque para além de natural, resulta da natureza da sociedade que é um conjunto de grupos sociais com causas e efeitos próprios.
É exactamente por respeito às verdadeiras e reais liberdades e ao povo que não podemos aceitar qualquer forma de liberalismo e o tipo de democracia que nos foi impingida pela Revolução Francesa.
O presidente da França, François Hollande, se encontra com Fidel Castro em Havana. (Foto: Alex Castro / AP Photo) Globo
A desgraça anunciada dos vassalos europeus de Washington
“...unless the dollar and with it US power collapses or Europe finds the courage to break with Washington and to pursue an independent foreign policy, saying good-bye to NATO, nuclear war is our likely future.” — Paul Craig Roberts
Se há personagem caricata na política europeia, Hollande é certamente a mais deprimente. Só depois de Obama ter anunciado o desmantelamento progressivo do cerco que há mais de meio século os Estados Unidos mantém contra Cuba é que o presidente francês, representante do estado terminal do 'socialismo' europeu, teve a brilhante iniciativa de visitar Cuba. Ou seja, a Europa continua a ser uma mão cheia de estados vassalos do falido e declinante império americano.
Entretanto, a ocorrência mais importante da semana passada foi a resposta dada pela Rússia e pela China ao expansionismo provocatório e belicista dos Estados Unidos e da sua cauda militarista, a NATO, de que faz parte uma mão cheia de estados sem espinha dorsal, a começar pela França.
Washington tem feito tudo para montar um cenário de guerra global. Russos e chineses concluíram que esta inércia belicista está a rolar a toda a velocidade, e preparam-se para o pior: uma guerra nuclear.
Quem mais sofreu e quem realmente venceu a Alemanha nazi e o Japão?
Ao contrário do que reza a mentira americana e inglesa, foram a ex-União Soviética e a China. Hoje estes dois grandes países estão unidos numa nova aliança estratégica contra a ameaça americana, cada vez mais provocatória e belicista, e que tem arrastado na sua cauda os vassalos imbecis e sem vergonha da Europa.
Ex-URSS e China pagaram a mais pesada fatura da II Guerra Mundial
EXCERTOS:
Wolfowitz Doctrine:
“Our first objective is to prevent the re-emergence of a new rival, either on the territory of the former Soviet Union or elsewhere, that poses a threat on the order of that posed formerly by the Soviet Union. This is a dominant consideration underlying the new regional defense strategy and requires that we endeavor to prevent any hostile power from dominating a region whose resources would, under consolidated control, be sufficient to generate global power.”
...
When Russia blocked the Obama regime’s planned invasion of Syria and intended bombing of Iran, the neoconservatives realized that while they had been preoccupied with their wars in the Middle East and Africa for a decade, Putin had restored the Russian economy and military.
The first objective of the Wolfowitz doctrine–to prevent the re-emergence of a new rival–had been breached. Here was Russia telling the US “No.” The British Parliament joined in by vetoing UK participation in a US invasion of Syria. The Uni-Power status was shaken.
This redirected the attention of the neoconservatives from the Middle East to Russia. Over the previous decade Washington had invested $5 billion in financing up-and-coming politicians in Ukraine and non-governmental organizations that could be sent into the streets in protests.
When the president of Ukraine did a cost-benefit analysis of the proposed association of Ukraine with the EU, he saw that it didn’t pay and rejected it. At that point Washington called the NGOs into the streets. The neo-nazis added the violence and the government unprepared for violence collapsed.
Victoria Nuland and Geoffrey Pyatt chose the new Ukrainian government and established a vassal regime in Ukraine.
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The real reason for Quantitative Easing is to support the banks’ balance sheets. However, the official reason is to stimulate the economy and sustain economic recovery. The only sign of recovery is real GDP which shows up as positive only because the deflator is understated.
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[o novo protecionismo, interessante...]
To restore the economy requires that offshoring be reversed and the jobs brought back to the US. This could be done by changing the way corporations are taxed. The tax rate on corporate profit could be determined by the geographic location at which corporations add value to the products that they market in the US. If the goods and services are produced offshore, the tax rate would be high. If the goods and services are produced domestically, the tax rate could be low. The tax rates could be set to offset the lower costs of producing abroad.
e...
...unless the dollar and with it US power collapses or Europe finds the courage to break with Washington and to pursue an independent foreign policy, saying good-bye to NATO, nuclear war is our likely future.
Washington’s aggression and blatant propaganda have convinced Russia and China that Washington intends war, and this realization has drawn the two countries into a strategic alliance. Russia’s May 9 Victory Day celebration of the defeat of Hitler is a historical turning point. Western governments boycotted the celebration, and the Chinese were there in their place. For the first time Chinese soldiers marched in the parade with Russian soldiers, and the president of China sat next to the president of Russia.
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As the years have passed without Washington hearing, Russia and China have finally realized that their choice is vassalage or war. Had there been any intelligent, qualified people in the National Security Council, the State Department, or the Pentagon, Washington would have been warned away from the neocon policy of sowing distrust. But with only neocon hubris present in the government, Washington made the mistake that could be fateful for humanity.
Marcharam ontem frente ao Kremlin dezasseis mil soldados russos, russos brancos, arménios, azeris, cazaques, tajiques, mongóis, chineses, sérvios, quirguizes e indianos. Terão ficado elucidados os lacaios do império quanto à validade do banimento diplomático imposto à Rússia, afinal capaz de convocar e mobilizar dezenas de chefes de Estado e governo com um estalo de dedos. Ladeando Putin, em pleno coração da tal Rússia solitária, estavam representantes de países que, se considerados no seu conjunto, constituem uma larga maioria da população mundial. Que cesse, pois, toda a conversa referente ao “isolamento” russo. Como se vê, a Rússia só está sozinha para quem julga, cinco centúrias sobre Magalhães e Elcano, que o mundo começa em Los Angeles e termina em Varsóvia.
Mas mais fez Putin, cujo discurso de ontem recordou americanos e europeus de quem venceu, afinal, a Alemanha de Hitler. Mais que uma impressionante manifestação de força pela Rússia, nação material e espiritualmente ressurgida, a Parada da Vitória serviu para vindicar a memória dos trinta milhões de cidadãos soviéticos que a Grande Guerra Patriótica devorou. Como bem recordou o Presidente russo, soçobraram 72 habitantes da URSS por cada americano morto na Europa e no Pacífico. Se a URSS tomou seis capitais do Eixo, os Aliados ocidentais não entraram em nenhuma; sensivelmente 78% dos soldados alemães mortos durante o conflito sucumbiram em combate com forças russas. Conversados ficamos, pois, quanto a quem venceu a Segunda Grande Guerra - apreciem-no ou não os embusteiros de serviço.
«É curioso o interesse e o sentimento com que quase todos os habitantes desta freguesia, grandes e pequenos, têm em colocar as maias nas suas casas, em todas as portas, janelas e até nos quintais, sementeiras e aidos de gado e capoeiras. Diz a crença popular que as maias, isto é, flores de giesta, colocadas nas habitações, significam os sinais postos ao longo do caminho para que Nossa Senhora não se enganasse, aquando da sua fuga para o Egipto com o Menino Deus. Diz mais: na casa que não tenha maias colocadas ao entrar o mês de Maio, o Diabo sujará tudo, além de outros estragos. Antigamente cantavam-se as Maias como ainda hoje se cantam as Janeiras. Diz Teófilo Braga, em Epopeias dos Povos Moçárabes, que este velhíssimo costume é o que resta do antiquíssimo culto do Odin (festa nocturna dos espíritos) dos povos do Norte, que Carlos Magno e os concílios católicos abafaram. O povo, porém, conservou vestígios desse antiquíssimo culto do paganismo.»
Joaquim Neves dos Santos em Guifões: notas Arqueológicas, Históricas e Etnográficas.
Gravura alusiva à Festa das Maias.
Disseminada por praticamente todo o território nacional, a velha tradição das maias parece milagrosamente resistir aos ventos do mundo moderno, mesmo no coração dos maiores centros urbanos de Portugal, num raro exemplo perenidade, revelando de que modo um traço cultural e espiritual primordial se pode perpetuar no inconsciente colectivo de um povo.
A origem desde arcano costume perde-se nos alvores da História de um Extremo Ocidente pré-Portugal de costumes bárbaros. Como tantas outras festividades ou celebrações pagãs integradas no nosso imaginário imaterial e espiritual, a Festa das Maias assume variadíssimas formas, demonstrando uma heterogeneidade notável na nossa vivência do mito. Ligadas a cultos ancestrais de fertilidade, as maias, giestas bravas de cor amarelada que abundam sobretudo durante a primavera, foram posteriormente assimiladas pelo cristianismo, graças à virtude da heterodoxia espiritual do Homem Português.
Vemos por isso, na primeira madrugada de Maio, penduradas nas portas e janelas das casas e automóveis as tão famosas plantas, símbolo de favoráveis e fecundos auspícios, mas sobretudo de protecção.