terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O Ocidente

Há que voltar a página: para quando a Primavera Europeia?
Creio que muitos só se terão recentemente dado conta que o Ocidente vive não só em ambiente de hostilidade patogénica - resultante de um certo modelo económico - mas igualmente exposto a vírus mentais e cognitivos, dos quais resulta a incapacidade de responder à tremenda crise contemporânea.
Ora, todos fomos trabalhados e preparados para aceitar de ânimo leve que o tempo do Estado-nação havia terminado, que a cidadania europeia era o futuro patriotismo, que a globalização era uma tendência irrefreável, que as culturas nacionais estavam a dar lugar a uma nova civilização global polarizada em torno do mercado planetarizado e dos chamados "direitos do homem". 
Os últimos anos foram suficientemente expressivos para demonstrar que essa engenharia que trocava o certo e o histórico pelo incerto e por um certo messianismo cosmopolita, não só falhou, como demonstrou a arrogância, a violência e o desprezo dos seus mentores por tudo aquilo que odeiam.
Hoje, já não se trata de saber se devemos persistir teimosamente agarrados a essas mentiras. Trata-se de saber como e quando nos devemos libertar de um jugo que nos roubou décadas e estropiou o futuro das próximas gerações.
MCB

1 comentário:

Voris disse...

"Quando nos devemos libertar de um jugo que nos roubou décadas e estropiou o futuro das próximas gerações"?

Já era para ontem! ;)