A Áustria acaba de eleger um esquerdista como presidente: Alexander Van der Bellen. É uma história que tem tudo para não acabar bem.
Uma frase estampada num cartaz do ex-partido de Van der Bellen produzido em 2007, época em que ele era seu líder, dizia "qualquer um que diga que ama a Áustria é um merda". O Partido Verde da Áustria é conhecido por ser contra a própria existência do país como entidade autónoma e soberana. Outro líder do partido recentemente declarou que "a Áustria é um detestável pedaço de merda e isso não é uma questão subjectiva, é fato".
Van der Bellen e seus ex-correlegionários acreditam que a Europa deveria ser integrada num único grande país, fazendo com que a Áustria e seus vizinhos se tornassem meros estados de uma grande federação, algo como os Estados Unidos da Europa.
O novo presidente é filho de russos e mostra pouca afinidade com o país. Ele é, evidentemente, um defensor ferrenho da imigração em massa de refugiados do Oriente Médio que são chamados por ele de "jovens e inteligentes trabalhadores".
É para estes radicais do Partido Verde austríaco que toda a imprensa ocidental torceu como louca, jogando seu jogo habitual de chamar de extremista o outro lado. Com o medo despertado pelas posições dos verdes, a resposta de muitos é diminuir o papel do presidente já que a Áustria é parlamentarista, mas é inegável que Van der Bellen terá densidade política e poderá influenciar directamente os rumos do país.
O resultado desta eleição é um país dividido por duas razões realmente preocupantes:
1. Numa eleição com 4,6 milhões de votos, Van der Bellen venceu Norbert Hofer por míseros 31 mil votos. Como 700 mil votos foram enviados pelo correio, há fortes suspeitas de fraude eleitoral envolvendo estes votos, o que tira ainda mais a legitimidade do vencedor.
2. 81% dos austríacos com nível superior votaram em Van der Bellen, enquanto 86% dos trabalhadores sem diploma votaram em Norbert Hofer. Traduzindo: enquanto a elite vota num comunista que quer literalmente acabar com o país e encher seu território de imigrantes do Oriente Médio, o trabalhador médio está aterrorizado com a invasão e em total oposição à elite. A Áustria virou uma panela de pressão.
O mais preocupante é que qualquer partido político na Europa que ouse emitir uma opinião contra a invasão indiscriminada de imigrantes do Oriente Médio é tachado pela imprensa e pela academia de "extrema-direita xenófoba e racista", o que pode indicar um caminho sem volta para a Europa.
Enquanto a imprensa comemora a vitória do seu comunista (A.K.A. "ambientalista") de estimação, a Áustria começa a flertar com a ruptura do tecido social. Quem ainda não conhece a Europa, recomendo que vá logo. Em alguns anos, o velho continente que você conhece dos livros pode virar apenas uma vaga lembrança.
AB
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