terça-feira, 20 de novembro de 2018
Caidos
Caídos por Deus, e pela Pátria, e agora traídos pelo regime imposto pelo Rei Juan Carlos, o “amigo dos socialistas”.
AOM
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
O nacionalismo e as guerras...
Sobre a recente opinião de Macron e Merkel de que a "primeira guerra mundial foi fruto do nacionalismo e que ele deve ser evitado ao máximo":
1- Praticamente todas as guerras da história foram entre nações: as guerras púnicas o foram ( Roma x Cartago ), as guerras médicas idem ( nação grega x império persa ), a guerra da Gália também ( romanos x gauleses ), como a dos cem anos ( França x Inglaterra ), a dos trinta anos ( França, Suécia e reinos do norte da Alemanha x Espanha, reinos do sul da Alemanha ), etc. A luta entre nações é a ordem natural da história.
2- O nacionalismo do século 19 causou a primeira guerra mas não sozinho e nem simplesmente. Para explicá-la podemos remontar à política de equilíbrio europeu do congresso de Viena (1815) que impunha limites a criação de novos estados nacionais, mantendo o status quo do pós guerra napoleónica, que era de divisão do poder mundial entre 4 potências: Áustria, Rússia, Inglaterra e Prússia.
3-Durante a invasão napoleónica vários povos, inspirados nos ideais de liberdade da revolução francesa, passaram a anelar por liberdade para si ante o invasor francês. Mas não uma liberdade abstracta como pensavam os revolucionários franceses e sim uma liberdade concreta; tais povos passaram a se inspirar no romantismo político e no culto a tradição pátria para criar uma via de liberdade, porém desatrelada do ideal de uma república universal. Os nacionalismos do dezanove se pautavam num historicismo romântico e passadista; cada nação tem de se auto-determinar de um modo específico, buscando um espaço de poder próprio; desta forma cada nação deve criar um modelo político pautado em suas tradições nada de solidariedade a ideias abstractos e comuns. Os nacionalismos do dezanove - notadamente da Alemanha unificada e dos povos eslavos do Leste - eram anti 1789, contrários a um ideal universalista.
4- Os impérios e imperialismos que se formaram nesta época são, também, outra causa da guerra: havia basicamente dois impérios de tradição iluminista-universalista que eram França e Inglaterra; ambos haviam dominado a maior parte da África e Ásia no processo do neocolonialismo, levando aos povos asiáticos e africanos as tradições do pensamento liberal, democrático e republicano; havia outros de cunho tradicional, com nobrezas de sangue e com forte influxo da religião em suas constituições político/legais que eram a Áustria-Hungria, um império católico, a Alemanha, um império protestante, o Império Turco Otomano de cunho islâmico e o Império Russo de carácter "ortodoxo". Estes impérios encarnavam universalismos de sentidos diversos aos da Inglaterra ( império do comércio mundial e do capitalismo liberal) e da França (a república universal da igualdade ): os austríacos mantinham a ideia reaccionária da cristandade católica europeia trazendo em seu território povos e nações diversas, além de manter um carácter dinástico com o poder dos Habsburgos cujo direito régio antepunha-se aos direitos dos povos e das nações; a Turquia encarnava o ideal do império islâmico, a Rússia a da "terceira Roma", a Alemanha trazia o pangermanismo e o ideário de uma supremacia racial sobretudo na Europa através de um império do meio, o projecto de Mittel-Europa.
5- Aqui entramos no capitalismo e na segunda revolução industrial: para que estes Estados Nações forjassem seus impérios e seus projectos universais precisavam expandir seus mercados sobretudo numa época que o petróleo virava a matéria prima basilar para a indústria de guerra; ainda havia a questão das crises económicas num tempo de Laissez Faire, que de dez em dez anos afectavam a Europa e obrigavam os Estados Nações a buscar uma saída para o excedente de produção que não era consumido internamente. Aí entram também os grandes bancos judaicos internacionais como financiadores de uma forte corrida armamentista entre as nações. O capitalismo industrial e financeiro vai forçar os Estados a buscarem novas alternativas de investimento na Ásia e África para dinamizarem suas economias e poderem dar seguimento a seus projectos universais.
6- A Alemanha, nisso tudo, era o "jogador" mais ousado, buscando decisivamente mudar o status quo do Congresso de Viena e rivalizando pelo domínio mundial com os ingleses. Seu investimento pesado em indústria bélica, marinha de guerra e indústria química, além de forçar a uma nova divisão da África no congresso de Berlim a fim de obter colónias, como o projecto de uma ferrovia Berlim-Bagdad, ligando o país a fontes de petróleo, tem a ver com isto. Este jogo pesado alemão fez que ao fim do século dezanove já tivéssemos um clima de guerra no ar em plena "belle époque": alianças militares foram formadas ( a entente sob liderança inglesa e a tríplice aliança sob comando alemão ), questões territoriais se agravaram dentro da Áustria ( Caso da Bósnia que queria unir-se a Sérvia formando uma grande nação eslava nos Balcãs, sob a sombra russa ), no Bósforo ( Disputas entre os russos e os turcos pelo acesso ao mediterrâneo ) assim como na África ( A questão do Marrocos entre França e Alemanha ), preparando o caminho da guerra.
7- A mobilização russa contra a Áustria, mais que o atentado em Sarajevo, foi o estopim da guerra pois fez os alemães se mobilizarem também. Depois sabemos o que houve. A guerra foi basicamente entre a entente - cujo projecto universal encarnava o ideal burguês da revolução francesa, inglesa e americana, o republicanismo liberal iluminista - e a tríplice aliança - que com Alemanha e Áustria, sobretudo, e precariamente a Itália, que tinha uma nobreza maçónica tendente ao burguesismo, encarnava um modelo aristocrático oposto ao modelo burguês predominante da entente ( apesar da presença da Rússia czarista que se filia a entente mais por razões estratégicas que ideológicas ). A entrada dos EUA no lugar da Rússia em 1917, ao lado da entente, delineou de vez este caráter revolucionário amplo da mesma. A vitória dela foi a do mundialismo burguês demo-liberal.
8- Segundo Toynbbe, historiador inglês, a primeira guerra foi uma espécie de "guerra do Peloponeso" ampliada, onde dois modelos se gladiavam: o aristocrático-heróico ( A Alemanha fazia o papel de Esparta ) e o democrático-comercialista ( Inglaterra fazendo o papel de Atenas que no século 5 AC era uma potência naval-comercial ). Ele a entendia como guerra basicamente europeia, o que é verdade. Segundo Toynbbe a guerra fora fruto da falta de um modelo eficaz de gestão das rivalidades nacionais europeias. Sabemos que desde o fim da cristandade medieval os conflitos se adensaram na Europa em razão de diferenças políticas, religiosas, e de rivalidades económicas. A história da estabilidade da Europa sempre dependeu de um império: o romano na antiguidade, o papal no medieval. A perda do conceito de solidariedade europeia, no ver de Toynbbe, foi a razão da primeira guerra mundial, assim como a perda da noção de solidariedade entre os gregos fora a causa da guerra do Peloponeso.
9-A última chance de um restauro da unidade europeia, que evitasse uma nova guerra de carácter global, era o império católico dos Habsburgos, dado que era o único ente político sobrevivente da destruição da cristandade, a mesma que unira os europeus na idade média e que tinha evitado guerras generalizadas. A chance se perdeu quando ele foi retalhado e no seu lugar criada a Liga das Nações, um órgão de arbitragem mundial mãe da ONU. Wilson, presidente dos EUA na época, fez a proposta de paz conhecida como Quatorze Pontos, que deu base à criação da Liga; agora apostava-se numa "nova Europa unida" em torno das ideias americanas de república, liberdade e igualdade: depois da guerra o sufrágio universal foi estabelecido na Inglaterra, França e progressivamente em toda a Europa e mundo. O voto feminino idem, as instituições liberais foram sendo levadas, passo a passo, aos povos africanos e asiáticos e latino americanos.
10- No quadro actual de universalismo maçónico a via única a disposição para fazer frente ao trágico resultado da primeira guerra, que levou o burguesismo internacional ao poder no mundo inteiro, com o consequente domínio judaico das finanças globais, é o nacionalismo em que pesem seus defeitos. Merkel e Macron querem exorcizar este "fantasma" que ressurge na Europa porque ele ameaça, de facto, o domínio universal da canalha maçónica e o projecto de governo global. Ambos renegam o "nacionalismo" como se ele fosse o grande mal do mundo mas se esquecem que as forças universalistas como EUA, França e Inglaterra não pouparam o mundo de tragédias desde o fim da segunda guerra mundial, por via da OTAN e/ou de intervenções estadounidenses para fazer avançar o democratismo burguês liberal-igualitário pelo mundo, cujo último capítulo é a balcanização na Síria, Líbia e etc. A promessa de paz universal de bandidos como Macron e Merkel, fundados na falsa esperança de um um modelo mundial burguês, não passa de messianismo político a substituir a fórceps as identidades das nações por uma utopia secular do homem sem Deus colocado no lugar dele, uma reedição da Torre de Babel de Nimrod.
RQ
domingo, 4 de novembro de 2018
Taxi!
- É para onde, Chefe?
- Tancos. Sabe onde fica?
- Nunca ouvi falar. Mas conheço um atalho.
- De certeza, Senhor Taxista?
- Tão certo como me chamar Aníbal.
- Tancos. Sabe onde fica?
- Nunca ouvi falar. Mas conheço um atalho.
- De certeza, Senhor Taxista?
- Tão certo como me chamar Aníbal.
PS
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