quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Párias sociais

"O conhecimento é uma maldição que poucos suportam. Aguentar uma dose cavalar de realidade todo dia não é fácil. A mente não nos deixa descansar nas ilusões depois que atingimos certo nível de consciência. O drama disso tudo é continuar vivendo numa sociedade que se fundamenta na ilusão enquanto estamos despertos o que nos transforma, de certo modo, em párias sociais."

RQ




4 comentários:

Euro2cent disse...

Então com a "comunicação social" recheada de prestidigitadores ...

A camarada Coulter hoje tem um exemplo estupendo: https://www.takimag.com/article/media-magic-how-a-democrat-pedophile-became-a-trump-scandal/

Bilder disse...

"A mente não nos deixa descansar nas ilusões depois que atingimos certo nível de consciência. O drama disso tudo é continuar vivendo numa sociedade que se fundamenta na ilusão enquanto estamos despertos o que nos transforma, de certo modo, em párias sociais."--------Faço minhas também(se me permite) essas palavras,e não é mesmo nada fácil(daí a esmagadora maioria preferir as ilusões)viver assim meu caro.

Bilder disse...

"Salvo por umas dúzias de excêntricos, a famosa “opinião pública” e a famosíssima opinião publicada não contestam o pagode socialista, na medida em que: a) acham que o pagode é normal; b) acham que o pagode é benéfico; c) esperam vir a beneficiar do pagode; d) já beneficiam do pagode. Entre a cretinice e o oportunismo, compreende-se a tendência do cidadão médio para a opinião informada. Se o “ABC”, o “El País” e os jornais que calhar realizassem com competência o seu trabalho, perceberiam que a notícia não é a rompante promiscuidade no governo: é a complacência de uma sociedade em peso perante a promiscuidade e perante o resto. O espantoso, na hipótese de ainda sobrar alguém que se espante, é a jovialidade com que os portugueses se permitem ser enxovalhados e roubados às mãos de uma legião de rústicos que nem possuem em manha metade do que lhes falta em vergonha."(do artigo de Alberto Gonçalves hoje no Observador)

Ricardo A disse...

"Na civilização do espectáculo,infelizmente,a influência que a cultura exerce sobre a política,em vez de lhe exigir que mantenha certos padrões de excelência e integridade,contribui para o deteriorar moral e civicamente,estimulando o que possa nele haver de pior,por exemplo,a simples farsa.Já vimos como,ao ritmo da cultura dominante,a política foi substituindo cada vez mais as ideias e os ideais,o debate intelectual e os programas,pela mera publicidade e pelas aparências.Consequentemente,a popularidade e o êxito conquistam-se não tanto pela inteligência e pela probidade,mas sim pela demagogia e pelo "talento" hístriónico.Assim dá-se o curioso paradoxo de que,enquanto nas sociedades autoritárias é a política que corrompe e degrada a cultura,nas democracias modernas é a cultura(ou aquilo que usurpa o seu nome) o que corrompe e degrada a política e os políticos.A cultura deveria preencher o vazio que a religião ocupava outrora(no Ocidente).Mas é impossível que isso aconteça se a cultura(no seu sentido mais estruturante),atraiçoando essa responsabilidade,se orienta decididamente para a facilidade,evita os problemas mais urgentes e se torna mero entretenimento." (do 5º capítulo do livro A Civilização do Espectáculo)