O encontro com o Salazar marcou-o?
Ele cumprimentou-nos um a um e quando chegou a mim disse: “Então os senhores vão contratar uma orquestra do estrangeiro? No meu tempo a Queima das Fitas era uns tambores, umas gaitas-de-foles… Os senhores não deixem a Academia de Coimbra ficar mal. As contas têm de ficar certas." A conversa foi praticamente comigo, que era o tesoureiro.
Ele estava preocupado era com as contas?
Sim. Porque realmente foi um atrevimento nosso querer fazer uma Queima à grande. E fizemos. E, por isso, é que nesse ano apareceu um relatório das contas da comissão que nunca se tinha feito.
Por sugestão de Salazar?
Foi resposta minha à intervenção do dr. Salazar. Eu disse ao Nuno Pimenta, presidente da Queima: “Ele pode não ler, mas vai receber o relatório.” Houve lucro e criámos cinco bolsas.
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