sábado, 27 de setembro de 2014
A ditadura da Mediocridade
Precisamos urgentemente repensar os rumos da democracia e os critérios eleitorais.
Não tenho medo algum de expor isso publicamente. Considerando a vulgaridade intelectual que impera em todo o mundo, a democracia se tornou um absolutismo às avessas, uma ditadura da mediocridade.
E não falo apenas de países periféricos como Brasil e Argentina, falo também de gigantes como EUA e França. O populismo e o casuísmo se sobrepõem à razão e ao bom-senso.
Não há verdadeira e salutar democracia diante do espectro da ditadura do relativismo moral.
O critério "um homem, um voto", iguala o sábio e o tolo, o culto e o ignorante, o honesto e o ímpio, o elegante e o vulgar, o empreendedor e o vagabundo.
Quem, por exemplo, deixa de trabalhar para viver de esmola oficial tem condições morais de votar?
A igualdade plena é justa e necessária para a misericórdia de Deus e para o estabelecimento de um rol mínimo e fundamental de direitos, não para o exercício pleno da cidadania, algo ligado aos interesses do Estado e da sociedade em geral.
Quem paga pesados tributos por mês não pode ser refém da vontade de uma legião de desocupados "institucionais".
Insisto: o que falo não é simpático, mas é justo. Sócrates morreu exactamente por questionar o fato de tolos, incultos e levianos votarem nas questões importantes da "polis". Ele, naquele tempo, já sabia dos danos disso. Vale lembrar que na Grécia antiga a democracia era qualitativa e, mesmo assim, ele viu riscos potenciais.
Pensem nisso:
1) a pior mentira é a meia-verdade
2) a democracia é, hoje, a ditadura da mediocridade.
Paulo Henrique Cremoneze
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