sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Genialising


E como se chega então a melhor CEO da Europa?


"Portugal não está à venda"


No âmbito do Plano Commonwealth, elaborado pela CIA em 1962, a administração Kennedy fez uma proposta milionária a Portugal - que terá ascendido a mil milhões de dólares -, a troco da independência das ex-colónias. «PORTUGAL NÃO ESTÁ À VENDA», foi a resposta de Salazar. Revelação de Witney Schneider, ex-responsável norte-americano pelos Assuntos Africanos, no seu livro ‘Engaging Africa: Washington and The Fall of Portugal’s Colonial Empire’.



A política dos favores

«Não faremos favores a alguns para fazer justiça a todos...»

António Oliveira Salazar

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O Estado Disto Tudo

by 
Skippers-Canyon-Road-New-Zealand
O Raspanete
Em boa hora, a Comissão Europeia anunciou que Portugal foi colocado em monitorização específica, por desequilíbrios económicos e orçamentais excessivos. Convém que ninguém se esqueça, governo e oposição, que ainda falta muita austeridade para corrigir o descalabro a que chegamos em 2011 e que nos obrigou a pedir ajuda às “instituições”.
Em ano de eleições, o governo quer gritar vitória ao intervalo e a oposição diz que vai mudar a estratégia para o segundo tempo. Ambos mentem.
Ninguém ganha jogos ao intervalo e ainda falta um largo caminho para reequilibrar as contas públicas. O que nos espera nos próximos anos é mais austeridade. Não confundam, não é a continuação da austeridade: é mais austeridade.
O governo, ao longo destes quatro anos, percorreu parte do caminho e ninguém lhe pode tirar o mérito. Não o fez da melhor maneira – avançou pelo lado da receita, mais que pelo lado da despesa – mas recuperou alguma da credibilidade perdida, e soube aproveitar as ajudas europeias que nos permitem juros extraordinariamente baixos, tornando o enorme endividamento ligeiramente mais suportável.
Portugal foi mais Irlanda que Grécia, é certo, mas entenda-se o que Bruxelas nos está a recordar. Portugal está sobre endividado, o endividamento continua a crescer e continuará a crescer enquanto Portugal tiver contas públicas deficitárias.
A Dívida
Da esquerda à direita, nos partidos, nos jornais e até na imprensa económica, muitas pessoas inteligentes e com boa opinião  ainda não compreenderam este simples facto: a dívida pública é, basicamente, o défice acumulado.
Sim, o crescimento económico ajuda e a recessão agrava, se usarmos como métrica a dívida em % do PIB, em vez do valor nominal da dívida em euros. As vendas de activos abatem à dívida, pode haver variações de liquidez que confundam as contas e havia muita dívida escondida que agora vai aparecendo a pouco e pouco. Tudo isto é verdade, mas verdade é também esta: a dívida volumosa deve-se, principalmente, à incapacidade dos diferentes governos em controlar a despesa pública corrente.
Ou seja a soma dos gastos do estado em salários da função pública, pensões, subsídios vários, educação e saúde, administração pública, defesa, ciência, cultura e tudo o resto em que o estado se mete foi, ano após ano, superior à capacidade do estado em angariar receitas. E a tudo isto soma-se uma fatia cada vez maior de juros dos empréstimos que o estado foi pedindo ano após ano para manter e quase sempre aumentar o seu âmbito de actuação. O monstro.
Enquanto houver défice, a dívida cresce e em 2015 Portugal vai ter um défice público à volta de 3%, cerca de 5000 milhões de euros. Isto significa que o estado vai pedir emprestado em 2015 cerca de 5000 milhões de euros. Algumas possíveis privatizações poderão ajudar a descer este número, mas as privatizações não são recorrentes. Ajudam no ano em que são feitas, mas não resolvem o problema estrutural.
Ano após ano, Portugal não tem que pedir apenas o montante necessário para cobrir o défice. Tem também que pedir o suficiente para substituir a dívida que vai vencendo. Dependendo das diferentes maturidades dos diversos empréstimos pedidos no passado, há anos em que se necessita de mais e outros em que o alívio é maior.
E não se iludam com notícias como estas. Portugal paga ao FMI contraindo nova dívida nos mercados para a substituir.
Atualmente, fruto do comportamento de Portugal nestes 4 anos e da política do BCE, as taxas de juro estão historicamente baixas. Mas este momento é verdadeiramente singular. As taxas voltarão a subir e quando acontecer, não mais nos financiaremos a 2%. Como se viu em 2011, as taxas, quando sobem, sobem rapidamente. E quando isso acontecer, a nossa vida vai ser novamente muito complicada.
Também, por isso, convém acelerar o processo de ajustamento.
O Primeiro Objectivo
As instituições entraram em Portugal em 2011 e emprestaram-nos dinheiro com 3 diferentes destinos:
  • Uma parte era para substituir a dívida que ia vencer nos anos seguintes por dívida nova, mais barata e com maiores maturidades (as taxas a 10 anos estavam acima dos 10%, em Junho de 2011)
  • Outra parte destinava-se a suportar os défices públicos dos anos seguintes, no seu percurso descendente até 3%.
  • Uma outra fatia pretendia ajudar os bancos portugueses para que estes respeitassem os limites de solvabilidade impostos por Basileia 3.
A troika cumpriu a sua missão e o dinheiro já entrou na totalidade. Mas a troika, por si só, não resolveu o nosso problema estrutural. O primeiro e principal objectivo do processo de ajustamento em curso é estancar o crescimento da dívida pública portuguesa.
Bruxelas veio recordar-nos que nem ao fim desse primeiro passo chegámos. Esse momento só é conseguido quando chegarmos a défice zero. Essa deveria ter sido a missão de vida do governo de Passos Coelho e Paulo Portas. O que não deixa de ter alguma ironia é que esse primeiro passo vai ser concluído apenas durante o mandato de António Costa e do Partido Socialista. 2017, talvez. Com mais austeridade.
Mas de qualquer forma, a responsabilidade dos governos de Sócrates e Passos Coelho será sempre bastante diferente. Ao governo socialista, ninguém lhe tira a responsabilidade pela bancarrota. A Passos podemos apenas culpar de não ter sido capaz de nos tirar deste buraco. E a verdade é que ainda não nos tirou.
A Corrida de Fundo
E depois de chegarmos a défice zero, acaba-se a austeridade? Não. Depois, precisamos de reduzir o stock de dívida, por vários motivos.
Precisamos reduzi-lo porque este nível de endividamento não resiste a uma crise dos mercados financeiros como a que aconteceu em 2008 – e essa crise aparecerá, inevitavelmente – e as taxas de juro anormalmente baixas costumam ser um primeiro indício de uma bolha em formação.
Precisamos reduzi-lo porque a dívida é uma pesada herança que deixamos aos nossos descendentes. Dívida hoje são impostos amanhã. É uma vergonha para a nossa geração deixar um tão elevado nível de endividamento.
Temos que reduzir a dívida porque o seu excesso é inibidor de crescimento.
Só devemos sentir algum alívio quando Portugal gerar excedentes orçamentais recorrentes, nunca inferiores a 2% ou 3%. Admitindo que temos como objectivo que Portugal volte a um endividamento equivalente a 60% do PIB, quantos anos teremos de austeridade? Com um crescimento médio de 1%, Portugal necessitará de excedentes orçamentais de 2% durante 24 anos, ou de 3% durante 18 anos. Com crescimento médio de 2% ao ano, estes números descem para 18 anos e 15 anos, respectivamente.
Uma bancarrota do estado tem custos elevados. E esta, na melhor das hipóteses, resolve-se nunca antes de 2 ou 3 décadas.
Falta muita austeridade? Falta. Para atingirmos um excedente de 2%, Portugal necessita de cortar despesa ou aumentar impostos em cerca de 8000 milhões de euros.
Isto quer dizer que, vindos dos quase 20 bi de défice de Sócrates, apenas percorremos cerca de 60% do caminho que é necessário percorrer. É trágico.E mais trágico ainda, Portugal não pode crescer a este ritmo com a actual carga fiscal. Nos próximos tempos até podemos ver algum crescimento, sempre anémico, e potenciado pela baixa do preço do petróleo e pela diminuição lenta do desemprego e o acordo TTIP pode ajudar. Mas a correção do défice pelo lado da receita, com novos aumentos de impostos, a única que o TC permite, se bem que melhore as contas públicas no curto prazo, elimina a esperança do crescimento no longo prazo.
Os Obstáculos
Ou seja, à nossa frente temos um caminho de mais austeridade. É um caminho cheio de obstáculos e está armadilhado em muitos sentidos. Um obstáculo é a completa irresponsabilidade do Tribunal Constitucional. Por muitos livros de macroeconomia ou de contabilidade pública que os juízes tentem ler, o TC continua a ter uma maioria de juízes politizados e desconhecedores do buraco em que ainda estamos metidos.
Outro obstáculo é o risco populista de Syrizas à lusitana. O Syriza grego já teve o seu choque com a realidade. Completamente impreparados, desconhecedores do funcionamento dos mercados financeiros e das regras europeias, amadores, entraram de leão e sairam de sendeiro.
Não menos relevante é o contínuo discurso da ‘alternativa’ que jornalistas e políticos irresponsáveis continuam a debitar na praça pública e que tem um forte eco na opinião pública. O tempo vai mudando os sound bytes – já quase ninguém fala na aposta no crescimento – como se crescer fosse uma decisão que se escreve num qualquer Decreto-Lei – a teoria da espiral recessiva também já foi à vida, mais as folgas orçamentais que tiveram eco nas primeiras páginas dos jornais de referencia.
Mas se todos esses disparates desapareceram do discurso político, outros nascem todos os dias – agora alimentados pela esperança da intelligentsia lusa nos Syrizas e nos Podemos.
E depois disto tudo, se queremos ser ricos e jogar na primeira divisão temos que criar todos os mecanismos que tornem Portugal um país atraente e competitivo. E, goste-se ou não, crescimentos sustentados no longo prazo implicam coisas como um regime fiscal e competitivo estável, credível e compreensível, legislação laboral flexível, baixos impostos sobre capital e menor progressividade fiscal. Tudo o oposto do discurso corrente sobre a sociedade e sobre o estado, o oposto do que a Europa se está a tornar. Nada fácil.
As Alternativas
Há alternativas? Há, duas. O default, dentro ou fora do euro. Ambas implicam um forte empobrecimento do país. Mas essas ficam para outra oportunidade.

Ai aguenta, aguenta! A menos que o país fique melhor.

Alfredo Barroso aguentou com o pântano de Guterres. 
Alfredo Barroso aguentou com as 3 bancarrotas do PS. 
Mas Alfredo Barroso não aguenta saber em primeira mão por António Costa, que o país está melhor.

ISH

Os amigos são para as ocasiões


A diferença entre ter amigos na esquerda e amigos nos mercados...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Só falta saber o que é uma democracia verdadeira...

Para 60%, não há democracia verdadeira na Alemanha

Estudo mostra que um em cada quatro cidadãos acredita que o país está no caminho de uma nova ditadura. Para um terço dos entrevistados, capitalismo inevitavelmente leva à pobreza e à fome.
Cartazes da propaganda eleitoral na Alemanha
Mais de 60% dos alemães consideram que não há uma democracia verdadeira na Alemanha. A culpa seria da influência da economia, que teria mais força do que os eleitores. Este é o resultado de uma pesquisa de opinião realizada pelo instituto Infratest Dimap, a pedido da Universidade Livre de Berlim, e publicada nesta terça-feira (24/02).
Segundo o relatório, uma a cada três pessoas está convencida de que o capitalismo inevitavelmente leva à pobreza e à fome. Além disso, 37% dos residentes do lado ocidental da Alemanha e 57% do lado oriental classificam o comunismo e o socialismo como uma boa ideia, mas que, até agora, foi mal executada.
Um quinto da população alemã pede por uma revolução, sob o argumento de que as reformas políticas não melhoraram as condições de vida. Devido ao aumento da vigilância dos cidadãos, a Alemanha estaria no caminho de uma nova ditadura, responderam 27% dos entrevistados.
No entanto, de acordo com os autores do estudo, o resultado mais surpreendente é que apenas 46% dos entrevistados são favoráveis à manutenção do "monopólio de violência" - que reserva ao Estado o uso ou a concessão do emprego da força.
Além disso, o estudo chegou à conclusão de que 14% dos alemães no lado ocidental e 28% dos do lado oriental mantêm uma postura de esquerda radical ou esquerda extremista, somando um total de 17% da população do país.
Avaliados como extremista pelos pesquisadores são aqueles que desejam instaurar comunismo ou "democracia real" em detrimento do pluralismo e da democracia parlamentar. Aproximadamente 1.400 pessoas participaram da pesquisa. O estudo completo foi impresso em um livro.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A Angola dos porcos fassistas e pretinhos salazaristas






Empregos Alemães Vs Empregos Gregos









Padrão Ouro Vs 1% de Ricos


Produtividades



Toda a gente já viu comparações de PIB per capita. E quase toda a gente já viu comparações de PIB por trabalhador (produtividade). O que muita gente ainda não conhece - mas pode conhecer, através da Pordata - são comparações de PIB por trabalhador ajustadas às horas trabalhadas.

A vantagem em usar este indicador é que ele permite perceber de facto quanto é que cada trabalhador consegue produzir numa dada economia. 

Sem se levar em conta a carga horária, é possível que um PIB por trabalhador seja apenas reflexo do facto de cada trabalhador passar muito tempo no local de trabalho.

Algumas curiosidades: a) a Finlândia cai a pique no ranking, e é ultrapassada pela Espanha; b) a segunda economia mais produtiva é a Bélgica; c) Itália ultrapassa o Reino Unido e a França ultrapassa a Alemanha; d) Portugal não fica muito melhor nesta imagem.


Pordata

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A direita betinha

Antigamente, a direita lia e citava os doutrinadores do nacionalismo (Barrès, Bourget, Maurras, Corradini, Sardinha). 
Era um pensamento de fronteira e do perigo iminente, era soberanista, identitária, elitista mas inclusiva por via do catolicismo, pelo que lhe repugnavam os partidos, as oligarquias, a luta de classes. 
Hoje, a direita atem-se a meia dúzia de pulgas mentais engendradas pelo scholarship americano, é cosmopolita, anti-Estado, oligárquica, odeia o povo (sobretudo os pobres), é protestante e nada sabe de Portugal. 
Antigamente, e porque era nacionalista - isto é, considerava a Nação o mínimo ético justificador da existência de uma sociedade feita Estado - tinha bem implantada uma ideia de missão no universal. 
Hoje, a direita é internacionalista, servidora do império e abraça a utopia de um mundo uniforme submetido ao mercado e ao modelo dito ocidental. 
Ou seja, no interim de uma geração, a direita passou a adorar tudo o que lastimávamos nos comunistas e nos amanhãs ridentes; pior, passou a procuradora de interesses que são inimigos da sobrevivência da nação portuguesa.

Miguel Castelo Branco

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

As 50 sombras do Costa

Taxas e Taxinhas

Só falta o Costa chegar ao poder para abrir o quarto vermelho.


"Perdoa-me"

A UE entrou numa fase crítica: a do "Perdoa-me"

JMM


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Queremos uma ordem nova

"Queremos uma ordem nova que garanta o direito e a justiça, na qual o Estado assente em cada um de nós; mas rejeitamos a mentirosa noção da igualdade e inclinamos-nos perante a hierarquia natural.
 Queremos um povo que, enraizado na terra da sua Pátria, se mantenha próximo das forças da natureza, um povo livre e orgulhoso que, dominando os baixos instintos da inveja e da cobiça, encontre a sua felicidade e a sua satisfação no quadro estabelecido da sua actividade. Queremos dirigentes que, oriundos de todas as camadas da sociedade, e ligados às forças divinas, se imponham pelo seu sentido moral, a sua disciplina e o seu espírito de sacrifício."
coronel Von Stauffenberg, organizador do atentado contra Hitler de 20 de Julho de 1944

Manuel Rezende


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A Grécia e a solidariedade


São Rothschilds, meu senhor


“Compra quando o sangue corre nas ruas, mesmo que o sangue seja teu”

Portugal não passa duma província (ou de uma colónia...)


 “Buy when there’s blood in the streets, even if the blood is your own“ — Baron Rothschild.

Portugal nas mãos da Goldman Sachs, já sabíamos. Não sabíamos é que também entregámos a alma aos Rothschild.

Sempre que ouvirem o Pedro, o Paulo, a Maria Luís ou o Sérginho das PPP e dos Swaps a arengar sobre o génio deste governo lembrem-se de quem é que trata realmente do nosso país. São os Rotschild, meus queridos. São os Rothschild!

Rothschild Group (website)
04/06/2012

Info:
€6.6bn recapitalisation of Portuguese banks

Rothschild has acted as the sole financial adviser to the Portuguese Ministry of Finance on the injection of €6.6 billion of core tier 1 capital into three major Portuguese banks.

Rothschild provided advice in relation to the design and implementation of the recapitalisation scheme.

Rothschild has been involved in a number of landmark transactions in Portugal during the past 20 years. Most recently the firm advised Energias de Portugal SA (EDP) on the €2.7 billion sale of a 21.35% stake by the Portuguese state and its Strategic Partnership with the acquirer China Three Gorges.

Atualização: 17-02-2015 14:03 WET


o António Maria

Está em todas!

Como bem lembra o Impertinente ele é o Mefistófeles do regime.


Não sei se é da época, Carnaval, mas... II

Esta semana nos supermercados só dá disto:

- Tem saco ou leva no pacote?

Um roubo que os bancos nos fazem, com cobertura legal


Esta pergunta é para todos os deputados da Assembleia da República e para todos os administradores do Banco de Portugal:Quando é que acabam de vez com o roubo, coberto por lei, que os bancos nos fazem quando depositamos um cheque passado por alguém e que afinal não tem cobertura?


Este fim de semana, fiquei a conhecer duas histórias de portugueses prejudicados, que ilustram bem a imoralidade desta prática dos bancos em Portugal.
Um jovem que trabalha numa empresa habituada a pagar tarde e a más horas recebeu um cheque de 500 euros referente a apenas uma parte do salário do mês.
O patrão pediu-lhe que aguardasse uns dias antes de o depositar porque não teria o valor necessário na conta. Quando o trabalhador recebeu luz verde, foi depositá-lo.
No dia seguinte, recebeu uma chamada do banco: não só o cheque não tinha cobertura como o titular da conta tinha de pagar uma comissão de 30 euros por causa disso.
Em vez de 500 euros de salário, o jovem tem agora uma conta bancária com um saldo negativo de 30 euros…
Outro caso é ainda mais surreal. No dia do casamento, uma jovem noiva recebeu várias prendas dos convidados, como é habitual nestas ocasiões. Entre as prendas estava um determinado cheque.
No dia seguinte, a jovem depositou-o na sua conta bancária.
Pouco depois, recebeu uma chamada do balcão do banco: como o cheque não tinha cobertura, a titular tinha de pagar 26 euros de comissão.
Esta segunda-feira, fui confirmar junto do meu banco se isto era prática corrente. Resposta imediata da funcionária: sim, claro!
Que país é este que castiga os credores de verbas pagas por cheque com comissões tão elevadas por culpa de devedores não cumpridores?
Que transferência de culpas é esta em que a penalização pela prevaricação reverte a favor dos bancos, incidindo sobre os credores que assim ficam duplamente lesados?
De que está o Banco de Portugal à espera para apresentar publicamente um pedido de alteração da legislação que permite esta iniquidade?
E que estão os deputados a fazer na Casa da Democracia, que nunca se lembraram de legislar para acabar com este abuso sem ninguém lhes pedir expressamente que o façam.
Não é para tomarem iniciativas como esta que são pagos?
Quanto aos banqueiros, os erros gravíssimos que cometeram nas últimas décadas estão bem à vista de todos.
Por causa deles, bem precisam de recuperar a confiança dos cidadãos.
Com práticas destas, o que mereciam era que deixássemos de precisar deles rapidamente. Deles, dos banqueiros e dos bancos, sim.


A política de austeridade não é uma opção

O que alguns governos e seus economistas não entendem é que a política de austeridade não é uma opção. Não se escolhe austeridade voluntariamente. A austeridade é uma necessidade, não uma opção quando a dívida atingiu o seu limite. Quando não tem mais ninguém para emprestar, fica apenas encolher o consumo e trabalhar mais.

AM

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A meia verdade em economia

“O perigo de uma meia verdade é você dizer exatamente a metade que é mentira.” 

Millôr Fernandes

sábado, 14 de fevereiro de 2015

And The Best Performing Stock Market In The World This Year Is

"Isolated, sanctioned, oil-crushed, 'economy is dying', warmonger" Russia...

Of the 93 major equity indices in the world, Russia is the best performer (in USD terms) - up 13.36% YTD (followed by oil-crushed Saudi Arabia)...

The S&P 500 is 48th on the list... (just behind Kuwait and just ahead of Greece)


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Media sendo Merdia

Advertem:  "Quem te ama não te agride!"



No mesmo dia e por vezes dentro do mesmo bloco informativo. 
Pela sua boa saúde mental desligue-se dos merdia. 


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Angola é hoje uma colónia, mais do que em algum outro momento do seu passado...

 “Com a quebra do petróleo não há dólares em Angola e os chineses aproveitam”
Há quem ainda pense que a colonização de África acabou no século XX. Errado. Um novo colosso ascendente precisa de recursos para alimentar as suas indústrias e o seu povo, mercados para escoar os seus produtos e território para instalar o seu excedente populacional. O sol está a nascer no Império Colonial da República Popular da China.


Declarou-se, arrogantemente, o “fim da História” no Ocidente. Tudo aquilo que a nova ordem liberal declarou unilateralmente como “progresso” tinha sido cumprido, ou estava, aos seus olhos, a ser cumprido.
O comunismo havia sido derrubado e os países que tinham composto o bloco soviético estavam em processo de democratização. A chamada “descolonização”, iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial, estava prestes a ser concluída com a entrega de Macau aos chineses.
Um dos “erros” da nossa História que a esquerda, especialmente a esquerda “chic”, considera particularmente horrendo é o passado colonial europeu – uma visão com que tenta doutrinar as novas gerações através de uma ofensiva de revisionismo histórico. Em Lisboa, junto aos Jerónimos, por muito pouco não apagaram os símbolos históricos do Império Português em 2014.
Nos manuais escolares “politicamente correctos”, os impérios ultramarinos são descritos como “exploradores” e “cruéis”, omitindo-se propositadamente o outro lado da História, o papel benéfico que as velhas metrópoles também desempenharam: Medicina e inoculação contra doenças, língua comum, estradas e caminhos-de-ferro, agricultura moderna, foram apenas alguns dos benefícios da civilização moderna que os europeus introduziram em África.
Vazio de poder
Como a História foi revista, nunca é explicado aos jovens que, a partir da descolonização, forçada pelos EUA e pela URSS, o retrocesso civilizacional em África foi significativo. Os europeus saíram de forma tão apressada que não tiveram tempo de deixar estruturas de poder para criar Estados organizados locais. Ainda para mais, quase todos os quadros qualificados eram europeus brancos, os mesmos que os americanos exigiam que saíssem imediatamente de África.
O resultado foi um vazio de poder com resultados desastrosos. O continente viu-se envolvido em sangrentas guerras fratricidas em que já morreram mais pessoas do que nas duas Guerras Mundiais juntas. Epidemias varreram um continente onde os hospitais deixaram de funcionar. O Ébola é apenas uma das horrendas doenças que lavram vidas sem controlo.

A infra-estrutura criada pelos países europeus também foi arrasada. Só hoje, e ainda com grandes dificuldades, é que as ferrovias em Angola recomeçaram a funcionar depois do seu desmantelamento durante o caos de 1975.
Para substituir os governos europeus foram instalados, pelos americanos e pelos soviéticos, regimes nativos mas autoritários, fora da lei, cruéis e criminosos. Procederam à pilhagem dos recursos de alguns dos países mais ricos do planeta apenas para o ganho de uma pequena elite. Nada diferente dos múltiplos reinos africanos que vendiam os seus próprios habitantes aos europeus para serem tornados escravos.
Os chineses olharam para este continente varrido pelo caos e viram uma oportunidade. Os africanos iam precisar de reconstruir tudo aquilo que foi destruído durante as guerras do século XX e a China estava pronta para assumir o papel de potência imperial. Mas, desta vez, sem as considerações humanistas que os europeus tiveram.
Colonos chineses
Nos últimos tempos tornaram-se correntes, em programas de rádio (o mais popular meio de comunicação em África), as queixas de ouvintes desesperados porque as suas mulheres fugiram com colonos chineses com dinheiro.
Numa só década, um milhão de chineses estabeleceu-se em África – e estes são apenas os números “oficiais”, se é que há algo oficialmente oficial naquele continente. Alguns especialistas consideram que o numero real é muito mais elevado, algo entre dois e dez milhões de colonos, e estima-se que nos próximos anos muitos mais cheguem.
Estes colonos são a vanguarda de um programa chinês para diminuir o desemprego na própria China. A maioria são camponeses sem dinheiro cuja escolha de vida se resume a colonizar África ou a ir trabalhar horários desumanos nas horrendas fábricas chinesas.
Muitos outros não têm sequer opção: são pequenos criminosos, sem-abrigo ou órfãos e o Estado prefere colocá-los à força num avião com destino a África, para se livrar deles.
Os povos locais, geralmente, não aceitam bem esta invasão cultural, mas não têm escolha: os regimes que nasceram da “descolonização” adoram os seus novos mestres coloniais.
A China já é o maior parceiro comercial do continente africano, com quem troca anualmente 160 mil milhões só em bens, mais do que o comércio deste continente com os Estados Unidos, a França e o Japão juntos.
O governo chinês pouco ou nada quer saber dos povos locais, e Pequim é um especialista em negociações Estado com Estado. A corrupção é um dado adquirido e fomentado e, enchendo os bolsos a alguns líderes locais, os chineses conseguem lucrativos tratados desiguais em que lhes são concedido monopólios artificiais.
Estes colonos são a vanguarda de um programa chinês para diminuir o desemprego na própria China. A maioria são camponeses sem dinheiro cuja escolha de vida se resume a colonizar África ou a ir trabalhar horários desumanos nas horrendas fábricas chinesas. Muitos outros não têm sequer opção: são pequenos criminosos, sem-abrigo ou órfãos e o Estado prefere colocá-los à força num avião com destino a África, para se livrar deles.
Os povos locais, geralmente, não aceitam bem esta invasão cultural, mas não têm escolha: os regimes que nasceram da “descolonização” adoram os seus novos mestres coloniais.
A China já é o maior parceiro comercial do continente africano, com quem troca anualmente 160 mil milhões só em bens, mais do que o comércio deste continente com os Estados Unidos, a França e o Japão juntos.
O governo chinês pouco ou nada quer saber dos povos locais, e Pequim é um especialista em negociações Estado com Estado. A corrupção é um dado adquirido e fomentado e, enchendo os bolsos a alguns líderes locais, os chineses conseguem lucrativos tratados desiguais em que lhes são concedido monopólios artificiais.
Construção na Maianga

No sector da construção nota-se a força da China. Milhares de edifícios e estradas são construídos todos os anos por mão-de-obra chinesa, com material industrial importado, financiado por bancos estatais chineses.
Um antigo governador do Banco Central Nigeriano considerou mesmo que a África se está a abrir a uma “nova forma de imperialismo” em que a China se aproveita de mercados cativos para exportar os seus produtos, isto enquanto explora os recursos do continente para seu benefício.
A produção agrícola é de especial preocupação para o Império chinês. Os excessos da industrialização destruíram grande parte da fertilidade dos campos agrícolas chineses e a República Popular procura comprar novos campos em África para os seus colonos produzirem comida para alimentar a metrópole. O Império também quer garantir o controlo das necessárias matérias-primas que alimentam a gigantesca máquina industrial da China.
O Ministros dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse há duas semanas que a China “não ia seguir o velho caminho dos colonizadores ocidentais”, mas, no entanto, as políticas seguidas por Pequim são quase uma cópia do imperialismo europeu. Durante muito tempo os ocidentais não governaram directamente os seus vastos domínios imperiais, preferindo assumir uma posição de suserania sobre os governantes nativos.
Portugal apenas assumiu controlo absoluto sobre toda a administração do seu território e dos habitantes já nos anos 40. Na Índia Britânica, os marajás dos principados indianos continuaram a governar os seus territórios até à proclamação da república naquele país.
Os chineses, tal como os europeus em tempos já idos, pouco interesse têm na forma que os regimes locais assumem. Democracia ou regime autoritário? Pouco importa, desde que consigam controlar os países através da corrupção que está entranhada em todos os níveis da sociedade africana.
Angola chinesa
O “marajá” de Angola é o presidente José Eduardo dos Santos, rodeado pela sua pequena “clique” de fiéis seguidores. O líder de Angola, cuja permanência no poder se parece eternizar, é um leal vassalo do poder chinês. Angola é mesmo um dos países que mais investimento recebe do Império do Meio.
O poder que os líderes da República Popular exercem sobre o regime angolano é tal que em diversas ocasiões a guarda presidencial foi destacada para proteger os trabalhadores chineses da fúria dos angolanos comuns.
Nova Cidade de Kilamba
O regime de Luanda tenta legitimar-se através de grandes obras, tais como a cidade de Kilamba, construída de raiz pelos chineses para depois ficar completamente vazia durante anos.
O angolano comum não tinha, e continua sem ter, capacidade económica para comprar imobiliário novo, especialmente com muitos dos novos empregos a serem entregues aos colonos chineses.
A qualidade dos empreendimentos é geralmente de péssima qualidade, e o Governo Angolano sabe-o, mas finge ignorá-lo. Um caso caricato foi quando o Hospital Geral de Luanda teve de ser evacuado por ter começado a entrar em colapso.
Era um edifício novo, construído em 2006 por um custo de oito milhões de dólares, mas teve de ser demolido em 2012, apenas seis anos depois da sua inauguração.
Não é raro as estradas feitas pelos chineses simplesmente serem arrastadas pela chuva e também não é incomum escolas novas caírem aos bocados enquanto que as velhas escolas coloniais portugueses vão resistindo ao teste do tempo.
Hoje, estima-se que haja entre 250 mil e meio milhão de colonos chineses em Angola, mas há quem pense que seja um milhão, o equivalente à população portuguesa que foi selvaticamente expulsa da antiga Província Ultramarina.
Apoiados pelo regime, muitos já começaram a assumir o papel que os portugueses em tempo tiveram, passando de trabalhadores das obras a agentes de imobiliário, retalhistas e donos de lojas (sim, as “lojas dos chineses” também já proliferam em Angola). Só os quadros superiores continuam a ser ocupados por europeus, visto os chineses não terem um excedente de mão-de-obra qualificada.
O povo angolano, esse, apesar de promessas de libertação, é hoje muito menos livre do que quando era governado por Lisboa. E a China prepara-se para apertar o seu domínio.
Punho imperial
Angola está a enfrentar uma crise severa, fruto da quebra dos preços do petróleo: 95% das exportações angolanas são petróleo. Ainda o ano estava a começar e já não havia dólares em Angola. A TAP anunciou que os cancelamentos de reservas eram de tal magnitude que os aviões da linha Luanda-Lisboa estavam a voar quase vazios.
A crise adensa-se de tal forma que o Ministério do Comércio de Angola anunciou na semana passada a proibição da importação de 27 produtos alimentares, nomeadamente óleo, açúcar, ovos, carne e peixe – curiosamente, tudo produtos que Angola tinha em grande quantidade e exportava enquanto viveu sob administração portuguesa.

Os chineses não perderam tempo em aproveitar a nova oportunidade de cerrar o seu punho sobre o seu novo domínio imperial. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, já tinha ido a Angola em Maio do ano passado assinar um acordo de fornecimento preferencial de petróleo, recebendo o regime angolano, em troca, milhares de milhões de dólares em empréstimos estatais. Agora, a elite angolana terá de aceitar mais condições caso queira que o dinheiro chinês continue a mantê-la no poder.
Dos ocidentais não poderá esperar tal ajuda: embora nem sempre com as melhores intenções, já é tradição as potências ocidentais exigirem reformas políticas e sociais em troca de apoios, algo em que o actual regime não está disposto a ceder. Minérios industriais e raros, petróleo e um potencial agrícola tremendo: Angola tem tudo isto e a China quer a sua parte.
O cerco aperta-se e será nos monopólios que a República Popular poderá manter Angola firmemente sob controlo. Já existem casos de empresas chinesas de construção sem capacidade para fazerem as obras que lhes são contratadas, no entanto são empresas bem ligadas ao escritório da presidência de Angola e ao comité central de Pequim.
Não é invulgar empresas como o “Fundo Internacional da China” ficarem com quase todos os contratos e depois subcontratarem outras empresas, ocasionalmente até empresas portuguesas, para fazerem o trabalho, ficando os chineses com a maior fatia dos lucros.
Estagnação
Pouco do que está a ser feito reverterá em benefício do povo angolano. Nas últimas décadas de presença portuguesa em Angola, assistiu-se a uma gigantesca obra de desenvolvimento que resultou na melhoria das condições de vida deste povo, através da sua integração na sociedade pluricontinental lusitana: construção de escolas e hospitais, lançamento de uma vasta rede de estradas e ferrovias, remodelação dos portos, modernização da agricultura e fomento da indústria transformaram Angola num dos mais prósperos países da África Austral nos anos 70.
A preparação de elites locais para a governação autónoma foi outra das preocupações da administração ultramarina portuguesa, que se reflectiu na formação de quadros superiores locais e na criação de empregos relativamente bem remunerados.
Muitos dos líderes pós-independência tinham beneficiado de formação académica portuguesa, muitas vezes gratuita – mas este aspecto “politicamente inconveniente” é geralmente escondido nos compêndios de História.
A produção económica da Província Ultramarina crescia de ano para ano: em 1973, segundo um relatório do Banco Mundial, Angola tinha cinco milhões de habitantes e um Produto Nacional Bruto (os PIBs só começaram a ser contabilizados mais tarde) de 2,7 mil milhões de dólares, valor comparável com alguns países europeus. Em termos de PNB per capita, era o território mais rico do continente africano a seguir à África do Sul.
Em 1973, Angola era o quarto maior produtor do mundo de café. Não havia fome, até havia comida suficiente para se exportar. Um relatório norte-americano de 1973 avançava mesmo com a previsão de que em 2000 o país, possivelmente nessa altura já autónomo ou mesmo até independente de Portugal, seria um dos territórios mais ricos do mundo, uma “Austrália” lusitana. Infelizmente, todos sabemos o rumo que Angola tomou após 1975.
O actual governo de Luanda, esse, está a aprender bem com os chineses. A cada ano que passa a fachada de democracia desmorona-se um pouco mais: a “clique” no poder já percebeu que pode manter a ditadura e a opressão caso consiga providenciar taxas de crescimento elevadas e riqueza para quem interessa. Os comunistas chineses fazem o mesmo no seu país.
No processo, o povo ganha muito pouco. A mobilidade social é quase inexistente, sendo que as elites continuam elites e os pobres continuam pobres. Os empregos de qualidade são entregues a estrangeiros, e os empregos não qualificados, mas que poderiam ser o ganha-pão de muitas famílias, são entregues aos milhares de colonos chineses.
Os lucros da exploração de petróleo estão concentrados numa pequena elite e são exportados para a China.
A bandeira do Império do Meio pode não flutuar nos edifícios de Estado, mas Angola é hoje uma colónia, mais do que em algum outro momento do seu passado.
 Jornal O Diabo