A afirmação da ministra espanhola é a mais caricata, já que dias antes se soube que o desemprego em Espanha atingiu um novo recorde, acima de 25%.
Engana-me que eu gosto.
Tiago Mestre
3 comentários:
Pedro Miguel
disse...
Quero só comentar uma parte:
"A afirmação da ministra espanhola é a mais caricata, já que dias antes se soube que o desemprego em Espanha atingiu um novo recorde, acima de 25%."
Reconhecendo que o desemprego é alarmante, este será sempre o último a recuar. Aliás, só irá recuperar já em fase de crescimento. Se começar a recuar antes do crescimento ou estabilização é porque algo ficou por fazer e o ajustamento ficou incompleto. Não há interligação directa entre um país estar a sair da crise e o desemprego continuar a crescer. Se o desemprego diminuir antes da saída, apenas significa que algo conjuntural foi feito, muita das vezes significa dinheiro a ser desperdiçado para tapar buracos, em vez de acontecer por ajustamento estrutural e mais cedo ou mais tarde, vai ter um preço.
O desemprego só cai quando os países começarem a deflacionar salários e preços. Neste período de crise não seria mau extinguir o salário mínimo e flexibilizar as horas de trabalho para promover o emprego a tempo parcial.
Em Espanha, o desemprego é um barómetro da economia, para o bem e para o mal.
Foram alocados biliões de euros no imobiliário, no Estado, nas regiões e no banca. Só o imobiliário é que já começou a desalavancar. O resto continua à espera dos biliões do BCE. Falta corrigir quase tudo, e portanto o desemprego ainda está a evoluir, ou seja, acompanha com atraso a (des)evolução da economia. Não esquecer que só este ano é que a Espanha entrou em recessão. Ainda fala trilhar muito caminho.
A ministra fala em sinais de mudança. Quais sinais? a queda das OT's a 10 anos de 7% para 5,5% em 3 semanas? Já todos sabemos as razões.
Mais algum sinal? A vontade de secessão da Catalunha? Os vários resgates que as regiões solicitaram a Madrid?
Gostava de ver esses sinais. Procuro-os, mas está difícil Parece Passos Coelho em Agosto no Pontal: 2013 será o ano da mudança. Enfim, são estas permanentes aldrabices que esta gente manda cá para fora que continuam com uma tremenda falta de escrutínio público.
Resta-nos estar atentos às aldrabices aqui na blogosfera.
3 comentários:
Quero só comentar uma parte:
"A afirmação da ministra espanhola é a mais caricata, já que dias antes se soube que o desemprego em Espanha atingiu um novo recorde, acima de 25%."
Reconhecendo que o desemprego é alarmante, este será sempre o último a recuar. Aliás, só irá recuperar já em fase de crescimento. Se começar a recuar antes do crescimento ou estabilização é porque algo ficou por fazer e o ajustamento ficou incompleto.
Não há interligação directa entre um país estar a sair da crise e o desemprego continuar a crescer. Se o desemprego diminuir antes da saída, apenas significa que algo conjuntural foi feito, muita das vezes significa dinheiro a ser desperdiçado para tapar buracos, em vez de acontecer por ajustamento estrutural e mais cedo ou mais tarde, vai ter um preço.
O desemprego só cai quando os países começarem a deflacionar salários e preços. Neste período de crise não seria mau extinguir o salário mínimo e flexibilizar as horas de trabalho para promover o emprego a tempo parcial.
Em Espanha, o desemprego é um barómetro da economia, para o bem e para o mal.
Foram alocados biliões de euros no imobiliário, no Estado, nas regiões e no banca.
Só o imobiliário é que já começou a desalavancar. O resto continua à espera dos biliões do BCE.
Falta corrigir quase tudo, e portanto o desemprego ainda está a evoluir, ou seja, acompanha com atraso a (des)evolução da economia. Não esquecer que só este ano é que a Espanha entrou em recessão. Ainda fala trilhar muito caminho.
A ministra fala em sinais de mudança. Quais sinais? a queda das OT's a 10 anos de 7% para 5,5% em 3 semanas? Já todos sabemos as razões.
Mais algum sinal?
A vontade de secessão da Catalunha?
Os vários resgates que as regiões solicitaram a Madrid?
Gostava de ver esses sinais. Procuro-os, mas está difícil
Parece Passos Coelho em Agosto no Pontal: 2013 será o ano da mudança.
Enfim, são estas permanentes aldrabices que esta gente manda cá para fora que continuam com uma tremenda falta de escrutínio público.
Resta-nos estar atentos às aldrabices aqui na blogosfera.
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