terça-feira, 8 de abril de 2014
Voltamos nós a mesma conversa de sempre o Aumento do Salário Mínimo
O Salário não é mais que o preço que o trabalhador cobra pelo seu trabalho, e como tal rege-se pela lei da Procura.
Esta diz nos que há medida que o preço sobe a quantidade procurada é menor e a quantidade oferecida maior.
Um preço máximo colocado abaixo do preço de equilíbrio(1), o que vai ocorrer é um excesso de procura e um deficit de produção.
A consequência que irá acontecer é que irá existir falta no mercado do produto, dado que os consumidores querem consumir muito ao preço estipulado e os produtores não querem produzir a quantidade procurada pelos consumidores aquele preço, basta pensarmos o que aconteceu na Venezuela.
Agora se colocarmos um preço mínimo acima do seu preço de equilíbrio o que vai acontecer é que a quantidade procurada vai ser maior há quantidade oferecida, o mercado nunca irá para equilíbrio.
Se o Salário é um preço podemos deduzir que irá estar sujeito a mesma lei da procura que estão os outros bens todos.
Mas como é formado o salário, como chega o empregador ao salário que oferece?
O empregador só irá contratar se o valor que o trabalhador trás para a empresa for superior ao custo que este tem para a empresa, isto é, se a produtividade marginal do trabalhador for igual ao preço cobrado.
Se determinado trabalhador tem determinada produtividade e esta é inferior ao montante do salário mínimo, este irá ser afastado do mercado de trabalho, dado que nenhum empregador o irá contratar.
Quem são os mais afectados com uma medida destas?
São os menos qualificados e os jovens.
Num ambiente de elevado desemprego e em recessão aumentar o salário mínimo é criar as condições para os que já se encontram numa situação de desemprego aí continuem e levar mais uns quantos para o desemprego.
OS sindicatos exigir uma medida dessas Eu entendo, agora os patrões é que não dá para entender.
Se entendem que o salário mínimo deve ser maior, então porque não aumentam os salários até um montante que entendem ser aceitável e justo, que lógica tem um empregador filiado numa das organizações patronais que tem assento na concertação social contratar a 485€ e vir para a praça pública defender um ordenado de 500€, porque não contrataria logo a 500€?
Suspeito que como os sindicatos, estas associações patronais representam uma pequena parcela dos "patrões" portugueses.
O salário deve ser ajustado há produtividade de cada trabalhador.
A não existência de um salário mínimo é a melhor medida pelo desemprego em Portugal, permite que exista mais actividade económica, uma diminuição dos desempregados,
permitindo a estes ganhar experiência e aumentando as suas perspectivas futuras.
Não é por hoje se ganhar pouco que se irá ganhar pouco toda a eternidade,
Em Portugal o salário mínimo não é o salário médio, muitas vezes a forma como é falado dá a parecer que a maioria ganha este montante por mês o que não é o caso.
O interessante é que ninguém discute o facto de o trabalhador pagar 11% e o empregador 23,75% para o Estado, o salário é baixo mas o Estado leva fatia de leão.
Aquilo que me apercebo é que a maioria que é a favor do aumento do salário mínimo não o ganha, muitas vezes ganhando muito acima, e como entende que é baixo toca a aumenta-lo ignorando as consequências trágicas que este tem sobre os afectados
De pessoas com boas intenções está o inferno cheio
(1) é quando a quantidade oferecida iguala a quantidade procurada
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2 comentários:
Temos uma excepção á lei da oferta e da procura, que é a energia elétrica:
a procura desce, o preço sobe
a procura cresce o preço sobe.
É um negócio perfeito para quem vende, sempre com lucro garantido á nossa custa.
Há para aí uma tese que afirma estarem algumas pequenas empresas a morder as canelas de algumas grandes. Nada como aumentar o salário mínimo para lhes criar dificuldades e até poderem vir a largar o osso.
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