Nem deveríamos andar a perder tempo com considerações como aquelas que Freitas do Amaral proferiu este fim de semana à Agência Lusa, mas pela gravidade das mesmas aqui vai:
Para Freitas do Amaral não interessa que o problema do excesso de défice e de dívida seja atacado pelo corte da despesa.
O que lhe interessa analisar e concluir, já agora, é que tudo não passa de jogos florais, táticas ordinárias, simulações de orçamentos e coisas que tais na tentativa de forçar o TC a fazer tal coisa, promovendo que outra coisa qualquer no governo aconteça.
Chiça, até me desgasta tanto exercício dedutivo.
Freitas do Amaral deveria cingir-se a uma lógica mais concreta e pragmática, sem andar a fazer regressões até ao infinito, e se for coerente, então que nos informe como pensa ele chegar ao défice zero para iniciarmos a redução desta dívida mosntruosa.
Ahh, essa parte já é chata.
Passa a frente.
Não sabemos se o governo estará a "provocar" deliberadamente o TC. Talvez esteja, mas para chegarmos a um défice de 4% quando em 2013 irá fechar nos 6% teremos que cortar no défice mais de 3 mil milhões de euros.
Pensando assim, será raro o português que não será "provocado" por este governo em 2014.
Com tantos cidadãos a demonstrarem nojo pela atitude do governo português, a minha sugestão para Passos Coelho é que deixe de pagar aos credores dívida velha e deixe de emitir dívida nova. Se o défice anda nos 10 mil milhões e o que pagamos em juros anualmente roça os 7-8 mil milhões, então só já falta cortar 2 mil milhões no défice para chegar a défice zero. Estamos à espera de quê?
A Merkel já não pode ouvir a palavra Crise, e com a sua recém-eleição tudo fará para que o barco não se afunde por causa de Portugal. Se a Europa tiver mais a perder do que Portugal, porque não atirar a bomba atómica para cima da mesa do Conselho Europeu?
Tiago Mestre
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