A deputada comunista assaltada deveria reclamar com o Sakamoto!
A deputada Manuela D’Ávila, assaltada recentemente, desabafou
nas redes sociais contra a ironia que alguns fizeram, chegando a
afirmar que ela merecia ser assaltada e que isso era apenas
transferência de renda. Entendo sua revolta, mas acho que ela deveria
canalizá-la para seus próprios companheiros de luta comunista. O
Sakamoto, por exemplo.
Esse caricato esquerdista chegou a escrever um texto
alegando que a ostentação dos ricos era responsável pelos assaltos. A
coisa é tão absurda que merecia apenas ser ignorada. Não fosse o caso de
Sakamoto ter espaço na mídia e desse absurdo artigo ter recebido 17 mil
curtidas! Diz ele:
Não tenho medo de ser assaltado em meu carro porque não tenho carro.
Não receio que levem minhas jóias ou meu relógio caro porque não tenho
relógio. Não fico com pavor de entrarem na minha casa e levarem tudo
porque meu bem mais precioso é um ornitorrinco de pelúcia. Não me
apavoro em andar na rua à noite a não ser por conta do risco de chuva. E
por mais que vá a bons restaurantes de vez em quando, devo ressaltar
que nunca fui assaltado em nenhuma barraca de cachorro-quente… Acho que
já deu para entender o recado. Não tenho medo da minha cidade porque,
tenho certeza, ela não precisa ter medo de mim.
Portanto, a deputada comunista deveria
reclamar com o colega de ideologia, não com a “direita”. Manuela não só
tem carro, como tem um carro de luxo, importado, que custa caro. É a
comunista mais “patricinha” que existe. Essa turma luta por “justiça
social” e por “igualdade de renda” sempre acumulando mais e mais capital
para si próprios.
Por fim, a deputada, que pertence ao jurássico PCdoB, escreveu, à guisa de conclusão:
Luto por uma
cultura de paz, que respeite as diferenças e construa relações mais
solidárias e generosas entre as pessoas. Que o abismo não olhe tanto
para dentro de nós e que possam refletir sobre a violência que cometeram
contra mim e minhas pessoas queridas em cada comentário desses. Lutar
para mudar o Brasil, com amor no coração, vale mais a pena.
Ora, falar em cultura de paz embaixo de
uma bandeira com a foice e o martelo? Deputada, a senhora não sabe que
essa ideologia foi responsável pela morte direta de 100 milhões de
inocentes, ao menos, e que deixou um rastro de miséria e escravidão por
onde passou? Não sabe que a violência sempre foi uma arma defendida
abertamente pelos líderes comunistas como legítima para a revolução?
Lutar para mudar o Brasil? Em que
direção? A cubana? A venezuelana? Onde foi que o comunismo deu certo,
deputada? Onde foi que o comunismo trouxe paz e amor? A pomba da paz,
eternizada em litografia do comunista Picasso, era usada como propaganda
por Stalin enquanto milhões eram mortos na União Soviética *. Paz?
Deputada Manuela D’Ávila, como você tem
coragem de falar em paz e amor sendo do PCdoB, um partido que chegou ao
ridículo de escrever uma carta de apoio ao ditador assassino da Coreia
do Norte? Não tem vergonha na cara? Acha que todos são idiotas?
Não, deputada, eu não sou um desses que
acha que você merece ser assaltada, ou sofrer coisa pior. Não vou agir
como os próprios comunistas, seres odientos, movidos pelo rancor e o
ressentimento. Apenas gostaria que uma pessoa com seu discurso
ultrapassado, jurássico, hipócrita, não encontrasse mais eleitores
ignorantes a ponto de crer nele. Mas o Brasil ainda está muito atrasado
nesse quesito, infelizmente. A ponto de até comunistas terem votos por
aqui.
E sobre aqueles que acham que você
mereceu ter seu luxuoso carro roubado, vá reclamar com Sakamoto, que
pode ser tudo, menos direitista.
* Picasso, em vida, recebeu duas vezes o
Prêmio Lênin da Paz. Existe contradição maior do que essa, a de utilizar
na mesma expressão duas coisas tão antagônicas como paz e Lênin?
Algumas declarações do líder bolchevique, recuperadas após a abertura
dos documentos soviéticos e reunidas em O livro negro do comunismo, demonstram o quão pacífico era esse senhor:
Toda a essência do nosso trabalho visa
à transformação da guerra numa guerra civil. Não podemos prometer a
guerra civil, nem decretá-la, mas temos o dever de trabalhar – o tempo
que for necessário – nessa direção.
Enquanto não aplicarmos o terror sobre os especuladores – uma bala na cabeça, imediatamente – não chegaremos a lugar algum!
É chagada a hora de levarmos adiante
uma batalha cruel e sem perdão contra esses pequenos proprietários,
esses camponeses abastados.
Camaradas! O levante kulak nos cinco
distritos de sua região deve ser esmagado sem piedade. É necessário dar o
exemplo. Enforcar, e digo enforcar de modo que todos possam ver, não
menos que cem kulaks.
Haja pacifismo!
aqui
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