Comungo com António Costa duas coisas para mim importantes. O apelido de familia e o facto de termos sido colegas no Liceu Nacional de Passos Manuel, liceu que moldou personalidades e formas de estar, ver e sentir. Já por esta altura António Costa tinha aspirações políticas, sendo a sua maior obra o ter perdido, em dois anos consecutivos, as eleições para a Associação de Estudantes.
António Costa , actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, candidato a líder do Partido Socialista e, consequentemente, também a primeiro-ministro, vai arrasar com as composições florais que reproduzem os brasões das ex-colónias e decoram um friso em torno da Fonte Monumental, no jardim da Praça do Império. A autarquia diz que "os símbolos do antigo Ultramar estão ultrapassados" como tal decidiu retirá-los. Desta forma abrupta, o jardim da Praça do Império, em Belém, símbolo da exposição que celebrou a ideia do Portugal pluricontinental durante o Estado Novo, vai perder assim parte significativa da sua história. Por seu turno, José Sá Fernandes afirmou, alto e em bom som, que "os brasões são sinais do colonialismo e que não contassem com ele para tratar daquilo”. O que estes dois “ilustres” funcionários da Câmara Municipal de Lisboa, pagos por todos nós, não percebem é que se acabarem com os brasões o próprio nome "Praça do Império" deixa de fazer qualquer sentido.
Mas agora António, em nome da camaradagem do Passos Manuel, permite-me tratar-te por “tu” e apenas pelo primeiro nome, tal como nos velhos tempos do liceu.
Já que ando a levar contigo há anos como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e muito possivelmente todos nós vamos levar contigo como Primeiro-Ministro e, quiçá, na tua ambição desmedida, daqui por uns anos ainda és capaz de te candidatar a Presidente da República, permite-me dar-te mais algumas sugestões de capital importância para colocar Lisboa (porque isto de rebentar com jardins é coisa de meninos) nos moldes em que tu e toda a malta de esquerda gostariam:
Comecemos então pelos grandes espaços abertos: Retira (eu aconselhava-te mesmo a rebentar com elas) as estátuas do Camões e do Marquês de Pombal das respectivas praças, com os respectivos nomes, visto que Camões e Pombal já morreram há séculos e estão ultrapassadíssimos. De caminho, manda abaixo as estátuas do Mouzinho de Albuquerque, a de D. José e a de tantos outros pelos mesmos motivos.
De seguida destrói todos os museus de Lisboa, visto que os autores dos milhares de quadros e esculturas também já estão todos a fazer tijolo, muitas das paisagens pintadas já não existem e a totalidade das figuras retratadas já estão todas mortas. Falando francamente, a malta prefere futebol aos museus, como tal, também não fazem cá falta nenhuma.
Já que estás com a mão na massa, manda abaixo o Padrão dos Descobrimentos (assim como assim, já não descobrimos nada há séculos) e de caminho acaba com todos os edifícios que sobraram da Exposição do Mundo Português lá na zona.
Aproveita e, já que estás na vizinhança, manda abaixo o Mosteiro dos Jerónimos (ocupa um espaço enorme, ali fazia-se um belíssimo parque de estacionamento), rebenta com o Panteão Nacional (a malta que lá está pode perfeitamente ir para o cemitério do Alto de São João, quem julgam eles que são?) e que não sobre pedra sobre pedra do Castelo de São Jorge (ninguém lá vive e o Martim Moniz é que foi um perfeito idiota porque morreu entalado nos portões, impedindo o seu encerramento pelos mouros, permitindo, desta forma, o acesso e a vitória dos companheiros).
Segue o exemplo “patriótico” daquela gente que rebentou com a cabeça da estátua de Salazar! Rebenta com todas as estátuas e bustos dos nossos Reis, Conquistadores, Poetas e Escritores em geral.
Queima os "Lusíadas" de Luís de Camões, um tipo que tinha a mania que era culto e sabia escrever. Não te esqueças de todos os outros arautos do “império” e verdadeiros portugueses: Fernando Pessoa, Rodrigo Emílio, Couto Viana, Carlos Eduardo de Soveral, Eça de Queiroz, Camilo Castelo-Branco, Alfredo Pimenta, António Ferro, Gil Vicente, Tomaz de Figueiredo, João Ameal, Goulart Nogueira, António Sardinha, Padre António Vieira, Afonso Lopes Vieira, Amândio César, Almada Negreiros, Homem-Cristo Filho, Ramalho Ortigão, João de Araújo Correia, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, José Agostinho de Macedo, Bocage, Júlio Dinis, Hernâni Cidade, Oliveira Martins... entre centenas de outros tantos!
Não te esqueças de rebentar com a Ponte Salazar e todas as obras realizadas pelo "fascista" do António. Não fazem cá falta nenhuma e são uma afronta às amplas liberdades de Abril. Já que estamos a falar de pontes, muda o nome à ponte Vasco da Gama. Esse tipo era um pirata da pior espécie.
É evidente que para ti, António, a história só começou no dia 25 de Abril de 1974. Antes disso, apenas trevas e escuridão. Já agora e, como é óbvio, muda também o nome à Praça do Império. Uma sugestão: coloca lá o nome do idiota que teve a brilhante ideia de destruir o jardim.
Salvador Costa
1 comentário:
E JA AGORA REBENTAR COM ELE POIS ELE E FRUTO DO ULTRA MAR OU AQUELA COR DE PELE NAO E DE ORIGEM TRANSMONTANA,LO0OL
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