Os bancos agora vão ter que ter cuidados redobrados para com os seus próprios clientes. Imagine a cara de um cliente que vai ser taxado a questionar as má opções do banco.
A banca irá sofrer uma pressão e ter que ter novos cuidados para manter a confiança dos seus clientes. Finalmente deixaram de distribuir as borrada bancárias por todos. A culpa não morre mais solteira.
Um depósito deve ser considerado um empréstimo a um banco, da mesma forma que quando eu empresto dinheiro a um amigo, se ele vai e gasta o dinheiro em copos e p** eu bem posso gritar e berrar que nunca mais vou ver o meu dinheiro. Se um banco dá para o torto, tanto os accionistas (donos) como depositantes ficam a ver navios. A diferença é que os empréstimos (perdão, depósitos) até 100 mil estavam assegurados, palavra da UE, mas de repente caiu a máscara e deram o dito por não dito e ia tudo a eito, mas com o medo do que isso implicaria em toda a europa, lá voltaram novamente atrás e decidiram continuar a garantir depósitos até 100 mil. Desta forma é suposto que quem perde são os depositantes e os donos, não os contribuintes que nunca tiveram nada a ver com esse banco, seja o contribuinte do Chipre ou qualquer outro da Europa.
Onde escrevi contribuintes referia-me aos "contribuintes desse banco". Teria sido melhor/+correcto da minha parte escrever: depositantes.
O que me choca c/o cidadão comum é, vejamos, o meu caso: Tudo o que consigo aforrar vou depositar no(s) banco(s), confio-lhes a "gratificação monetária" resultante do meu esforço de trabalho e de poupança. De que vale então "confiar" num banco se por decisão de uns quaisquer tecnocratas de Bruxelas esse esforço for sujeito a uma "contribuição forçada" à qual sou alheio?
Mas também percebo o facto de as más opções do banco serem repartidas quer pelos seus accionistas, quer pelos seus depositantes!
Mas mesmo assim eu pergunto: "A confiança(depósitos)num banco é tudo... "
Face a estas medidas, será que é?
Afinal de contas os depositantes assim o pensaram e agora... comem todos por tabela.
Estes movimentos preocupam-me porque se o fizeram no Chipre, vão fazer o mesmo, muito certamente, noutros locais - Portugal!
Portanto... acho que vamos voltar ao tempo em que guardar o dinheiro debaixo do colchão é o melhor remédio uma vez que a confiança nos bancos... é cada vez menor ou... já era! O que, per si, não é positivo...
Fica a minha opinião, se quiserem continuar a apresentar argumentos, agradeço que o façam. É-me útil, daí seguir c/ muita atenção o vosso blog! :-)
" No dia em todos guardarmos dinheiro no colchão, o governo vai hiperinflacionar a moeda para resgatar bancos. Nesse dia, as suas poupanças vão valer 0! "
Mas, Bernardo, se o governo não pode desvalorizar a moeda, pelo mesmo motivo, não a poderá "hiperinflacionar". Ou estarei a ver mal a coisa?
Vivendi preconiza "acabar com o sistema de reservas fracionárias".
Pode inferir-se que também preconiza que o crédito concedido tenha como limite o capital dos bancos?
Não necessariamente.
Acho que deve haver uma separação da banca comercial da banca de investimento ou de fomento.
Mas não vejo problema em que possa haver bancos de investimento ou de fomento que consigam captar dinheiro para além do capital do próprio banco através de empréstimos interbancários.
O que me incomoda mesmo é o dinheiro que se cria a partir do nada que disvirtua a realidade.
11 comentários:
Vivendi,
Desculpa-me a ignorância mas... c/o é que os bancos se salvam a eles próprios quando o empréstimo obriga a "penhoras" dos depósitos dos contribuintes?
A gorda alemã tem mesmo razão?
Não estou a ser irónico!
Gostava de auscultar essa opinião!
:-)
Obrigado,
Bruno Morais
Muito simples.
Os bancos agora vão ter que ter cuidados redobrados para com os seus próprios clientes. Imagine a cara de um cliente que vai ser taxado a questionar as má opções do banco.
A banca irá sofrer uma pressão e ter que ter novos cuidados para manter a confiança dos seus clientes. Finalmente deixaram de distribuir as borrada bancárias por todos. A culpa não morre mais solteira.
Um depósito deve ser considerado um empréstimo a um banco, da mesma forma que quando eu empresto dinheiro a um amigo, se ele vai e gasta o dinheiro em copos e p** eu bem posso gritar e berrar que nunca mais vou ver o meu dinheiro. Se um banco dá para o torto, tanto os accionistas (donos) como depositantes ficam a ver navios. A diferença é que os empréstimos (perdão, depósitos) até 100 mil estavam assegurados, palavra da UE, mas de repente caiu a máscara e deram o dito por não dito e ia tudo a eito, mas com o medo do que isso implicaria em toda a europa, lá voltaram novamente atrás e decidiram continuar a garantir depósitos até 100 mil.
Desta forma é suposto que quem perde são os depositantes e os donos, não os contribuintes que nunca tiveram nada a ver com esse banco, seja o contribuinte do Chipre ou qualquer outro da Europa.
A confiança(depósitos)num banco é tudo...
E era o que deveriam ter feito aqui com o BPN.
Por fim, é mesmo muito importante acabar com o sistema de reservas fracionárias.
Onde escrevi contribuintes referia-me aos "contribuintes desse banco".
Teria sido melhor/+correcto da minha parte escrever: depositantes.
O que me choca c/o cidadão comum é, vejamos, o meu caso:
Tudo o que consigo aforrar vou depositar no(s) banco(s), confio-lhes a "gratificação monetária" resultante do meu esforço de trabalho e de poupança.
De que vale então "confiar" num banco se por decisão de uns quaisquer tecnocratas de Bruxelas esse esforço for sujeito a uma "contribuição forçada" à qual sou alheio?
Mas também percebo o facto de as más opções do banco serem repartidas quer pelos seus accionistas, quer pelos seus depositantes!
Mas mesmo assim eu pergunto:
"A confiança(depósitos)num banco é tudo... "
Face a estas medidas, será que é?
Afinal de contas os depositantes assim o pensaram e agora... comem todos por tabela.
Estes movimentos preocupam-me porque se o fizeram no Chipre, vão fazer o mesmo, muito certamente, noutros locais - Portugal!
Veja-se:
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/eurogrupo_admite_que_chipre_possa_ser_exemplo_a_seguir_em_caso_de_problemas_na_banca.html
Portanto... acho que vamos voltar ao tempo em que guardar o dinheiro debaixo do colchão é o melhor remédio uma vez que a confiança nos bancos... é cada vez menor ou... já era! O que, per si, não é positivo...
Fica a minha opinião, se quiserem continuar a apresentar argumentos, agradeço que o façam.
É-me útil, daí seguir c/ muita atenção o vosso blog! :-)
Cumprimentos,
Bruno Morais
sugiro a leitura deste artigo:
http://vivendi-pt.blogspot.com/2012/05/qual-e-o-risco-de-perdermos-o-euro-e.html
Caro Bruno Morais,
No dia em todos guardarmos dinheiro no colchão, o governo vai hiperinflacionar a moeda para resgatar bancos. Nesse dia, as suas poupanças vão valer 0!
Espero tê-lo esclarecido.
Cumprimentos.
@Bernado
Pragmático q.b.!
Bruno Morais
Vivendi preconiza "acabar com o sistema de reservas fracionárias".
Pode inferir-se que também preconiza que o crédito concedido tenha como limite o capital dos bancos?
" No dia em todos guardarmos dinheiro no colchão, o governo vai hiperinflacionar a moeda para resgatar bancos. Nesse dia, as suas poupanças vão valer 0! "
Mas, Bernardo, se o governo não pode desvalorizar a moeda, pelo mesmo motivo, não a poderá "hiperinflacionar". Ou estarei a ver mal a coisa?
Vivendi preconiza "acabar com o sistema de reservas fracionárias".
Pode inferir-se que também preconiza que o crédito concedido tenha como limite o capital dos bancos?
Não necessariamente.
Acho que deve haver uma separação da banca comercial da banca de investimento ou de fomento.
Mas não vejo problema em que possa haver bancos de investimento ou de fomento que consigam captar dinheiro para além do capital do próprio banco através de empréstimos interbancários.
O que me incomoda mesmo é o dinheiro que se cria a partir do nada que disvirtua a realidade.
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