O artigo de hoje: O prospecto do aumento de capital do BES é um hino aos erros de gestão da banca portuguesa nos últimos 15 anos. Erros que nós, jornalistas, não fomos capazes de investigar e analisar (pese embora algumas excepções: BPN, BPP...). Em vez disso passámos anos a dizer que os bancos portugueses eram muito bem geridos. E mesmo quando começaram a soar os alarmes (1 - denúncia das irregularidades no BCP; 2 - imposição de aumentos de capital pelo Banco Central Europeu; 3- reserva, pela Troika, de 12 mil milhões de euros para recapitalizar os bancos) mantivemos os elogios. Agora, com a divulgação da "situação financeira grave" em que se encontra a Espírito Santo International (pf leia o prospecto do aumento de capital, no site da CMVM(), holding que controla o grupo GES, percebemos a dimensão dos problemas que não denunciámos.
É claro que, face a isto, poderíamos apontar o dedo aos auditores e supervisores da banca, perguntando por que não actuaram mais cedo. Mas é melhor começarmos por nós próprios: jornalistas. Eu, pessoalmente, aproveito para pedir desculpas por não ter feito o meu trabalho...
É claro que, face a isto, poderíamos apontar o dedo aos auditores e supervisores da banca, perguntando por que não actuaram mais cedo. Mas é melhor começarmos por nós próprios: jornalistas. Eu, pessoalmente, aproveito para pedir desculpas por não ter feito o meu trabalho...
3 comentários:
É o chamado jornalismo da treta. Enquanto forem convidados para os eventos promocionais do BES, as pergintas que realmente interessam fazer jamais se farão!!! São estes os jornalistas que depois são chamados aos media para comentar a realidade económica das entidades financeiras privadas (que de privadas têm muito pouco, pois são autênticos abutres do dinheiro do estado!). Jornalismo e jornalistas da treta!
Subscrevo.
Chapelada ao Camilo. O BES foi um grande amigo do Governo daquele cujo nome não se pode pronunciar. Paga agora com língua de palmo.
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