"Não só de pão viverá o homem", já dizia a Palavra de Deus. Espanta-me
que o papa, embora tenha preocupações sociais, suas análises muitas
vezes caem em graves equívocos.
O problema central das crises econômicas
não está na cobiça, na avareza e no pensamento desmesurado do "lucro"
do "capitalismo selvagem" ou no desprezo pela vida humana. As palavras
são muito genéricas e não levam a uma conclusão clara.
O que ocorre na
Europa é a crise do Estado gigantesco, da burocracia estatal
controladora, que rouba a livre iniciativa dos jovens e dos velhos
europeus e os transforma em servos da classe política. Essa mesma
burocracia nutre um culto delirante de engenharia social anticristã.
A
expansão do secularismo e do anticristianismo na Europa, como a
legalização do aborto, do casamento e da adoção de crianças por
homossexuais, têm no modelo estatal europeu um grande patrocinador.
Alguma crítica à destruição cultural do Cristianismo europeu? Alguma
crítica contra este mega-Estado multinacional materialista e ateu
chamado União Européia? Nada. O papa, neste ponto, também foi
completamente silencioso.
O alardeado "capitalismo selvagem"
não é produto da desregulamentação da economia. É justamente o
contrário. É uma aliança profunda de grandes capitalistas e grandes
socialistas, no âmago de uma restrição cada vez mais do livre mercado,
forjando regulamentos, portarias e outras medidas burocráticas
mesquinhas de limitação da liberdade civil, econômica e política dos
cidadãos.
Leonardo Oliveira
1 comentário:
Exactamente. Excelente
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