segunda-feira, 3 de março de 2014

A realidade austríaca vs a realidade governativa

(via espectador interessado)

A forma de austeridade que recebe diariamente a maior atenção da imprensa em todo o mundo é a promovida pelos economistas do Fundo Monetário Internacional. 


Esta abordagem, designada por "austerian"[1], envolve cortes nos serviços públicos e aumento de impostos sobre o povo sitiado, a fim de, a todo custo, reembolsar os corruptos credores do governo. Esta abordagem pró-"bankster"[2] é a que gera uma enorme atenção por parte dos media e, por vezes, violentas manifestações.

Os economistas da Escola Austríaca rejeitam tanto a abordagem dos estímulos keynesianos como aquela do FMI, assente em impostos elevados e pró-bankster, como contraproducentes. Embora os "austríacos" sejam frequentemente tidos por "austerians", os economistas da Escola Austríaca apoiam a austeridade real. A verdadeira austeridade envolve o corte dos orçamentos públicos pela via da redução de salários e benefícios aos funcionários e pensionistas. Envolve igualmente a venda de activos estatais e até mesmo o repúdio da dívida pública. Em vez de aumentar os impostos, a abordagem austríaca defende a diminuição dos impostos.


Apesar de todo o alvoroço em países como a Grécia, neles não existe austeridade real à excepção dos países da Europa Oriental. Por exemplo, a Letónia é o país mais "austeritário" da Europa e também uma das economias em mais rápido crescimento. A Estónia implementou uma política de austeridade que dependeu em grande medida da redução nos salários dos funcionários públicos. Em contraste, muito simplesmente, não há austeridade significativa na maior parte da Europa Ocidental ou nos EUA. Como o professor Philipp Bagus explica, "o problema da Europa (e dos Estados Unidos) não está no excesso de austeridade mas sim na muito reduzida austeridade, senão mesmo na sua completa ausência".


Para os indivíduos, a verdadeira austeridade significa a adopção de um estilo de vida altamente restritivo. O melhor exemplo é o do monge que vive sob uma dieta de subsistência, usa roupas simples, possui umas poucas peças básicas de mobiliário, e usa apenas os utensílios estritamente necessários. Os seus dias consistem em longas horas de trabalho e oração sem actividades de lazer e talvez mesmo sem poder desfrutar de aquecimento doméstico ou canalização.


A austeridade aplicada a países no seu todo, não é necessariamente tão dura ou ascética. Significa simplesmente que o governo tem que viver adentro das suas possibilidades.


6 comentários:

Anónimo disse...

Felizmente vivemos num País onde a Maioria é Salafrária... E Povo Salafrário produz Estado Salafrário!

Estive a ler a ligação do Philipp Bagus e houve partes que deram para rir! Como a da venda do edifício da ex-"consumer-protection agency" provocaria a tendência para redução dos preços de mercado das casas e da rendas! Felizmente que é apenas uma "tendência"... Mas fico sempre sem saber qual a real posição destes bacanos no que toca à figura "ESTADO" e quais as sua funções. Bem sei que o bacano não deve ter escrito da melhor forma o que pensa, mas enfim!

De resto cá em Portroikal, nunca o objectivo destes "ajustamentos" foi a obtenção de um orçamento com resultado anual positivo ou nulo... O objectivo é apenas desviar fundos financeiros para a liquidação dos juros e amortização dos capitais iniciais recebidos a título de empréstimos (Banca Privada).

Também é sempre divertido observar o que se passa cá no Burgo! Temos motoristas e secretárias a receber de vencimentos no mínimo +1800€/mês... Temos gangues de salafrários em todos os ministérios (sem excepção) todos muito imaginativos no que toca a utilizar os dinheiros públicos em proveito próprio... E como cúmulo temos a maioria dos gangues privados também agarrados à teta do estado

Total de 887.941.488,95€ distribuídos via EBF em 2012!

Como um ESTADO CENTRAL como o que temos é das piores coisas que pode acontecer a um POVO (ainda por cima maioritariamente salafrário/lerdo) temos o que temos e não sairemos disto tão cedo!

Anónimo disse...

E já agora... Para mim é sempre divertido ler estes bacanos a refilar sobre os custos que o Estado tem com os funcionários públicos sendo ele um trabalhador pago pelo Estado via Universidad Rey Juan Carlos... Terá por certo outras fontes de rendimento (venda de livros, quem sabe se escritos nos furos dos horários) pois o salário dele deve ser bem reduzido, se não é devia de ser, pois afinal ele defende tal coisa!

Filipe Silva disse...

o comentador como é habitual, com conversa para boi dormir.

O que foi feito em Portugal foi e apenas uma tentativa desesperada de manter tudo na mesma, mas como isso não é possível, há que cortar nos que tem menos força de lobbying.

Os que se alimentam da gamela que é o orçamento de Estado tudo se mantem na mesma.

Não sabe porque não se dá ao trabalho de saber.

O mais interessante é que a realidade cada vez mais sustenta o que a escola austríaca nos ensina

Anónimo disse...

Normalmente quando mandam essa tirada do "conversa para boi dormir" é para mim sinal de que o boi sentiu-se picado...


"Os que se alimentam da gamela que é o orçamento de Estado" novamente, quem são estes comilões?

Já reparei que por aqui é que sempre que se fazem perguntas directas o silêncio é a alma do negócio...

Podia ter seguido o exemplo dos seus colegas e ficado quieto e a dormir... Visto que o que escreveu nem sequer foi interessante para se dar uma risada!

Filipe Silva disse...

Tenho de lhe informar que o meu objectivo não é escrever coisas que possa achar interessantes nem cómicas.

Já pensou que talvez o problema com as não respostas seja a qualidade das perguntas?

Bem certamente não existem respostas porque as perguntas não são interessantes e dão vontade de rir.

Anónimo disse...

Pois claro!

Perguntar aos génios que por aqui andam quem são "os que se alimentam da gamela que é o orçamento de Estado" realmente não é indicado, nem muito menos interessante! Provavelmente tinham que se auto-citar.

Perguntar quais são os bancos bem comportados mereceu uma resposta, esta sim, digna de rasgar os abdominais de tanto rir.

"São os que têm acesso aos leilões de dívida pública americana. É público, apesar de não saber todos de cor."

PQP a sério!? É isto o melhor que conseguem para informar os energúmenos que, como EU, aqui passam em busca de sapiência capitalista? Ao menos tinha escrito, já que se deu ao trabalho de responder, os que sabia (2,3... 1 que fosse... Qualquer coisita!)

Ou este espaço só serve mesmo para mandar meia dúzia de papos tipo cassete capitalista?

Para mim, é sem dúvida um espaço virtual que me provoca boas gargalhadas!