domingo, 5 de janeiro de 2014

2014

Tenho ouvido aqui e acolá todo o tipo de opiniões para 2014.
No nosso microcosmos chamado Portugal há quem acredite numa reviravolta, já que o 2º semestre foi melhorzinho, e o oposto, que estas políticas de austeridade continuarão a piorar a condição económica do país.

Lá fora, os estímulos massivos do FED e do BCE conseguiram levar muita gente na carruagem, traduzindo-se numa onda de otimismo difícil de imaginar há uns anos. Do outro lado, pouca gente se tem manifestado, à exceção de Peter Schiff e mais alguns, que continuam a referir que as soluções do FED só adiam e aumentam o inevitável problema que temos em mãos: excesso de dívida.

Mas a realidade é esta:
Enquanto o investidor profissional e o utilizador comum de dólares e euros acreditarem que a sua moeda não está a perder valor, os bancos centrais continuarão a fazer TUDO para "resolver" os problemas da economia, recorrendo ao instrumento MOEDA.

Pessoalmente já nem sei bem no que acreditar, ou seja, se um dia os investidores se afastarem do euro ou do dólar por estarem a perder demasiado valor, como reagirão os bancos centrais?

Imprimem mais ainda? Ou param a loucura e deixam as taxas de juro ajustarem-se, abrindo as portas do Inferno para a comunidade financeira e para a economia mundial?

O que me parece para 2014 é que tanto o FED como o BCE continuarão a aperfeiçoar as táticas de estímulo aos investidores, aprimorando ainda mais a engenharia financeira.

Tiago Mestre

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