terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O crédito aperta, os salários desaparecem



Apesar de ser tarde demais e apenas um grão de areia, nunca é tarde para se fazer coisa alguma.

Mesmo estando o Metro do Porto falido, e de se ir unir a outra empresa que também está falida, a STCP, reduzir 50% da força de trabalho significa que, em parte, a qualidade do serviço irá deteriorar-se, mas também em parte, tinha gente a mais.
Gente essa que manteve salários e que tinham como fonte de financiamento a emissão de dívida, já que as receitas líquidas nem sequer cobrem metade da totalidade dos encargos.

Esta empresa pública, ou semi-pública, nem sei bem o modelo, copiou as más práticas que há décadas existem na CP, no Metro de Lisboa, e por aí fora, em que as despesas costumam ser o dobro das receitas, e a diferença é compensada com emissão de dívida. Somando 10 ou 20 anos sempre assim em que o acionista não entra com um tostão, apenas dá o seu aval nas livranças do crédito, temos então o resultado que não deve surpreender ninguém.

Estes são só alguns dos muitos salários que desaparecem em Portugal todos os dias porque foram criados a basearem-se na emissão de nova dívida.

Tiago Mestre

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