Sabendo o que se sabia há 2 ou 3 anos, o Estado poderia ter atuado preventivamente. Estaria a fazer o seu trabalho, ou seja, a cortar despesa e a extinguir serviços (despedindo pessoas, claro), na tentativa de aproximar as despesas às receitas.
Ainda no Contas Caseiras fomos vários os que tentámos perceber como se deveria cortar na despesa, sendo o Ensino Superior uma rúbrica que inevitavelmente não poderá escapar aos cortes.
Mas não, é preferível deixar andar e logo se vê. O resultado começa a aparecer:
Nos politécnicos, 45% das vagas ficaram por preencher
Há 400 cursos com menos de 20 alunos.
Ou seja, o que era possível calcular, atuando preventivamente, não se fez.
Houve umas rescisões aqui e acolá de professores universitários contratados, é verdade, mas tanto quanto possível, deixa-se estar tudo como está, à espera que a verba apareça, e de preferência sem cortes.
O Conselho de Reitores também se faz ouvir, mas não é para olhar para dentro em função das evidências de falta de alunos. Antes prefere fazer-se ouvir CONTRA o corte do financiamento estatal nas suas instituições. É sempre preferível procurar nos outros o que falha dentro de nós.
Está na hora de extinguir politécnicos e universidades, ou então transformá-los noutra coisa qualquer, mas sem mais dinheiro do erário público por favor.
Tiago Mestre
1 comentário:
O que é espantoso é que é uma medida do mais elementar bom senso, não percebo tanta gente paga a peso de ouro e não conseguem prever o óbvio.
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