terça-feira, 1 de outubro de 2013

China se rende cada vez mais ao capitalismo




A China inaugurou ontem em Xangai a primeira zona franca do país, projetada como um laboratório das reformas que o governo promete para reduzir a presença do Estado na economia e torná-la mais atraente aos investidores estrangeiros.
Além da livre conversão do yuan, a moeda chinesa, a zona franca de Xangai vai testar a adoção de taxas de juros determinadas pelo mercado e não pelo Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês).
O plano inclui o relaxamento de restrições ao investimento estrangeiro e ao fluxo de capitais. Será reduzido o controle sobre 18 áreas do setor de serviços, de transações financeiras ao comércio marítimo.
Outros setores até agora sob forte restrição, em que empresas estrangeiras poderão operar na nova zona franca de forma experimental, são educação, saúde, assessoria legal e engenharia.
A expansão do setor de serviços é uma das prioridades do projeto de reformas do governo chinês, que busca aumentar o consumo nos próximos anos para depender menos de investimentos e da indústria exportadora.
Na cerimônia de abertura, 36 empresas ganharam licença para operar na nova zona franca, que cobre uma área de 28,78 quilômetros quadrados na periferia de Xangai.
Por ora, só dois bancos estrangeiros terão operações na área, Citigroup e DBS, de Singapura.
Em um sinal da expectativa gerada pela nova zona franca, a mídia estatal chegou a compará-la com a primeira Zona Econômica Especial de Shenzhen, criada em 1980, que tornou-se um símbolo da pioneira abertura econômica inaugurada pelo então presidente, Deng Xiaoping.
A China comunista só conseguiu criar escravidão e miséria, como todo regime comunista. A partir da década de 1980, com o pragmatismo de Deng Xioping, uma série de reformas liberalizantes teve início, cedendo mais espaço para o mercado. O resultado está aí para todos verem.
Ainda há muito controle estatal, principalmente nos bancos. Nos último anos, após a crise, o governo recuou na abertura e liberalização, aumentando o poder das estatais. Agora está flertando novamente com mais capitalismo.

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