Funcionários do Partido Comunista Português entram em greve

Decorreu durante o fim de semana mais um congresso do Partido Comunista Português.

As intervenções e assuntos discutidos foram mais do mesmo e as imagens passadas pelas televisões podiam simplesmente ser de congressos anteriores que ninguém iria dar pela diferença, até porque passado uns minutos, os corajosos que conseguem acompanhar o não debate acabam por adormecer.

Foi bonito rever Odete Santos, tenho pena que a advogada não tenha declamado o poema de "Calçada de Carriche" de António Gedeão, que sempre dava para animar um pouco. 

Mas a certa altura do congresso, houve uma intervenção do dirigente Alexandre Araújo, que é uma chamada de atenção para os sindicatos e aos credores nacionais e internacionais.

O Partido Comunista Português, continua a acumular saldos negativos nas suas contas.

“Os cerca de 200 mil euros do resultado médio anual negativo decorrente da actividade e funcionamento do partido mostram que, no essencial, a situação não foi ultrapassada e se mantém insustentável, apresentando riscos que podem, no futuro, comprometer a capacidade de intervenção do partido”, afirmou o congressista. 

Alexandre Araújo reconhece que a maior fatia da despesa do partido é com funcionários e deixou um alerta: “Para atingir o equilíbrio financeiro, podemos não dispensar – e certamente não dispensaremos – uma efectiva contenção e mesmo redução de despesa, nomeadamente de funcionamento e, nalguns casos, de estrutura”.  in RR

Mas então, como vai o Partido Comunista resolver a situação? Existem várias opções:
- não pagar a dívida;
- despedir;
- refundar.

A primeira, tendo em conta aquilo que o PCP defende para o país, é a mais lógica. Alertamos desde já os bancos que podem parar de emprestar dinheiro ao partido ou subir o juro dos mesmo. Se Carlos Carvalhas defendeu no congresso que a banca "aguenta, aguenta." mais juros, o PCP não aguenta porquê?

Despedir funcionários! Ironicamente, parece ser a solução para a crise económica do partido. O aparelho do PCP é muito pesado, são muitos os que vão vagueando pelo país às custas da máquina do partido.
Certamente estes funcionários estão sindicalizados na CGTP e em coerência a CGTP deve desde já fazer um pré-aviso de greve. São tão bons a distorcer discursos do eixo governativo e não conseguem ler as palavras internas. Como é meus senhores? Há greve ou não há greve?

A terceira opção é refundar, rever a estrutura do partido. Será melhor nem entrar por aqui, é um partido avesso à mudança e acho que não saberiam viver com menos, é um manual que provavelmente os regimes comunistas que inspiram o partido não deixaram escritos.

De forma utópica, podemos então imaginar que em breve haverá este cabeçalho nos jornais:

"Funcionários do Partido Comunista Português entram em greve"