sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Crise cambial ameaça rebentar nas economias emergentes

Já tinha sido feito o aviso no Viriatos.
 
 
De motores da economia mundial, países como o Brasil, Rússia, Índia, China ou África do Sul começam a ser vistos como ameaças. 
 
‘De bestial a besta'. Para as economias emergentes esse pode bem ser o futuro. Depois de países como o Brasil, a Índia, a China, a Rússia ou a África do Sul terem sido os motores que ‘aguentaram' a economia mundial no pós-crise financeira de 2008, os mercados emergentes estão agora em risco de serem vistos como uma ameaça à estabilidade financeira mundial.

Segundo escreve hoje a agência Bloomberg, o mundo está agora a assistir à pior onda de desinvestimento em divisas de economias emergentes.

Em várias moedas fazem-se já sentir os efeitos da angústia dos investidores, com quedas no mercado cambial. A lira turca já caiu 1,3% depois de fortes perdas ontem, o rublo russo está a cair para o seu nível mais baixo face ao dólar em quase cinco anos e na África do Sul o rand derrapou para o seu nível mais baixo desde Outubro de 2008. E se o peso argentino sofreu ontem a sua maior queda diária desde 2002, também o peso mexicano cai, face ao dólar, pelo quarto dia consecutivo para o nível mais fraco desde Junho do ano passado.

Os investidores estão a perder confiança em algumas das maiores economias emergentes do ano, resultado dos sinais de instabilidade financeira ou política existentes nesses países.

aqui

3 comentários:

vazelios disse...

Ainda não aconteceu nenhum colapso, mas é inscrivel como se conseguem prever certos acontecimentos.

Consegue-se prever porque a historia ensina muita coisa!!

O mundo é que não quer aprender.

Foi preciso começar Davos e dizerem meias palavras para isto acontecer?

Prata do Povo disse...

Vejamos o que está a acontecer. O Sistema de Reserva Federal deu elevadissimos estímulos à economia. MAs visto os EUA querem a todo o custo manter uma economia aberta e sem controlo de capitais boa parte desse investimento saiu do país. Lembra-se do conceito de "guerra das divisas"? Esse até foi em larga medida o grande incentivo em alguns países neo-industrializados. O Banco Central do Brasil avisou e tem elevadas reservas extras para fazer face a esse fenómeno. O mesmo deve acontecer com os outros bancos centrais. A solução vai passar pelo Banco central comprar a sua moeda no mercado secundário em última inteância. Agora colapso? Faça lá umas continhas. Se as suas moedas se desvalorizarem os neo-industriais tornam-se ainda mais competitivos, importam menos e exportam mais. Como já percebeu o seu jubilo é o mesmo que festejar o antecipar da própria morte...

Prata do Povo disse...

O FED deu indicações de que iria aumentar as taxas de juro... E por isso muitos investidores estão a tirar o dinheiro de mercados onde as taxas eram mais interessantes. Pode haver algum pânico associado mas se realmente fosse a sério a UE ainda está em pior lençois que os neo-industrializados. Porque os dinheiro também irá fluir daqui para os EUA, é que as taxas de juro europeias não podem mesmo acompanhar as do FED. Entende o que aconteceria. Vá tente lá reenrrolhar a garrafita de Asti spumanti.