terça-feira, 18 de dezembro de 2012

S.João tem «30 cirurgiões que nunca foram ao bloco operatório»

notícia aqui

O presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, no Porto, diz que os cirurgiões fazem poucas operações. António Ferreira foi o convidado do programa Olhos nos Olhos, na TVI24 e traçou em cenário problemático de organização de recursos humanos na Saúde.

«Cada cirurgião faz em média 1 cirurgia por semana», afirma António Ferreira, que diz ainda: «No Hospital de São João, 30 cirurgiões nunca foram ao bloco operatório». 


Sobre o tema Medina Carreira afirmou que «aqui na nossa terra em matéria de dinheiro a gente só encontra absurdos».

Programa "Olhos nos Olhos" de ontem aqui

6 comentários:

Manuel Galvão disse...

Que pouca-vergonha ! a administração desse hospital devia ser imediatamente despedida !!!

Unknown disse...

Concordo plenamente. Não percebo como é que estando com a corda ao pescoço como nós estamos, seja possível encontrar absurdos financeiros como este pelo país fora, parafraseando Medina Carreira.

No entanto, a minha percepção durante a entrevista foi a oposta. António Ferreira queixa-se da pouca autonomia que ele tem para flexibilizar horários e tarefas dentro do seu hospital, pois todas essas competências parecem pertencer ao Ministério da Saúde. Portanto, à partida não concordo com o seu despedimento, pois pouco vinha alterar a situação atual. Mas não descuro a possibilidade de estar errado.

Agora, queria alertar para a seguinte questão: "Para quando a dependência das remunerações das administrações públicas e gestores públicos da sua eficiência e produtividade, ou seja, atribuir e/ou incentivar/penalizar quem é ou não eficiente/produtivo?". Isto, claro na consequência de se atribuir mais autonomia aos hospitais. Basta de planeamento centralizado! Já nos bastou a URSS!

Miguel disse...

afinal concorda ou não concorda??
"Concordo plenamente. Não percebo..."
"Portanto, à partida não concordo com o seu despedimento, pois..."

demagogia abunda neste país...

Unknown disse...

Caro Miguel, de facto, o meu comentário anterior parece não fazer sentido. Penso ter-me expresso mal, portanto peço desculpa.

O lapso deriva da expressão "Concordo plenamente". Queria com esta expressão, tal como em todo o 1ºparágrafo, referir a minha concordância para com o Manuel Galvão, quando ele diz "Que pouca vergonha!".

Então vou agora, resumir, de uma forma mais simples, o que tentei dizer no anterior comentário.

O Miguel Galvão atribuiu a esta situação como "pouca vergonha". CONCORDO.

O Miguel Galvão disse, seguidamente, que a administração do hospital devia ser toda despedida. NÃO CONCORDO.

E então pergunta... mas está a ser incoerente? E eu posso responder-lhe não, não estou!!

Porquê? Porque toda esta situação advém do centralismo de Lisboa e do planeamento centralizado, de as decisões serem tomadas centralmente, quando podiam ser tomadas pelos hospitais se lhes dessem maior autonomia. Os hospitais teriam em si maior responsabilidade em tomar decisões e, podiam mais eficientemente, tomá-las de acordo com a sua realidade concreta, que é diferente de hospital para hospital, por exemplo, flexibilização de horários e tarefas. Portanto, posso concluir que não podemos imputar culpas na administração, pois ela não tem culpa. A culpa está em Lisboa, no Ministério.

E não, caro Miguel, aqui não fazemos demagogia, aqui representamos a realidade tal como ela é e não como gostaríamos que ela fosse.

Bernardo Botelho Moniz

vazelios disse...

Bernardo Bernardo, se és um Demagogo então não tens lá muito jeito para isso!!!

eheheh...

Confundir demagogia com incoerência ou confunsão num comentário é inovador...

Unknown disse...

That's the point, vazelios... se sou um demagogo, não tenho jeito nenhum!