quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A igualdade social

O intelectual de esquerda sempre tem uma resposta pronta para o problema da violência: desigualdade social. No entanto, a desigualdade social não é a causa da violência, já que não existe “igualdade social” a não ser como ideal totalitário e não como fato histórico. 

As pessoas reais, por natureza, são desiguais: umas são mais criativas, outras menos; umas são corajosas, outras são covardes e medrosas; umas são justas, outras injustas; muitas são preguiçosas, enquanto raríssimas são as pessoas de vigor, disposição e iniciativa; muitas são medíocres, poucas são as inteligentes; há pessoas frustradas, aborrecidas, melancólicas, infelizes em proporções e espectros tão distintos que seria absolutamente lunático postular qualquer traço de igualdade social entre os homens. 


É típico do pensamento raquítico abandonar a complexidade da realidade e projetar soluções simples a partir do imaginário, de inclusão radical das partes no todo. Reduzir a complexidade, a variedade e o colorido da disposição humana em leis simplórias não passa do ímpeto sombrio da mentalidade totalitária. 


Um amigo de esquerda diz algo de revelador: “É que gente de direita não sabe lidar com estatísticas!” 


Justamente, aquilo que concebo por “direita” lida com pessoas reais e intangíveis em sua subjetividade, não com objetos numéricos.



Francisco Razzo

2 comentários:

Eduardo Freitas disse...

Lapidares, os dois últimos parágrafos!

Um bom Ano Novo!1

Vivendi disse...

Bom ano! Abraço.