As pessoas reais, por natureza, são desiguais: umas são mais criativas, outras menos; umas são corajosas, outras são covardes e medrosas; umas são justas, outras injustas; muitas são preguiçosas, enquanto raríssimas são as pessoas de vigor, disposição e iniciativa; muitas são medíocres, poucas são as inteligentes; há pessoas frustradas, aborrecidas, melancólicas, infelizes em proporções e espectros tão distintos que seria absolutamente lunático postular qualquer traço de igualdade social entre os homens.
É típico do pensamento raquítico abandonar a complexidade da realidade e projetar soluções simples a partir do imaginário, de inclusão radical das partes no todo. Reduzir a complexidade, a variedade e o colorido da disposição humana em leis simplórias não passa do ímpeto sombrio da mentalidade totalitária.
Um amigo de esquerda diz algo de revelador: “É que gente de direita não sabe lidar com estatísticas!”
Justamente, aquilo que concebo por “direita” lida com pessoas reais e intangíveis em sua subjetividade, não com objetos numéricos.
2 comentários:
Lapidares, os dois últimos parágrafos!
Um bom Ano Novo!1
Bom ano! Abraço.
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