sexta-feira, 28 de junho de 2013

Os Viriatos respondem...


Por me, myself and i,


Portugal deve ficar no €?

Sim.
Portugal deve compreender a forma de estar do Bundesbak e perceber que esta é a melhor fórmula para evitar maus políticos ao serviço da gestão de um país. O € no cenário mundial é também uma moeda que permite o acesso a produtos e serviços a preços cada vez mais baixos.

Portugal deve renegociar o memorando da troika?

Não.
Aliás, todos nós já percebemos que foi um erro e um tempo perdido não se ter seguido o memorando à risca especialmente aquela parte que dizia que o ajustamento se faria em 2/3 pela despesa e 1/3 pela receita. O exemplo da austeridade feito nos países bálticos deveria servir como estímulo para o governo e para a troika em que as coisas funcionam quando se segue a estratégia correta.

Portugal deve reestruturar a sua dívida?

Sim. 
Após o cumprimento do memorando da troika e numa conversa aberta com os parceiros europeus pode ser analisada a melhor forma de abater parte da dívida ou seguir o mesmo molde do pagamento da dívida dos alemães no pós-guerra (prazos longos e condicionados ao crescimento e às exportações).


Como avalia a ação governativa?

Mediana.
Não é carne nem peixe. A missão do que temos para fazer é clara, mas a atitude política de alguns governantes teimam ainda em que é possível andar por aí apenas para ganhar tempo. Aprecio os ministros independentes que são os menos comprometidos com os interesses das corporações.

Como avalia a ação da oposição?

Deplorável.
É fácil de concluir que os nossos erros e vícios foram conquistados em bom nome do socialismo. Temos uma oposição de 2 partidos fossilizados que querem um neo-prec e um partido socialista que não percebeu os erros que cometeu. Parece-me que o Seguro foi “amaciado” no Bildberg para entrar no consenso mínimo e necessário para a reforma do estado.  


Qual a melhor forma de combater o desemprego?

- acabar com o salário mínimo
- acabar com a burocracia
- reduzir impostos


Qual acha que deveria ser o peso ideal no estado na economia?

20%.
O peso da intervenção no Estado na economia de um país precisa diminuir consideravelmente, e este é um caminho de sentido único para a sociedade ocidental de forma a garantir a liberdade e a prosperidade. Considero também que os limites da intervenção do Estado deviam estar previstos e amarrados à constituição para proteger a sociedade dos partidos e governos.

Acredita na via da austeridade?

Sim.
Foram anos de excessos. A austeridade é o encontro com a realidade e a correção dos vícios. A Europa só poderá sair mais forte se fizer tudo aquilo que há para fazer.


Acredita numa Europa Federal?

Não. 
Prefiro a Europa das nações à Europa Federal. Uma Europa onde cada país pode aprofundar as suas tradições e cultura e que sabe que tem à sua disposição um mercado livre é mais do que suficiente.   


Portugal tem futuro?


Sim.
Este é um momento delicado e até desesperador para muitos portugueses mas também é um bom momento para a reflexão. Temos de entender aquilo que somos enquanto nação e cada um deve procurar dar o melhor de si para preservar a tradição do ser português. Se cada cantinho de Portugal conseguir permanecer uma descoberta pela diferença na sua forma de estar continuaremos a ter então o melhor país do mundo para se viver.É importante também entender o papel dos milhões de portugueses espalhados pelo mundo e de todos aqueles milhões que também falam em português.



4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Vivendi:
Como é que queres o Euro, mas não uma Europa Federal??
Achas que sem controlo orçamental, da política monetária e económica, por parte da Alemanha e outros países ricos do norte, há alguma hipótese de o Euro continuar a médio prazo?
Infelizmente concordo contigo em parte: vamos continuar no Euro, e, daqui a uns tempos, quando a "crise do Euro" estiver mais apagada, vão-nos reestruturar a dívida (não apenas nos prazos e taxas de juro... mas verdadeiro "haircut"). Mas isso terá por implicação uma Europa cada vez mais federada, controlada com mão de ferro pela Alemanha, que fará de Portugal uma periferiatão importante para a Europa como a importância que hoje têm no nosso país Vinhais ou o Mogadouro para Lisboa...
Este país ver-lhe-á poupado o copalso... unicamente para ir definhando/empobrecendo progressivamente mas inexoravelmente, na qualidade de periferia irrelevante.
Mas olha, poderia ser pior: há pessoas a fugir para países (Brasil, Angola) que daqui a uns anos darão um estouro de todo o tamanho: e aí não vai ser uma descida suave, vai ser um estouro!

Vivendi disse...

Caro anónimo,

As 2 coisas são perfeitamente possíveis.

A crise que vivemos não foi da responsabilidade do € mas do crédito fácil que a banca proporcionou de forma irresponsável para governos irresponsáveis.

Pode haver um maior controle orçamental dos governos dentro da eurolândia mas para mim o foco principal deveria estar no fim das reservas fracionárias da banca. Leia este artigo: http://espectadorinteressado.blogspot.com/2013/06/mitos-persistentes-deflacao-e-um.html

Portugal fora do €uro ficaria bem pior. Ficaríamos entregues a algum governo populista de esquerda desenquadrado da Europa e do mundo.

Portugal não está condenado ao empobrecimento desde que se abra ao mercado livre. A história económica é clara. Só há pobreza quando um país é defensor do socialismo...

Cumprimentos.

David Seraos disse...

Concordo com a maioria das tuas respostas Vivendi.

Só na parte da oposição, acho que o Portas tem sido bastante activo até, tirando isso não existe oposição ahah. Ahh e o Mário Soares também tem sido muito activo ahaha.

E o peso ideal do estado acho que 5% chega. Mas até dava lá os 15% da altura do Salazar, para a malta não ficar triste, que tanto eles gostam do Estado.

Os miseanos dizem que as recessoes são boas. Pois elas vem corrigir os erros que se fizeram anteriormente, o problema não é a recessão mas sim as bolhas criadas anteriormente.

David Seraos disse...

Caro Anónimo
A continuação do Euro não implica uma Europa Federalizada.
Sendo que a crise do Euro aconteceu principalmente pela confiança cega do mercado de todos os paises do Euro. Que é algo utópico, ahh e tal temos a mesma moeda que a Alemanha, devemos ter a mesma taxa de risco.

E deixaram os paises brincar aos ricos, concordo com o Vivendi que o problema é as reservas fracionarias.

Mas infelizmente acho que as reservas fracionarias ainda vão durar muito muito tempo.
E sendo assim, agora os mercados tem de fazer o seu trabalho que é regular as acções dos governos, impedindo-os de gastar a rodos como fizeram anteriormente.

E concordo consigo quando diz que à pessoas a ir para outros países (Brasil e Angola), que irá cair a pique sim.

P.S.: As moedas nem precisam de Bancos Centrais, porque necessitariam de uma federação.