sexta-feira, 1 de março de 2013

O desempregado espanhol e o empregado norte-coreano

Leandro Roque - Instituto Mises Brasil



Desemprego zero havia na URSS, onde nada de produtivo era feito, e certamente há na Coréia do Norte. Certa vez li que em Pyongyang não há semáforos. Há um ser humano que fica na interseção das ruas subindo e descendo seus braços, emulando um semáforo. Às quatro horas da manhã, nenhuma alma na rua, e o sujeito está lá subindo e descendo os braços. Isso é pleno emprego. Mas não há nenhuma qualidade de vida e não há nada a se consumir. Ou seja, o sujeito trabalha, mas não pode fazer nada com o seu salário. Isso sim é escravidão. É preferível viver de seguro-desemprego na Espanha: você ganha mil euros, tem uma moeda forte e pode importar livremente.



Esse é o problema de se achar que a saúde de uma economia é mensurada pela taxa de desemprego. Pior ainda: de se achar que o objetivo de uma economia é apenas gerar empregos, e não ofertar bens e serviços a custos cada vez menores.