terça-feira, 20 de novembro de 2012

Racionalizar


FMI: Portugal precisa de "racionalizar" os salários na Função Pública


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Comentário:

Alguém já se lembrou de verificar qual é a diferença de variação entre o salário mínimo e os salários mais altos da função pública nos diversos países europeus de referência. Creio que se fosse feito esse estudo Portugal iria revelar dados muito surpreendentes e cheios de equidade. 


Fica um exercício simples:

Salário mínimo em Portugal, no valor de 485 euros

Vencimento do Presidente da República, no valor de 6523 euros


diferença de variação: x 13,449


9 comentários:

Pedro Miguel disse...

Que conclusões procuras tirar com esse estudo?

AS disse...

Numa pesquisa rápida. França, presidente ganha €21 mil (entretanto deve ter havido uns cortes), ordenado mínimo €1425. São 14x mais. Igual a cá.

Vivendi disse...

Encontrei também este artigo com vários salários das figuras de estado.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO068845.html

As conclusões serviriam para saber qual a variação de valores. Se existe um equilíbrio ou não em relação aos valores médios europeus.

Seria interessante também analisar a diferença de variação entre os salários médios da função pública e do setor privado na Europa. Aqui sabemos que o setor público o salário médio é superior, e nos restantes países europeus? Acho pertinente esse conhecimento.

Vivendi disse...

Será a função pública um setor demasiadamente protegido? E é só em Portugal ou estende-se à Europa? Quais os países onde existe um melhor equilíbrio de valores?

Pedro Miguel disse...

O mal do sector público em Portugal é o seu peso.
A questão nem é tanto a comparação do que se ganha, a questão é que ou se diminui o peso por redução de número, ou por redução de salário ou por uma combinação das duas ou até, como parece estar a ser defendido, redução de número e aumento do nível de horas para o equiparar ao privado.

Como diz a Isabel Jonet, se não posso comer bife, vou comer outra coisa mais barata. Mato a fome e não destruo a carteira.

Se não podemos ter a função pública que temos, reduzimos o seu peso!

Já estivemos demasiado tempo a comer bife sem ter capacidade económica para tal.

Vivendi disse...

Nem mais caro Pedro Miguel. Eu acho que o ideal é uma combinação das duas, reduzir salários e pessoas.

E o próprio Eurostat pode fornecer as estáticas para saber onde estão os excessos.

André disse...

Só que estáis vos a esquecer que a nossa Constituição pode causar problemas a nível da redução salarial e despedimentos colectivos. Além disso como vivemos num regime profundamente clientelista eu não acredito nem na coragem dos políticos para fazer isso e que receio que haja muita desorçamentação.

Eu só vejo a privatização como solução.

Pedro Miguel disse...

André, privatizações sim, até porque o Estado sai da economia e faz apenas o que deve fazer.

Não se podendo mexer na constituição podemos não renovar contratos, não admitir mais funcionários e fazer rescisões amigáveis.

É precisamente o que está a ser feito.

vazelios disse...

Eu acho que o Presidente da Republica, PM e ministros têm de receber bem.

Como já alguém disse neste espaço de come´ntários, o problema é o peso do estado.

Claro que este dado que o Vivendi forneceu, bem como o indice de Gini, também fornecem informações válidas sobre a equidade e cultura de um país, mas se tivessemos um peso do estado sustentável o ordenado do Cavaco deixava de ser olhado com maus olhos