O resto é conversa
Portugal foi ao tapete porque, resumindo, em 2011 o país tinha uma dívida externa bruta total que excedia os 240% do PIB. Não vale a pena explicar o que isto significa. Basta dizer que o Estado, as empresas e as famílias viveram num outro planeta - antes, durante e depois da crise financeira de 2008. E que, vivendo nesse planeta, não fizeram as coisas que se esperam neste: poupança, investimento produtivo, crescimento, e etc. etc. Para que serve este pequeno intróito? Para contar uma história: ontem fui fazer compras ao MarShopping. Ontem, os jornais titulavam que afinal já havia subsídio de férias. E ontem a fila para a Agência Abreu do referido shopping era quilométrica (não brinco). Claro que ninguém parou para pensar numa coisa básica: e de onde virá o dinheiro para pagar subsídios? Sabemos hoje que a) não há dinheiro; b) talvez venha aí um segundo resgate (e nova dose de austeridade) e c) talvez haja uns títulos do tesouro. Mas o que impressiona é o comportamento imediato do pessoal.
Longe de mim "moralizar" as massas. Cada um faz o que entende, como entende, quando entende. Mas é preciso acabar de uma vez por todas com a fantasia de que podemos viver com uma moeda "germânica" sem uma cultura "germânica". O resto é conversa.
3 comentários:
Se fosses só no Mar Shopping...Em Santo Tirso a referida Agência também estava à ´´pinha``...
Luís Ferreira
Tam a do dolce vita Porto, parace que os funcionarios publicos e reformados estao convencidos que existe dinheiro para lhes pagar os subsidios
Tanta pressãopara aumentar o consumo...
Isto só vai lá mesmo a rebentar a serio.
E depois vão culpar o mesmo do costume, o capitalismo!
Triste fado
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