quinta-feira, 23 de maio de 2013

É melhor um falsário ou um banqueiro?


Boa pergunta: melhor um falsário ou um banqueiro?



É uma provocação? Sem dúvida, mas não apenas isso e vale a pena refletir acerca do assunto. A pergunta deve ser colocada corretamente  desta forma: para o bem de todos, o bem da sociedade, é mais prejudicial a atividade de um falsário ou aquela do atual sistema bancário?
  • ambos injetam liquidez no sistema.
  • ambos criam liquidez sem qualquer valor de base (criam dinheiro do nada) e ambos baixam o valor unitário do dinheiro, aumentando a inflação

Até aqui os pontos em comum.
No entanto, existem algumas diferenças:
  • a atividade do falsário é ilegal, aquela do sistema bancário oficialmente não.
  • a atividade do sistema bancário cria dívida, ou seja, por cada "X" de dinheiro criado é gerado um "X + Y%" de dívida (com Y sempre maior do que zero, às vezes até 50 ou 60% no caso dos empréstimos de longo prazo), o falsário injeta moeda em circulação para gastá-la, sem dívida associada.
O falsário, portanto, não criar nenhuma hipoteca sobre os bens e não haverá nenhum devedor desesperado que cometa suicídio por ter perdido tudo.

Fica portanto a dúvida: qual destas duas atividades é a mais prejudicial?
A resposta é: ambas. Na verdade, os dois sistemas somam-se, tornando a economia mais frágil

Recentemente foram apreendidas toneladas de moedas de 1 ou 2 Euro falsas, provenientes da China (que também "cria" Dólares e outro dinheiro); e estima-se que por cada 100 mil moedas em circulação, uma é falsa. Calculando em 16 biliões o total das moedas em circulação, percebe-se como o assunto seja bastante preocupante e como afete uma economia já com sérios problemas.

O restante dinheiro, aquele "verdadeiro", fica nas mãos dos bancos.

Não dá mesmo para rir...





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